segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A VELHINHA DO CRUZEIRO



Um casal foi num cruzeiro pelo Mediterrâneo a bordo de um transatlântico de uma companhia chamada PRINCESS. Durante o jantar notou uma senhor velhinha sentada perto da varanda do restaurante principal. Notou também que todo o pessoal, empregados e tripulação, estavam muito familiarizados com ela. O marido (do casal) perguntou a um empregado quem era aquela senhora que imaginou poderia ser a dona da empresa de cruzeiros. Que não, que ela andava a bordo nas últimas quatro viagens.
Uma tarde, ao sair do restaurante o casal cumprimentou-a e entabulou conversa. - Ao que ouvimos, a senhora tem andado no barco nas últimas quatro viagens. Não é monótono? Porquê esta repetição? Respondeu ela: - É que sai mais barato do que um asilo para velhos nos Estados Unidos (e se calhar por aqui, acrescento eu). Não ficarei num asilo NUNCA e. de agora em diante vou continuar a viajar nestes cruzeiros enquanto viver.
Olhem. O custo médio para se cuidar de um velho num asilo decente é de 200 dólares por dia. No departamento de reservas desta empresa disseram que posso obter um desconto bom se comprar a viagem com grande antecedência e mais um desconto para pessoas idosas, baixando até 135 dólares por dia.. Agora conto o melhor desta empresa. Quero viajar pela América do Sul, Canal do Panamá, Taihiti, caraíbas, Austrália, Mediterrâneo, Rio Nilo, Brasil, Ásia? É só dizer para onde quero ir e a companhia me leva. A viagem passa a custar 65 dólares por dia. Mais:
1) Gasto no máximo 10 dólares em gorgetas;
2) Tenho mais de 10 refeições por dia se quiser ir aos restaurantes e posso ter o pequeno almoço na cama.
     Todos os dias da semana.
3) O barco tem 3 piscinas, salão de ginástica, tratamento de roupa grátis, bar, NET, cafés, cinema, espectá-
    culos todas as noites e paisagem diferente todos os dias.
4) Pasta de dentes, secador de cabelo e shampoo de borla;
5) Tratam-me como cliente e não como doente. Com uma gorgeta dia´ria de 5 dólares todo o pessoal me 
    juda em tudo;
6) Conheço pessoas novas em cada semana;
7) Se a TV avariou, se quero mudar uma lâmpada, se quero que troquem o colchão eles tratam de tudo e
    ainda pedem desculpa pelo incómodo; Lavam a roupa da cama e as toalhas todos os dias e nem preciso 
    de pedir;
Se caio num casa de velhos e tenho azar de apanhar um tombo, a única saída são os Serviços Médicos. Aqui, acomodam-me numa suite de luxo pelo resto da vida.
É por isso, meus caros, nunca me procurem num asilo de velhos para viver entre quatro paredes como 
internado em hospital. Obrigadinho, mas não! Ah! e se eu morrer, atiram-me ao mar sem qualquer paga-
mento extra. 
Acham que vou deixar de viajar?
(Recebido por e-mail, enviado por um amigo.)

José Pinto da Silva

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A BEM DA NAÇÃO



Chamo-me Passos Coelho,
Cortador de profissão.
Corto ao novo, corto ao velho,
Corto salário e pensão.
               X
Corto subsídios, reformas ,
Corto na Saúde e Educação,
Corto regras, leis e normas
E ignoro a Constituição.
               X
Corto ao escorreito e ao torto,
Fecho Repartições e Tribunais,
Corto bem-estar e conforto,
Corto aos filhos e aos pais.
                X
Corto ao público e ao privado,
Aos independentes e liberais,
Mas é aos agentes do Estado
Que eu gosto de cortar mais.
                X
Corto regalias, corto segurança,
Corto direitos conquistados,
Corto expectativas, esperança,
Dias santos e feriados.
                X
Corto ao polícia, ao bombeiro,
Ao professor, ao soldado,
Corto ao médico, ao enfermeiro
E ainda ao desempregado.
                X
No corte sou viciado,
A cortar sou campeão.
Mas na gordura do Estado,
Descansem. Não corto, não.

