sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O QUE REALIZÁMOS …. Desde 2008

De uma lista que apareceu com o título acima, apocopado, lista que fez força para ter muitas linhas, dada a repetição de items, (pouco relevante a extensão), vou destacar dois ou três pontos que têm rabos, uns de fora e, às vezes, a parecerem enterrados.
Começo pelo Calvário que teve a “honra” de ocupação abusiva de terreno alheio, deu origem a conversas insultantes e em que quem fez o mal, fez também a caramunha e se sujeitou à perda judicial. A vítima partiu entretanto e, se houvesse interesse em respaldar a situação, em reconhecer o falhanço, poderia ter sido resolvida a situação. Mas o caso é também outro. Foi divulgado que houvera ali um investimento de cerca de € 200.000,00 (há quem ache demasiado e que ter havido alcavalas) e as facturas inerentes aos trabalhos feitos somam € 50.783,19 e os pagamentos declarados vão a € 53.200,02. (diferença de quase três mil euros). As facturas foram as entregues a um membro da Ass. Freguesia que as entregou na Direcção de Finanças. Também as referentes aos sanitários da Sé, em que as facturas somavam € 23.412.43 e os pagamentos iam a € 24.207,32. Se a Direcção de Finanças diligenciou algo, não se sabe. Quer de uma obra quer de outra, nunca foram apresentadas nem propostas de empreiteiros, nem contratos celebrados com os contratados. Apesar de várias vezes solicitados em sede de Assembleia.
Fala-se da rua da Carreira, cujas obras foram paradas por imposição do dono do terreno por venda abusiva da terra vegetal e, saiba-se por quê e com autorização de quem, foram retomadas a 15 dias da eleição. Mas, andou ali um empreiteiro que fez desaterro e demoliu um muro de vários metros. Foi reiteradamente pedido o contrato celebrado(?) e foi tentado saber-se quanto foi pago, e de que forma, pelo trabalho feito. E quem comprou a terra vegetal e quanto rendeu ela e para onde foi o dinheiro. Fica no ar a suspeita de …
Na construção do muro a norte do terreno da “Pines” (face ao caminho paralelo ao rio) andou um empreiteiro, bem como no empedramento executado no terreno. Nunca apareceu qualquer proposta, nunca apareceu qualquer contrato e nunca apareceu qualquer factura, mau grado tenham sido documentos pedidos em sede de Ass. Freguesia, nem reflexo em qualquer prestação de contas.
Estranho, estranho é que tenha sido ignorada uma obra que até tem algum vulto. Trata-se da abertura feita perpendicular à rua do Tojeiro (Azevedo), a poente da casa do Sr. Virgílio. Sabe-se que, em reunião alargada, um empreiteiro apresentou preço para desaterro e construção do muro de suporte para o terreno do Dr. Américo, doador do terreno. Não foi feito contrato, mas há o testemunho de meia dúzia de pessoas. A obra foi feita. Está lá. O empreiteiro terá recebido a garantia de um particular de que receberia o preço. Sabe-se que o empreiteiro terá recebido DA JUNTA o preço. Mas, apesar de insistentemente pedidas, nunca foram apresentadas, quer a factura da obra, quer os meios de pagamento, nem nada disso ficou reflectido em qualquer relatório e contas. Como de resto das obras anteriores (Rua da Carreira e Muro da Pines).
Cabe a pergunta: Porquê? E cabe automaticamente a suspeita. Porquê esta fuga sistemática à apresentação de propostas, de contratos (se foram feitos) e mesmo às provas de pagamentos?
Tantas dúvidas implicarão na absoluta necessidade de, quemquer que integre a próxima Ass. Freguesia, ser pedida uma auditoria à contas da Junta de Freguesia dos últimos 6/7 anos. É de esperar. Menos opacidade e mais clareza e transparência nas contas. Porque … à mulher de César é preciso algo mais do que dizer-se séria.


José Pinto da Silva

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AS AUTÁRQUICAS CUSTAM….!

Escreveu alguém nalgum órgão divulgador, logo a seguir ao início do que se designa por pré-campanha, e mesmo antes, que alguns candidatos faziam gastos pornográficos. E, na altura, apontava as baterias para o candidato à Câmara do Porto, Filipe Menezes. Será, ao que agora se diz, a maior gastador, com gastos agravados no período de campanha, propriamente dito, em que os gastos com porco assado a Barreiros saltando fizeram saltar a tampa do descontrolo. Problema dele, dos pagadores (diz-se que sai boa parte dos cofres camarários de Gaia) e de quem depois há-de controlar as contas.
Mas, mesmo por cá, o candidato do establishment, do poder, diga-se, em matéria de out-doors deixou a concorrência a léguas de distância. Terá exorbitado e transgredido a lei que estabelece superfícies máximas? E, claro, depois passou a bucha às freguesias, por onde os painéis primaram pelo tamanho dos da sede. Eles lá farão as contas. Depois, e noto porque me caiu na caixa, desafiaria os candidatos a exibirem a factura relativa a um documento que tem o título “Transformámos o nosso concelho num bom lugar para viver”. Pela quantidade previsível (140 000 habitantes, com média de 3 pessoas por lar, daria 46 000, mais os entregues em mãos e postos aos montes nos locais de presença de público, fá que tenha chegado aos 50 000), pela qualidade do papel e impressão, a factura deve ser mesmo de estontear. E, claro, o vício passou-se para as candidaturas freguesiais. A profusão e a qualidade do invólucro. Melhor, bem, melhor do que o conteúdo.
O Camarário tem duas particularidades: a primeira é que não faz referência a nadisca de nada que possa ter acontecido em Caldas de S. Jorge. Podiam, ao menos, misturar uma foto das Termas ou da menina dos olhos do candidato que é o Ilha Bar e fica-se a saber que o candidato sabia que existia Caldas de S. Jorge. Na página 9 coloca Zonas Industriais, mas, talvez por casualidade, não mencionou a Zona Industrial da ROMARIZ/ PIGEIROS, quiçá a mais cabal prova de má previsão, ou de má promoção, ou de má execução. Mesmo ruim, deveria ter merecido vir no mapa.
O Freguesial tem logo a característica de as primeiras quatro mulheres candidatas são de Pigeiros. O que pensarão as mulheres de Caldas de S. Jorge? Sendo o continente de apresentação cara, o conteúdo tem as banalidades repetidas e chamou-me a atenção, na última página, e achei graça, em declaração individual, à expressão “ conheço a nossa realidade sócio-cultural….”  Também notei, pela inviabilidade, a abertura de ruas, eventualmente úteis, mas não necessárias, sobretudo as que andam nos cartazes há 15/20 anos. Quanto ao feito, sairá noutro escrito a ser feito.


José Pinto da Silva