O NOVO QUIOSQUE
Com muita
pompa e menos circunstância, a Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge
(entidade entretanto extinta) construiu um quiosque novo para substituir um
outro, existente há anos, menos amplo e menos funcional, mas que, apesar de
tudo ia funcionando e prestava algum serviço às populações residentes e
passantes.
A Junta
contratou a construção do que lá está (ninguém viu o contrato, mas lá
contratado deve ter sido), tem aspecto de estar pronto, não tendo os autarcas,
para estarem condizentes com o seu estado mental natural de não prestar contas
de nada a ninguém, mostrado nem propostas de empreiteiros, nem contrato com o
executor, nem quem executou o quê, por quanto, em que tempo, com uso de que
materiais, quem e em que condições fez instalação eléctrica e fez a pichelaria,
quem forneceu a vidraça, se incluída na empreitada, ou se de outra maneira.
Agiu-se como se aquilo fosse uma coutada do dono, com uso exclusivo de dinheiro
do próprio. Até se ouviu falar que nesta, ou noutra obra anterior – insinua-se
que nos sanitários – andou lá um tipo a fazer o trabalho de picheleiro e
electricista, o qual, embora sabendo algo das artes, não estava inscrito na A T
como empresário, pelo que, depois da obra feita, teve que comprar uma factura
falsa. Contos de outras contas.
Em 26 de Julho
de 2013, com mais circunstância e menos pompa, foi realizada na sede da Junta
hasta pública para atribuição de concessão da exploração do quiosque e, ao fim
de vários lances, a concessão foi entregue à oferta mais elevada (base de €
75,00/mês e fecho por € 205,00/mês). O caderno de encargos definia com alguma
particularidade o tipo de negócio a exercer no espaço e era suposto que o
adjudicatário tomasse logo conta do espaço e iniciasse a prestação dos serviços
previstos para o investimento. Que terá sido feito com o único intuito de ser
útil à freguesia e à população.
A obra está
pronta há meses, mas não iniciou funcionamento. A prestação dos serviços previstos
não acontecem e teria sido muito mau para a comunidade se não houvesse, a não
grande distância, outro estabelecimento do género. Pergunta-se: Se não é para
funcionar, para que raio de fim se fez o investimento? Ou será que quem
adjudicou tem em vista outro fim qualquer não previsto no C A? E o dono estará
disponível para fechar os olhos?
O que é certo
é que a partir de Agosto, o adjudicatário passou a ficar com o encargo de €
205,00 por mês. Não houve prestação de contas, como é hábito, pelo que não se
sabe se entrou no cofre da Junta da receita prevista. Sabe-se que no orçamento
para 2014 há inclusão em receita da verba de € 2.460,00 correspondente aos 12
meses. E o antes? E para quando o início de funcionamento? A prestar que
serviço? E a propósito. O empreiteiro ou empreiteiros já receberam o preço
contratado? Insinua-se que a obra no terreno da Pines (o muro ao longo da rua)
ainda tem cauda sem esconder, isto é, sem pagar.
Esperam-se,
com alguma curiosidade, os próximos desenvolvimentos.
José Pinto da Silva