O QUE REALIZÁMOS …. Desde 2008
De uma lista
que apareceu com o título acima, apocopado, lista que fez força para ter muitas
linhas, dada a repetição de items, (pouco relevante a extensão), vou destacar
dois ou três pontos que têm rabos, uns de fora e, às vezes, a parecerem
enterrados.
Começo pelo
Calvário que teve a “honra” de ocupação abusiva de terreno alheio, deu origem a
conversas insultantes e em que quem fez o mal, fez também a caramunha e se
sujeitou à perda judicial. A vítima partiu entretanto e, se houvesse interesse
em respaldar a situação, em reconhecer o falhanço, poderia ter sido resolvida a
situação. Mas o caso é também outro. Foi divulgado que houvera ali um
investimento de cerca de € 200.000,00 (há quem ache demasiado e que ter havido
alcavalas) e as facturas inerentes aos trabalhos feitos somam € 50.783,19 e os
pagamentos declarados vão a € 53.200,02. (diferença de quase três mil euros).
As facturas foram as entregues a um membro da Ass. Freguesia que as entregou na
Direcção de Finanças. Também as referentes aos sanitários da Sé, em que as
facturas somavam € 23.412.43 e os pagamentos iam a € 24.207,32. Se a Direcção
de Finanças diligenciou algo, não se sabe. Quer de uma obra quer de outra,
nunca foram apresentadas nem propostas de empreiteiros, nem contratos
celebrados com os contratados. Apesar de várias vezes solicitados em sede de
Assembleia.
Fala-se da rua
da Carreira, cujas obras foram paradas por imposição do dono do terreno por
venda abusiva da terra vegetal e, saiba-se por quê e com autorização de quem,
foram retomadas a 15 dias da eleição. Mas, andou ali um empreiteiro que fez
desaterro e demoliu um muro de vários metros. Foi reiteradamente pedido o
contrato celebrado(?) e foi tentado saber-se quanto foi pago, e de que forma,
pelo trabalho feito. E quem comprou a terra vegetal e quanto rendeu ela e para
onde foi o dinheiro. Fica no ar a suspeita de …
Na construção
do muro a norte do terreno da “Pines” (face ao caminho paralelo ao rio) andou
um empreiteiro, bem como no empedramento executado no terreno. Nunca apareceu
qualquer proposta, nunca apareceu qualquer contrato e nunca apareceu qualquer
factura, mau grado tenham sido documentos pedidos em sede de Ass. Freguesia,
nem reflexo em qualquer prestação de contas.
Estranho,
estranho é que tenha sido ignorada uma obra que até tem algum vulto. Trata-se
da abertura feita perpendicular à rua do Tojeiro (Azevedo), a poente da casa do
Sr. Virgílio. Sabe-se que, em reunião alargada, um empreiteiro apresentou preço
para desaterro e construção do muro de suporte para o terreno do Dr. Américo,
doador do terreno. Não foi feito contrato, mas há o testemunho de meia dúzia de
pessoas. A obra foi feita. Está lá. O empreiteiro terá recebido a garantia de
um particular de que receberia o preço. Sabe-se que o empreiteiro terá recebido
DA JUNTA o preço. Mas, apesar de insistentemente pedidas, nunca foram
apresentadas, quer a factura da obra, quer os meios de pagamento, nem nada
disso ficou reflectido em qualquer relatório e contas. Como de resto das obras
anteriores (Rua da Carreira e Muro da Pines).
Cabe a
pergunta: Porquê? E cabe automaticamente a suspeita. Porquê esta fuga
sistemática à apresentação de propostas, de contratos (se foram feitos) e mesmo
às provas de pagamentos?
Tantas dúvidas
implicarão na absoluta necessidade de, quemquer que integre a próxima Ass.
Freguesia, ser pedida uma auditoria à contas da Junta de Freguesia dos últimos
6/7 anos. É de esperar. Menos opacidade e mais clareza e transparência nas
contas. Porque … à mulher de César é preciso algo mais do que dizer-se séria.
José Pinto da Silva