COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA(?)
Há poucos dias
passaram-se 800 anos sobre a data tida como de início da língua portuguesa. É
então uma lindíssima anciã, cabelos todos brancos, mas cabeleira integral e
saudável.
No próximo dia
23 (registe-se: 23 de Julho de 2014) vai esta vistosa e virtuosíssima velhinha
ser atropelada pela trapaça de um trambolho a desconjuntar-se, dito C. P. L.
P., atropelo que levará Camões, Pessoa, Saramago e Camilo, Nemésio e Eça a
voltearem-se nas tumbas e chorariam baba e ranho se não fossem só restos de
corpos. No dia 23, reunirão em Dili (que pena que Timor alinhe nisto) e, com o
vergonhoso voto favorável do representante português na, a partir de então,
imprópria CPLP (não representa, o delegado português –e, vergonha das vergonhas,
estará lá para dar a bênção final, o presidente da República - nem de perto, nem de longe a língua que, a
começar no berço, foi aprendendo a conciliar).
Os
representantes da tal comunidade, que passará a não ser da língua portuguesa,
vão, por unanimidade, votar a integração, de pleno direito, nessa comunidade, a
Guiné Equatorial, que, além de ser de línguas oficiais espanhola e francesa,
naturalmente adulteradas pelos inúmeros dialectos regionais tão difusos em
todos os países africanos, é governada por um sanguinário ditador há décadas,
num país que, tendo o maior PIB por cabeça de toda a África, 76% da sua
população vive na maior das misérias. O governante não deve soletrar uma única
palavra de português, mas, por interesses inconfessáveis, mais de membros como
o Brasil e Angola, COMPROU, não adiantaria escamotear a verdade com palavras
mais suaves, comprou de facto a sua entrada nesta comunidade. É um grande
produtor de petróleo e gaz natural, logo tem direito de entrar em todas as
passadeiras vermelhas que, a pretexto de tudo e nada se estendem por muitos
locais. Gente de lá, normalmente os mais corruptos (a corrupção é por lá uma
instituição que não recua nem perante o sal), despejou um pipa de dinheiro num
banco de cá, dos que estavam enrascados, vai investir outra pipa na construção
de uma embaixada super luxuosa e, com mais algum, vai até comprar a
nacionalidade portuguesa. Bastará que a D. Dilma e o Engº. José Eduardo assim
decidam.
Vergonha das
vergonhas, o governo português aninhou-se reverencial junto dos grandes países
da língua de Camões que, simultaneamente dominaram os outros países africanos,
despejando capital em cima da necessidade.
Tenha o
representante português alguma decência e, ou anuncie a saída de Portugal dessa
súcia, ou proponha, e exija aprovação, a alteração do nome da instituição. É
que há outros países a anunciar a vontade de integrar o mesmo grupo. Imagine-se
a Ucrânia, a Índia e vários outros. Que diacho, ao menos que venham os países
onde temos grandíssima comunidade emigrante, como Venezuela, Alemanha, França
ou África do Sul.
23 de Julho de
2014, dia de luto para a LÍNGUA PORTUGUESA.
José Pinto da Silva