domingo, 25 de agosto de 2013


      Estive ontem, em Milheiros de Poiares, numa celebração que parabenizou o Padre José Loureiro (Dias de Pinho) pela passagem do 50º. Aniversário (bodas de ouro) da sua ordenação sacerdotal. Estive, e não poderia deixar de, porque o Zé Loureiro (é natural de Milheiros e está a paroquiar Custóias há dezenas de anos) além de ter sido meu condiscípulo em todos os anos em que andei pelo seminário, foi o meu companheiro de carteira. Durante a celebração que foi presidida pelo seu conterrâneo, o bispo D. Carlos Azevedo, senti a comoção das recordações da nossa adolescência e da vivência em regime fechado, como era então.
Recordo que entramos no seminário de Ermesinde em 6 de Outubro de 1950 (está a fazer 63 anos) e recordo mais que, daqui de S. Jorge entraram comigo o Eugénio (do Cavadinha), agora o catedrático jubilado Prof. Dr. Eugénio Santos e o Floresindo Oliveira (do carpinteiro, de Azevedo). Este só lá andou no primeiro ano e abandonou.
O Eugénio esteve lá também para ambos, e quase em simultâneo, darmos um grande abraço no Zé Loureiro e aproveitei para lhe passar outro abraço do Lopes Leite, da Feira, que por estar doente não pôde ir.
A celebração foi lindamente abrilhantada pelo coro paroquial (que me perdoem se tem nome específico) e teve a homilia, sempre brilhante, produzida por D. Carlos, além de palavras comovidas e comoventes de um representante da comunidade Milheiroense dirigidas ao homenageado que, sendo avesso, muito avesso mesmo, a este tipo de homenagens (a ele dirigidas, claro), reconheceu que acedeu a recebê-la porque não teve força para resistir ao apelo do seu conterrâneo, D. Carlos Azevedo. Devo acrescentar que eu próprio, já no verão do ano passado e durante o mesmo tipo de cerimónia prestada ao Padre Fernando, pároco de Milheiros, nosso condiscípulo também, dizia que eu próprio o pressionei para aceitar que a data fosse marcada e, claro, com a sua presença. Fez-me essa “acusação” quando o fui abraçar.
No livro de mensagens deixei-lhe a reiteração do meu orgulho de ter sido dele colega, com desejos de muito longa vida com saúde. Parabéns, Zé Loureiro.
 
José Pinto da Silva

Notas: Na primeira foto, no canto inferior direito está o autor, ao tempo, com 10 anos, chamado de Pintassilgo; na seguinte, ao centro está o Floresindo do Carpinteiro, de Azevedo (não o vejo há cerca de 50 anos); na terceira, no canto superior direito está o agora padre José Loureiro (notar que no canto inferior direito estou eu com a cabeça cortada); na última está o Eugénio Santos. Abaixo dele está o médico Jaime Duarte, insigne anestesista e antigo Administrador do Hospital de S. João.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IMAGEM DE CARLOS ALBERTO, Padre

A imagem abaixo foi colhida no dia de Pentecostes de 2000, durante uma celebração Eucarística. É bonita e simbólica e, se olharmos para uma outra muito semelhante colhida há dois ou três meses na Praça de S. Pedro, no Vaticano, diria que até pode ser considerada premonitória. Há 13 anos de distância entre uma e outra. 

Nos 14 e 15 deste mês fui até lá abaixo ao concelho de Palmela, tendo no programa uma visita à região de Setúbal e aproveitar para dar um abraço do nosso conterrâneo, Padre Carlos Castro, que já não via há bastantes anos. As nossas conversas estavam tão atrasadas, que acabei por não sair de casa dele, a não ser para ir ao restaurante, onde as conversas se mantiveram no mesmo ritmo. Gostei muito de estar com ele e de confirmar que, no meio de tantas contrariedades, está bastante bem e com saúde. Gostei muito de estar também com a Irmã Fernanda.
23-Agosto-2013
POPULAÇÃO MUNDIAL

A população da terra precisou de muitos, muitos e muitos milhares de anos, desde o aparecimento do homem e até ao início do século XIX, para chegar aos mil milhões de pessoas. Depois e espantosamente, em apenas cem anos, duplicou a população para dois mil milhões, na década de 20 do século XX. Depois, em 50 anos, voltou a duplicar para 4 mil milhões, na década de 70 do século passado. Actualmente estamos quase a atingir os 8 mil milhões. Por dia a população do planeta aumento um quarto de milhão de seres humanos. Cada ano a população mundial aumenta o equivalente à população da Alemanha. As previsões da OMS apontam para a existência de 9 mil milhões de pessoas antes de 2050.
O autor destas considerações diz que a proposta da OMS para controlar este crescimento exponencial foi a de mandar distribuir preservativos massivamente na África e na Ásia, ao que se opôs a Igreja a ameaçar com o cometimento de pecados e avança que a África ficou com mais um problema ambiental de fazer desaparecer milhões e milhões de preservativos não usados. Diz ainda a mesma personagem que, para sobreviver, a espécie humana não deveria exceder os 4 mil milhões, isto é, menos de metade da população actual.
Outra personagem, bióloga de formação, disse ser natural que uma espécie se extinga simplesmente como resultado do sobrepovoamento do seu ambiente. Imaginou uma colónia de algas de superfície que viveu numa lagoa de floresta, desfrutando do perfeito equilíbrio dos nutrientes da lagoa. Numa situação de perda de controlo, passaram a reproduzir-se tanto, ao ponto de cobrirem toda a superfície da lagoa, tapando o sol e, assim, impedindo o crescimento dos nutrientes na lagoa. Tendo sugado tudo o que era possível do seu ambiente, as algas morreram rapidamente e desapareceram. Um destino semelhante pode muito bem aguardar a humanidade. Muito mais cedo e mais depressa do que se imagina.
Colhido do livro INFERNO, de Dan Brown, sendo os declarantes duas das personagens do escrito.

