REPARTIÇÕES DE FINANÇAS
Vem das
notícias dos grandes e mais pequenos órgãos de informação que este governo,
amancebado com a troika/merkel, tem programo fechar cerca de metade das
Repartições de finanças pelo país todo. E apresentam-se alguns casos que fariam
rir a bandeiras despregadas, não fora a situação trágica para as populações.
No concelho da
Feira há 4 Repartições, sendo que 3 estão localizadas na zona a que eu chamo de
rica (a poente da EN 1) e uma outra colocada a nascente do concelho. Quando se
fala nos encerramentos por cá, aponta-se que fecharão as da Corga e de Paços de
Brandão, para ficarem activas as da Feira e de Lourosa. E logo uma questão se
levanta! Porquê fechar a da Corga em vez de fechar, a ter que ser fecharem
duas, a de Lourosa? Dá-se de barato que a de Paços está já descartada. Não
seria mais justo fazer uma racional distribuição de freguesias pela Repartição
da Corga, permitindo que esta se mantenha e, naturalmente, contribuindo para o
movimento geral da zona? É que a Repartição não representa só a prestação dos
serviços fiscais à população. Tem associado o natural desenvolvimento que
potencia ao pequeno comércio local.
Há dias, a
este propósito, ouviu-se o deputado António Cardoso, no Parlamento, a intervir
defendendo a manutenção a Repartição de Castelo de Paiva. Uma das apontadas
para extinção e que tenho de qualificar como decisão tomada por gente que tem
um chisco de cérebro (o que lhe sobra) alojado num dos calcanhares. Cardoso fez
bem, claro, em tomar tal defesa, pois Castelo de Paiva está dentro da sua área
de eleição. E que não estivesse porventura.
Estranharei
muito, muito, e porei em permanência o dedo em riste, se não tomar veementes,
quiçá mais grossas posições públicas, fortes e insistentes, movendo as
influências possíveis, mesmo tráfico delas, na defesa da manutenção da
Repartição de Finanças da Corga. E tem que procurar a solidariedade dos colegas
da vereação – o Senhor Presidente é do nascente, pela divisão que imaginei –
sempre nesse sentido.
Recordo que, quando foi para a instalar na Corga, nos idos 1985, o então presidente da Junta
movimentou-se a colher solidariedade de outras Juntas de Freguesia. E o actual?
Tem feito essa movimentação para defender a sua manutenção?
José Pinto da Silva