(autor desconhecido)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

IN SEGURANÇA SOCIAL EM AVEIRO

Uma cidadã, nada, crescida e sempre moradora em Caldas de S. Jorge, relativamente cedo se tornou pensionista por Invalidez (beneficiária nº. 1 116100292 2). Ao completar 65 anos, em Maio de 2013 o Centro Nacional de Pensões oficiou (ofício 500.203 de 18Maio/2013) a lembrar que a beneficiária, se tivesse rendimento inferior a € 4.909,00 por ano, poderia requerer o COMPLEMENTO SOLIDÁRIO PARA IDOSOS, por a lei lhe conferir esse direito.
No início de Junho, estando dentro das condições indicadas, apresentou o Requerimento a que juntou os documentos exigíveis para documentar o processo. O Requerimento foi recepcionado em 19 de Junho de 2013, conforme é referido no ofício 115182 de 26/06/2013 em que é comunicada a decisão de INDEFERIMENTO com invocação de que possuiria recursos iguais ou superiores ao valor de referência do Complemento Solidário.
Foi logo feita a contestação em 5 de Julho, salientando-se que recebia uma pensão de € 274,79 e referindo que tal verba era paga por transferência bancária, pelo que a conta seria facilmente acessível.
Em 24/09/2013, pelo ofício 162489 a Seg. Social (Centro Distrital de Aveiro onde corre o processo desde o início) tornou a comunicar decisão de Indeferimento, agora, pasme-se, com a invocação risível, para não dizer parva, de que a Requerente teria um depósito de € 34.247,32. Pelo valor tão pouco redondo, a pesquisa dos técnicos da Segurança Social terá sido tão intensa como incompetente. Porque é mentira. Resposta imediata em 26/09/2013 a confirmar ser mentira a existência de tal depósito. Em 20/11/2013 foram remetidos extractos bancários e juntou-se uma declaração das Finanças a dar composição de património.
Em 04/12/2013, pelo ofício 209449 dizem que vão arquivar o processo, por terem já respondido à reclamação de Julho da Requerente. Em 10/12/2013, por e-mail, a requerente solicitou o não arquivamento e referiu que, no mesmo dia, faria seguir carta com extractos (de novo) relativos ao final do ano de 2012 e declaração de insuficiência económica emitida pelas Finanças.
A meados de Fevereiro de 2014, dois meses depois, a Requerente recebeu um telefonema da Segurança Social de Aveiro, na voz de uma senhora que disse chamar-se PAULA PINTO, a solicitar que a Requerente enviasse cópia do Requerimento de 19 de Junho de 2013 e, de novo, extractos bancários, documentos que foram enviados em 20/02/2014, entregues no balcão da Segurança Social de Santa Maria da Feira, tendo sido passado recibo. No início de Março telefonou a requerente para a Segurança Social de Aveiro (não foi possível falar com a tal Senhora Paula Pinto) para procurar saber do andamento do processo e logo lhe foi dito que havia despacho de Indeferimento e que receberia ofício que viria datado de 4 de Março. O ofício chegou entretanto.
Mas foi aqui que caiu a máscara daquela gente e com estrondo. Este ofício com o nº 00042220 diz que o Requerimento (o tal de 19/06/2013) entrou no dia 20/02/2014 e, como assim, não conferia a Requerente direito ao Complemento Solidário requerido, porque “agora” a idade de aceder à reforma é aos 66 anos, que a Requerente ainda não completou.
Fica mais do que provado que os Serviços da Segurança Social de Aveiro agiram de MÁ FÉ, por certo na convicção de que a senhora, já com a idade que tem e com alguma dificuldade de mobilidade, recebia a decisão e calava e, saiba-se lá, ainda pedia desculpa pelo incómodo. Que seja analisado o processo todo e aquilate-se até onde chegou a falta de vergonha desta Administração, ao ponto de falsificar um documento//Requerimento SÓ para se apropriar de um ano de uma Prestação Social a que tem absoluto direito, afirmado pelo CNPensões.
Ninguém acreditará que isto tenha sido obra de um qualquer funcionário/a da S S de Aveiro. Teve de haver instrução directa e concreta de quem por lá anda e consegue distribuir ordens. Será preciso, pergunta a Requerente, recorrer aos Tribunais para recuperar o que está a ser extorquido? Pelo menos o Senhor Provedor de Justiça receberá todo o processo.


José Pinto da Silva