E fazendo exercício comparativo, as células cancerígenas quando se instalam no corpo humano, a sua função não é a sua reprodução acelerada para abafarem as células sãs? E levam à morte do órgão em que se instalam e, não havendo tratamento de choque para as neutralizar, levam à morte de todo o organismo.

Não será este fenómeno do crescimento exponencial da população motivo que faça pensar governantes, a nível planetário, Igrejas, a católica e as outras, de todas as confissões, cientistas e toda a gente que é autora e será vítima do que vier a ocorrer.


José Pinto da Silva 

sábado, 10 de agosto de 2013


SUJIDADES


Valerá a pena, a toda a gente, ler um livro, de edição recente, de Sousa Tavares, a que deu o título de “Madrugada Suja”. Além da trama estar muito bem conseguida, do meu ponto de vista e na opinião de muitos críticos, há um capítulo, o 12, pag. 217 e seguintes, muito aconselhável a presidentes de câmara, vereadores e técnicos superiores que tenham adstrito o pelouro de urbanismo e obras. Trata-se de obra de ficção, mas está, é mais do que crível, inspirada nalgum caso real que o autor terá conhecido. Literariamente está ao nível dos anteriores romances do escritor. Leiam que vale a pena. E comparem com o que talvez vejam num qualquer município perto de cada qual.

José Pinto da Silva

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

APAGAMENTO DE FREGUESIAS

A propósito do pior aborto legislativo parido por Relvas e seus acólitos, vou referir, citando, mais dois social- democratas: CARLOS MARTA – O que lhe parece a Reforma Administrativa? R – “Fui contra, sobretudo por causa da extinção de freguesias, pois trata-se das autarquias que menos custos acarretam e mais serviços prestam”. JN 28/7/013. NUNO CARDOSO – “Não vou incluir listas às freguesias para não ser cúmplice da Reforma Administrativa do governo”. Neste contexto e sendo mais do que certo o efectivo apagamento das freguesias agregadas, será de registar com letra grossa o nome dos presidentes de Junta das freguesias a apagar que votaram, em sede de Assembleia Municipal, a favor desse apagamento, o que só pode ter acontecido por gesto subserviente ao poder municipal estabelecido, por sua vez curvado ao poder central, registar esses nomes, dizia, para que, alguns anos passados, os que por cá ainda andarem, sejam encostados ao pelourinho da vergonha. E os que já cá não andarem levarão com lama na memória.
Seria interessante saber-se o que terá o governo dito à troyka para que aplaudisse o apagamento de mil e tal freguesias (falado no memorando) e aceitasse a manutenção dos concelhos (redução falada também no memorando), estes o verdadeiro sorvedouro de meios (ver os PAEL) e ninhos de corrupção. Os representantes dos credores devem ter sido mal informados, ou são mesmo piores do que os pintam. Era sobretudo nas Câmaras onde o Relvas tinha os seus melhores compadres.
O Estado e quem o representa oficial e legitimamente (o governo) poderia poupar muito reduzindo subvenções a partidos e campanhas, reduzindo as pagas a executivos das freguesias, reduzindo ou mesmo  anulando as senhas de presença aos eleitos das Assembleias de Freguesia e Municipais (quantos entram nas listas só a pensar nas senhas a que ganham direito só por assinarem o ponto?) e reduzindo ou anulando o pagamento aos membros das Mesas Eleitorais. Todos sabem que a maioria conjuntural (e não só) atirar-se-iam ao ar, porque essas migalhas semeadas (no total somam milhões) são iscas de atracção para os que não pensam em trabalho cívico, mas pensam mais na cerimónia da tomada de posse. O poder, este poder sobretudo, acha ser muito mais fácil sacar dos salários, das reformas e pensões, do aumento do IRS e do IMI. Assim é mais fácil fazer monte de fundos.          31-7-2013                                               José Pinto da Silva



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CARDO (q) RI del Piño

Pessoas há que não imaginam, ou imaginam que os outros não sabem imaginar, o que é um conselho de Administração de uma empresa de alguma dimensão. Independentemente das funções de cada integrante, do pelouro a cada um atribuído, é sempre, ou quase sempre, só o Presidente desse conselho que é conhecido, que é mediatizado, quantas vezes exercendo mesmo só as funções de representação externa, calhando aos outros membros a verdadeira gestão, destes saindo as decisões influenciadoras do bom ou mau desempenho da empresa.

