QUIOSQUE NA SÉ
Réplica à resposta
A inserção de
comentário do presidente da Junta de Caldas de S. Jorge ao meu texto de 22 de
Julho incita-me a algumas reflexões.
A primeira é o sentimento de
alguma repulsa por ter invocado a lei do direito de resposta para meter não
importa o quê num órgão como o “Terras” É de todos sabido que NUNCA nega
publicar uma resposta para repor uma verdade, ou perseverar na mentira.
No que à
resposta propriamente dita reporta, noto que, quanto à imprecisão (ou chame-lhe
o que entender) contida no texto, tomei a iniciativa de, logo que topei o erro,
pedir a correcção da falha. E não tenho nenhum problema em aceitar que erro,
quando detecto o erro e de o assumir. Mas contesto, desde logo, que o local
apropriado para informar a população seja SÓ a Assembleia. Há meios, muitos
meios, nomeadamente a página oficial na Net, para publicar e publicitar todos
os documentos, como Planos de Actividade e Orçamentos, Prestações de Contas e
Revisão de Orçamentos, Concursos Públicos ou Restritos, Adjudicações e
Assinatura de Contratos, etc. etc. As pessoas podem assistir, é verdade, mas a
sistemática falta de respostas e a sistemática fuga às informações pedidas por alguns
dos eleitos (olhando-se para as actas nota-se que um sector da Assembleia nunca
questionou a Junta para coisa alguma -vota sempre a favor - nem alguma vez se
leu a intervenção de qualquer dos vogais da Junta e um deles tem a
responsabilidade das contas) desmobiliza o público, mesmo o mais interessado na
res publica.
Só para meter uma
pequena réstea de memória na cabeça do presidente da Junta, pergunto: Quantas
vezes foi perguntado a respeito das contas da Abertura no Tojeiro (entre o Dr.
Américo e o Sr. Virgílio)? O trabalho foi executado à conta da Junta, por ordem
da Junta, como atestam diversas pessoas que estiveram em reunião onde o
trabalho foi decidido. O trabalho foi executado. Está lá. De que forma e com
que meios liquidou a Junta a conta (4.000,00 euros, dizem)? Em que documento(s)
vêm discriminadas saídas de meios? Porquê não deu resposta às insistentes
perguntas de alguns eleitos? Eu, como público, também gostava de saber. E os
trabalhos efectuados, sem continuidade embora, na Rua da Carreira? Houve
trabalho de demolição de um muro, escavação de bastantes metros quadrados de
terra e onde está o pagamento desse trabalho reflectido? E porquê não foi a
obra continuada? Parece que até há um contrato assinado com o dono do terreno.
Porquê as não contas? E onde estão anotadas as contas da execução do muro a
norte do terreno da “Pines”? E só estou a falar em trabalhos por “empreiteiros”
externos, pelo que devem ter dado origem a algum contrato escrito. Ou não?
Mesmo as contas da obra do Calvário, apesar da apresentação de uma quantidade
de facturas, estão longe de estar claras. Até porque as facturas reflectem
somente 15/20% do que foi dito que custou a obra total (mesmo inacabada).
São essas dúvidas que afastam as
pessoas. Além do cansaço que gera a repetição das perguntas sobre o mesmo tema
que recebem sempre a não resposta.
Para terminar.
Será que, como disse na resposta, todos os documentos – editais, orçamentos, etc.
estão disponíveis para compulsão pública? E também as facturas e
contratos/acordos com os empreiteiros? 30/7/013
José Pinto da Silva