Recordo que
entramos no seminário de Ermesinde em 6 de Outubro de 1950 (está a fazer 63
anos) e recordo mais que, daqui de S. Jorge entraram comigo o Eugénio (do
Cavadinha), agora o catedrático jubilado Prof. Dr. Eugénio Santos e o
Floresindo Oliveira (do carpinteiro, de Azevedo). Este só lá andou no primeiro
ano e abandonou.
O Eugénio
esteve lá também para ambos, e quase em simultâneo, darmos um grande abraço no
Zé Loureiro e aproveitei para lhe passar outro abraço do Lopes Leite, da Feira,
que por estar doente não pôde ir.
A celebração
foi lindamente abrilhantada pelo coro paroquial (que me perdoem se tem nome
específico) e teve a homilia, sempre brilhante, produzida por D. Carlos, além
de palavras comovidas e comoventes de um representante da comunidade
Milheiroense dirigidas ao homenageado que, sendo avesso, muito avesso mesmo, a
este tipo de homenagens (a ele dirigidas, claro), reconheceu que acedeu a
recebê-la porque não teve força para resistir ao apelo do seu conterrâneo, D.
Carlos Azevedo. Devo acrescentar que eu próprio, já no verão do ano passado e
durante o mesmo tipo de cerimónia prestada ao Padre Fernando, pároco de
Milheiros, nosso condiscípulo também, dizia que eu próprio o pressionei para
aceitar que a data fosse marcada e, claro, com a sua presença. Fez-me essa
“acusação” quando o fui abraçar.
No livro de
mensagens deixei-lhe a reiteração do meu orgulho de ter sido dele colega, com
desejos de muito longa vida com saúde. Parabéns, Zé Loureiro.
José Pinto da Silva
Notas: Na primeira foto, no canto inferior direito está o autor, ao tempo, com 10 anos, chamado de Pintassilgo; na seguinte, ao centro está o Floresindo do Carpinteiro, de Azevedo (não o vejo há cerca de 50 anos); na terceira, no canto superior direito está o agora padre José Loureiro (notar que no canto inferior direito estou eu com a cabeça cortada); na última está o Eugénio Santos. Abaixo dele está o médico Jaime Duarte, insigne anestesista e antigo Administrador do Hospital de S. João.