quarta-feira, 16 de março de 2011

NOTAS

CENSOS 2011

Logo que abriu o processo, candidatei-me, via NET, a recenseador para o CENSOS 2011, agora em curso.

Apesar de ter lido algures que, desta vez, seria exigível que os candidatos estivessem habilitados com o 12º. ano e que se exigia também que soubessem línguas estrangeiras, entre as quais espanhol e inglês. Eu consigo arranhar um pouco de ambas. Tive depois indicação de que, em reformados e subsidiados por desemprego, haveria algumas implicações. Não curei de me certificar de tudo e, para isenção de chatices, também via Net, manifestei interesse em anular a minha candidatura.

Eu sabia de ciência certa que, havendo mais candidatos do que os necessários em cada circunscrição, seria a Junta de Freguesia quem teria influência na escolha dos candidatos. Que mais dizer?…

Quando, na Câmara, o meu nome foi aflorado (porque constava lá a inscrição) o (in)qualificado presidente da junta de Caldas de S. Jorge terá desabafado (cito o que ouvi de terceiro): “Arrumem o nome desse filho da p.. pipipipi)”. Quanto ao chamamento só digo que sou de origem diferente da dele. E tive uma formação diferente também. Muito diferente. E direi que está louco se me mede por ele. Fiz, em 2001, bom serviço e gostei dos contactos e foi SÓ essa razão que me levou a candidatar-me. Longe de mim pensar no que poderia ganhar. Se tivesse sido seleccionado, iria ganhá-lo, receberia fruto de trabalho. Outros chulam o bem público sacando sem nada fazer. A quem me referirei?

BLOQUEIO DOS CAMIONISTAS

A tentativa de bloqueio das estradas por banda de empresários de camionagem terminou e foi bom. Mas aquele dia de tentativa de criar problemas ao abastecimento público, mostrou que muitos deles são bem mais CARROCEIROS do que camionistas e muito menos empresários. Se querem parar que parem, eventualmente em definitivo, mas deixem trabalhar quem prefere trabalhar.

Querem gasóleo mais barato? E um vendedor comissionista que faz dezenas e dezenas de milhar de KM? Não teria o mesmo direito, ou talvez mais? O Governo aceitou alguma reivindicação e acho que não devia. De resto o PM no decorrer da entrevista que deu ontem deixou claro: Não haverá paragem do país “Porque nós não deixaremos”. Não será terrorismo apedrejar que preferiu trabalhar? Até tiros houve? A nossa autoridade (GNR) teve uma actuação de alguma firmeza e isso talvez tenha sido uma boa aula.

FUNDO DE DESEMPREGO

É voz ouvida pelos cafés, pastelarias e outras tertúlias que, por estas bandas e, de certeza, pelas bandas todas, se verificam situações curiosas, que deixam de o ser pela não raridade. Em pequenas empresas de raiz familiar, sem ou quase sem empregados, um dos cônjuges de um casal –o outro será o titular do negócio – é inscrito como trabalhador dessa empresa e, zás, declara durante o tempo necessário um salário elevado e logo que atinge o fundo de garantia, é “despedido” e entra no “ROUBO” do subsídio de desemprego. O que é dito, em voz alta, às vezes com a mão orelhada para simular segredo, é que há vários casos conhecidos, de gente “DE BEM” (até dizem socialaite) e que o modus agendi está generalizado. Claro, recebem o subsídio e, como muitas vezes o negócio é em casa, sempre vão estando por lá e fazem o que sempre fizeram. Ganha-se por dois carros.

Numa época de grandes necessidades, com tanta gente verdadeiramente desempregada, atitudes que tais, a confirmarem-se, e quem as pode confirmar é a fiscalização, são muito mais vergonhosas e, então se, como se diz, sai de gente que não precisa, a coisa fia ainda mais fino. Rouba-se só porque se rouba. As autoridades terão que averiguar se tal é possível e se é verdade e, a ser, as penas deveriam fazer mesmo doer, indo ao limite do encerramento do estabelecimento e à interdição de exercício de qualquer actividade empresarial para o empregador e “desempregado”.

TAXAS MODERADORAS

Em Abril de 2002, um cidadão originário de cá, mas cá não residente à época e agora a residir no estrangeiro, foi à urgência do Hospital da Feira. Foi atendido como é normal ser-se e, no final, dando-lhe alta, mandaram-no para casa. Não lhe apresentaram contas, nem ele as pediu. Naturalmente. Imagine-se que, por estes dias, 8 anos depois da ocorrência, chega a um familiar uma nota de débito de € 16,24, que inclui urgência, mais análises, mais radiografia, etc. O familiar perguntou-me o que deveria fazer e eu disse-lhe que o mais que deveria fazer era devolver, porque o “devedor” está no estrangeiro. - Que diacho, a pessoa pode ter problemas, acho que vou lá e pago isso e que se lixe. - Se é isso que entende, ao menos não faça a viagem, pague por Multibanco. - Não tenho nada disso, vou lá. - Dê-me cá o dinheiro que eu pago com o meu cartão. E assim foi. Foi a factura liquidada, mesmo que porventura não devida. O devedor não pôde ser contactado.

Fará algum sentido o Hospital mandar cobrar uma “dívida” de € 16,24 oito anos depois? Porque não é feita a cobrança no acto, ou pelo menos porque é que não é apresentada a factura com indicação de prazo para liquidação?

José Pinto da Silva

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