Porque é agora candidato a presidente de Câmara, tem sido Eduardo Cavaco atacado, dir-se-ia mesmo vilipendiado, porque, insinuam os detractores, tendo sido administrador de empresa, não o consideram empresário, porque quem administrava era só o outro familiar. Sabe-se que o outro familiar era (e é) o presidente do Conselho e que, para além do(s) pelouro(s) que lhe competia gerir no terreno, era quem fazia (e faz) a representação externa do grupo, mas é sabido também que os outros administradores (e havia-os exteriores à família) exerciam a sua influência  no terreno, como executivos verdadeiros. É do conhecimento público que Eduardo tinha a sua influência no grupo e exercia-a com determinação e autonomia. E era reconhecido como assim, embora em círculos menos diametrados e menos publicitados. Diz-se agora, não sem alguma graça e dada a evolução da empresa mãe do grupo, que Eduardo teve a perspicácia de sair a tempo e no melhor tempo, o que não deixa de ser característica de empresário com visão. Poderá, na opinião de quem detrai, não reunir todas as condições para ser um ideal presidente de Câmara, mas não se lhe retire o ter sido administrador activo de grupo com significado na região e, como assim, empresário.
José Pinto da Silva





segunda-feira, 5 de agosto de 2013

QUIOSQUE NA SÉ
Réplica à resposta

A inserção de comentário do presidente da Junta de Caldas de S. Jorge ao meu texto de 22 de Julho incita-me a algumas reflexões.
A primeira é o sentimento de alguma repulsa por ter invocado a lei do direito de resposta para meter não importa o quê num órgão como o “Terras” É de todos sabido que NUNCA nega publicar uma resposta para repor uma verdade, ou perseverar na mentira.
No que à resposta propriamente dita reporta, noto que, quanto à imprecisão (ou chame-lhe o que entender) contida no texto, tomei a iniciativa de, logo que topei o erro, pedir a correcção da falha. E não tenho nenhum problema em aceitar que erro, quando detecto o erro e de o assumir. Mas contesto, desde logo, que o local apropriado para informar a população seja SÓ a Assembleia. Há meios, muitos meios, nomeadamente a página oficial na Net, para publicar e publicitar todos os documentos, como Planos de Actividade e Orçamentos, Prestações de Contas e Revisão de Orçamentos, Concursos Públicos ou Restritos, Adjudicações e Assinatura de Contratos, etc. etc. As pessoas podem assistir, é verdade, mas a sistemática falta de respostas e a sistemática fuga às informações pedidas por alguns dos eleitos (olhando-se para as actas nota-se que um sector da Assembleia nunca questionou a Junta para coisa alguma -vota sempre a favor - nem alguma vez se leu a intervenção de qualquer dos vogais da Junta e um deles tem a responsabilidade das contas) desmobiliza o público, mesmo o mais interessado na res publica.
Só para meter uma pequena réstea de memória na cabeça do presidente da Junta, pergunto: Quantas vezes foi perguntado a respeito das contas da Abertura no Tojeiro (entre o Dr. Américo e o Sr. Virgílio)? O trabalho foi executado à conta da Junta, por ordem da Junta, como atestam diversas pessoas que estiveram em reunião onde o trabalho foi decidido. O trabalho foi executado. Está lá. De que forma e com que meios liquidou a Junta a conta (4.000,00 euros, dizem)? Em que documento(s) vêm discriminadas saídas de meios? Porquê não deu resposta às insistentes perguntas de alguns eleitos? Eu, como público, também gostava de saber. E os trabalhos efectuados, sem continuidade embora, na Rua da Carreira? Houve trabalho de demolição de um muro, escavação de bastantes metros quadrados de terra e onde está o pagamento desse trabalho reflectido? E porquê não foi a obra continuada? Parece que até há um contrato assinado com o dono do terreno. Porquê as não contas? E onde estão anotadas as contas da execução do muro a norte do terreno da “Pines”? E só estou a falar em trabalhos por “empreiteiros” externos, pelo que devem ter dado origem a algum contrato escrito. Ou não? Mesmo as contas da obra do Calvário, apesar da apresentação de uma quantidade de facturas, estão longe de estar claras. Até porque as facturas reflectem somente 15/20% do que foi dito que custou a obra total (mesmo inacabada).
São essas dúvidas que afastam as pessoas. Além do cansaço que gera a repetição das perguntas sobre o mesmo tema que recebem sempre a não resposta.
Para terminar. Será que, como disse na resposta, todos os documentos – editais, orçamentos, etc. estão disponíveis para compulsão pública? E também as facturas e contratos/acordos com os empreiteiros? 30/7/013


José Pinto da Silva