segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

REPARTIÇÕES DE FINANÇAS

Vem das notícias dos grandes e mais pequenos órgãos de informação que este governo, amancebado com a troika/merkel, tem programo fechar cerca de metade das Repartições de finanças pelo país todo. E apresentam-se alguns casos que fariam rir a bandeiras despregadas, não fora a situação trágica para as populações.
No concelho da Feira há 4 Repartições, sendo que 3 estão localizadas na zona a que eu chamo de rica (a poente da EN 1) e uma outra colocada a nascente do concelho. Quando se fala nos encerramentos por cá, aponta-se que fecharão as da Corga e de Paços de Brandão, para ficarem activas as da Feira e de Lourosa. E logo uma questão se levanta! Porquê fechar a da Corga em vez de fechar, a ter que ser fecharem duas, a de Lourosa? Dá-se de barato que a de Paços está já descartada. Não seria mais justo fazer uma racional distribuição de freguesias pela Repartição da Corga, permitindo que esta se mantenha e, naturalmente, contribuindo para o movimento geral da zona? É que a Repartição não representa só a prestação dos serviços fiscais à população. Tem associado o natural desenvolvimento que potencia ao pequeno comércio local.
Há dias, a este propósito, ouviu-se o deputado António Cardoso, no Parlamento, a intervir defendendo a manutenção a Repartição de Castelo de Paiva. Uma das apontadas para extinção e que tenho de qualificar como decisão tomada por gente que tem um chisco de cérebro (o que lhe sobra) alojado num dos calcanhares. Cardoso fez bem, claro, em tomar tal defesa, pois Castelo de Paiva está dentro da sua área de eleição. E que não estivesse porventura.
Estranharei muito, muito, e porei em permanência o dedo em riste, se não tomar veementes, quiçá mais grossas posições públicas, fortes e insistentes, movendo as influências possíveis, mesmo tráfico delas, na defesa da manutenção da Repartição de Finanças da Corga. E tem que procurar a solidariedade dos colegas da vereação – o Senhor Presidente é do nascente, pela divisão que imaginei – sempre nesse sentido.
Recordo que, quando foi para a instalar na Corga, nos idos 1985, o então presidente da Junta movimentou-se a colher solidariedade de outras Juntas de Freguesia. E o actual? Tem feito essa movimentação para defender a sua manutenção?


José Pinto da Silva
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