COMO SE FOSSE ACTA
Tentar contar
o que ocorreu, mesmo só ouvindo declarações, duas ou três, de participantes
numa reunião que tinha como Ponto a tentativa de se indigitar ou mesmo nomear
um cabeça de lista à União de Freguesias S. Jorge/Pigeiros em lista do PS.
Estiveram presentes mais participantes do que era costume (não me foi dito
quantas nem quem). Não fui a essa reunião por razões que invoquei e escrevi num
papel que terá sido lido.
Havia um
candidato assumido que, há muito tempo terá escrito uma carta à Coordenadora da
Secção do PS de Caldas de S. Jorge, com conhecimento ao presidente da Concelhia
da Feira.
Nessa reunião
esteve também presente, por ter sido expressamente convidado, e ali reiterou a
sua disponibilidade, que só manteria se, de forma clara a secção o apoiasse.
Trata-se de militante do PS, inscrito noutra secção que não a de Caldas de S.
Jorge e, sendo natural de Caldas de S. Jorge (ocorreu que foi aparado por
parteira em Duas Igrejas, mas registado em Caldas de S. Jorge, como acontece quando
se nasce numa maternidade hospitalar). Foi cá baptizado, cá frequentou a
catequese, cá frequentou a escola primária e cá viveu até ao casamento, altura
em que foi morar para Pigeiros, onde ainda reside, fazendo, entretanto toda a
sua vida de ócio, em Caldas de S. Jorge, onde moram os pais e os irmãos. Todos.
Mesmo residindo em Pigeiros, foi atleta oficial do Caldas de S. Jorge S. C. e,
deixada a prática, foi durante 8 ou 10 anos presidente da Direcção do Clube.
Este o curriculum.
Na reunião
outro militante do PS, este residente em Caldas de S. Jorge, disse que estaria
disponível para o mesmo cargo. Ora, havendo dois candidatos, perguntou a
coordenadora, e agiu bem, se este candidato estava pronto para se submeter a
uma eleição interna para escolha entre os dois. Que não, o que, implicitamente,
significou abandono da candidatura.
Terá ficado
entendido que a Coordenadora convocaria uma reunião do Secretariado da Secção
para tomar uma posição definitiva e homologar, ou não, o único candidato em
campo. Nesse caso, e desde que não tenha qualquer impossibilidade de ordem
física, estarei presente e, sem qualquer preconceito, defenderei a candidatura,
contrariando o que até agora pensava, e na votação que obrigatoriamente haverá,
exercerei o voto.
Mas a questão
que me leva a este escrito é que foi lá dito que, se porventura o candidato
disponível, em vez de ser quem é (referir que me é próximo), fosse outro
qualquer, a residir em Pigeiros, que EU “espernearia” e seria contra. Direi
que, se fosse alguém de Pigeiros que não fosse cá conhecido, que não tivesse
qualquer vivência com as gentes de S. Jorge, era bem capaz de, pelo menos,
procurar alguém que, residindo por cá, pudesse ter alguma proximidade com
Pigeiros para cativar alguns votos lá. Porque … ao contrário de outros, eu,
agora e como sempre, gostarei sobretudo que o PS, em Caldas de S. Jorge,
obtenha o melhor resultado possível e, ao melhor, chegue à vitória. Ganhámos
duas vezes. Em ambos os casos, ou não fiz parte da lista ou entrei no final,
trabalhei como um desalmado e senti das maiores alegrias que a política me deu
algum dia. É por isso que me bato. Sempre e principalmente.
José Pinto da Silva