APAGAMENTO DE FREGUESIAS
A propósito do
pior aborto legislativo parido por Relvas e seus acólitos, vou referir,
citando, mais dois social- democratas: CARLOS MARTA – O que lhe parece a
Reforma Administrativa? R – “Fui contra, sobretudo por causa da extinção de
freguesias, pois trata-se das autarquias que menos custos acarretam e mais serviços
prestam”. JN 28/7/013. NUNO CARDOSO – “Não vou incluir listas às freguesias
para não ser cúmplice da Reforma Administrativa do governo”. Neste contexto e
sendo mais do que certo o efectivo apagamento das freguesias agregadas, será de
registar com letra grossa o nome dos presidentes de Junta das freguesias a
apagar que votaram, em sede de Assembleia Municipal, a favor desse apagamento,
o que só pode ter acontecido por gesto subserviente ao poder municipal
estabelecido, por sua vez curvado ao poder central, registar esses nomes,
dizia, para que, alguns anos passados, os que por cá ainda andarem, sejam
encostados ao pelourinho da vergonha. E os que já cá não andarem levarão com
lama na memória.
Seria
interessante saber-se o que terá o governo dito à troyka para que aplaudisse o
apagamento de mil e tal freguesias (falado no memorando) e aceitasse a
manutenção dos concelhos (redução falada também no memorando), estes o
verdadeiro sorvedouro de meios (ver os PAEL) e ninhos de corrupção. Os
representantes dos credores devem ter sido mal informados, ou são mesmo piores
do que os pintam. Era sobretudo nas Câmaras onde o Relvas tinha os seus
melhores compadres.
O Estado e
quem o representa oficial e legitimamente (o governo) poderia poupar muito
reduzindo subvenções a partidos e campanhas, reduzindo as pagas a executivos
das freguesias, reduzindo ou mesmo anulando
as senhas de presença aos eleitos das Assembleias de Freguesia e Municipais
(quantos entram nas listas só a pensar nas senhas a que ganham direito só por
assinarem o ponto?) e reduzindo ou anulando o pagamento aos membros das Mesas
Eleitorais. Todos sabem que a maioria conjuntural (e não só) atirar-se-iam ao
ar, porque essas migalhas semeadas (no total somam milhões) são iscas de
atracção para os que não pensam em trabalho cívico, mas pensam mais na
cerimónia da tomada de posse. O poder, este poder sobretudo, acha ser muito
mais fácil sacar dos salários, das reformas e pensões, do aumento do IRS e do
IMI. Assim é mais fácil fazer monte de fundos. 31-7-2013
José Pinto da Silva