TASCAS/CHURRASQUEIRAS NA VIAGEM
MEDIEVAL
Em ocasião de
botar conversa fora, dizendo-se imensas coisas para pouco dizer, uma alma
acabada de chegar perguntou, em voz alta, se alguém sabia quais as condições
exigidas e exigíveis para se candidatar a um lugar, com barraca, na “Feira da
Febra”, que acontece lá em baixo na Coba (estou a usar a expressão ouvida) no
início de cada Agosto. Em voz simultânea, dois ou três insinuaram que poderia
perguntar a uma qualquer associação das que costumam instalar-se lá, e há
várias à nossa roda, ou, segundo informações, há uma página na Internet que
explica tudo isso. Não sou candidato, não estou informado, nem quero saber,
atirou um outro.
É que, acudiu
o inquiridor, disseram-me que a condição mais pontuada para se lá chegar
(parece ser preciso instruir um processo bastante completo e de compilação
complicada) é o seu comportamento no desempenho em eventos de anos anteriores.
Olha os filhos
de não sei quantas casas! Então como é que uma Associação (ou outra entidade
elegível) que nunca lá tenha estado há-de responder a esse quesito? Significa,
insiste o indignado, que há por ali uma cambada fechada que deve ter
determinado que os que lá estão, lá estão e que não há vaga nem vez para mais
nenhum intruso. Isto, porque, aventou, a experiência anterior e o bom
desempenho conta 50% na apreciação do processo. Filhos de muitas casas! Repete
o mesmo.
Parece que uma
Associação (ele não a nomeou, mas alguns dos presentes deram a entender que
saberiam de qual se tratava) que é I P S S (Instituição Privada de
Solidariedade Social) se candidatou, elaborou o processo direitinho, apresentou
toda a parafernália de documentos necessários e exigidos, elaborou uma Memória
Descritiva focando a sua actividade de Bem-Fazer a não sei quantas pessoas de
vários escalões etários, não foi contemplada com um espaço (e barraca/assa
febra), SÓ porque não tinha experiência.
Olha os
bandidos! Deixou ele sair. E, os que de lado estavam, corroboravam. De facto
anda por ali tramóia! Outro sugeriu que quem manda nesse campeonato deveria pôr
a regra de, não havendo espaço para aumentar a divisão (número de associações),
podia estabelecer um critério de saída de algum de mais fraco desempenho, para
deixar entrar algum novo que apresentasse parâmetros elegíveis, sem se levar em
conta o critério da qualidade de desempenho anterior. Ou então ir aumentando o
número de presenças.
Assim como
está é que cheira a compadrio, a jeitos, a favores, a amiguismos. E quem é que
manda nessas decisões? Perguntou um lateral. Olha, tem tudo a ver com a Câmara,
com a Feira Viva e com a Federação das Associações que, ao que é dito, tem
forte domínio nas decisões. A propósito! Esse tal novo candidato é sócio dessa
dita Federação?
CANDIDATURAS À EXPLORAÇÃO DE "TABERNA DA VIAGEM MEDIEVAL 2014"
O texto acima foi escrito em 2012 e teve por fim denunciar a prática clara e ostensiva de fórmulas de amiguismo e claro uso de influências na atribuição das Tabernas à exploração por Associações do concelho. Foi público, este ano, o lamento da direcção de uma IPSS por não ter sido contemplada também este ano, pois já se tinha candidatado em anos anteriores e sempre fora preterida, mantendo-se, ao que é lamentado, o critério de atribuir 50% de classificação ao desempenho em anos anteriores. Forma maquiavélica de impedir acesso a qualquer novo candidato.
Nos queixumes apresentados pela candidata relegada está o facto de pretender angariar meios para ver se consegue manter-se a instituição em actividade e com as valências de apoio a crianças e idosos, além de sustentar diversos postos de trabalho. Tratando todo o mundo (excepto eles mesmos) como não pensantes, à reclamação do, soi disant, injustiçado os dirigentes da tal Federação das Colectividades dizem que não lhes cabe preocuparem-se com a situação financeira dos concorrentes, como se algum dos que para lá vão o faça por qualquer outra razão que não o apuro financeiro. Claro que os decisores têm disso plena consciência e fazem, com tais critérios de manutenção dos mesmos, pensar como são repartidos os rendimentos das explorações. Quem se aboleta com quanto.
É uma evidência que perante situações que tais, que tresandam a favorecimentos, a Câmara Municipal, a verdadeira dona, quer do espaço, quer de toda a logística, tem o dever de intervir no caso, directamente ou por delegação cedida à Feira Viva e fazer alterar radicalmente os critérios de atribuição dos espaços, além de, porque não dizê-lo, ordenar imediato inquérito à fórmula e à sua postura em prática, porque é sabido que os decisores decidem em causa própria.
Continuando como está, nada adianta, porque quem se instalou não se desinstala e tem sempre os votos de quem será sempre contemplado. Porque não obrigam cada candidato a apresentar, e tornar público, o Plano de Actividades: o que realiza em cada ano, quem beneficia da sua actividade, quanto na verdade apura no decurso da Festividade (Viagem Medieval) - a comparação entre apuro de uns e de outros deve deixar qualquer observador de cara à banda - e, depois, obrigar a que cada contemplado torne pública a aplicação do apuro líquido. É que enquanto uns mostram ao mundo algum investimento e exibem actividade regular e continuada, outros, nem têm sede, nem parece que vontade de a ter e a actividade ...é pouco melhor o silêncio. A verdadeira e esperada actividade não passa de explorar a Tasca e arrecadar a receita para fins que só eles ficam a saber.
Considero a receita líquida obtida na Viagem Medieval como um capital público, logo implicando com a obrigatoriedade de publicitação da sua utilização. E, para finalizar, que seja CLARAMENTE dito se, para ser olhado pela tal de Federação, é necessário, bastante e obrigatório, ser dela associado, ou pelo menos, pagar uma quota, jóia ou outra espórtula qualquer.
Continuando como está, nada adianta, porque quem se instalou não se desinstala e tem sempre os votos de quem será sempre contemplado. Porque não obrigam cada candidato a apresentar, e tornar público, o Plano de Actividades: o que realiza em cada ano, quem beneficia da sua actividade, quanto na verdade apura no decurso da Festividade (Viagem Medieval) - a comparação entre apuro de uns e de outros deve deixar qualquer observador de cara à banda - e, depois, obrigar a que cada contemplado torne pública a aplicação do apuro líquido. É que enquanto uns mostram ao mundo algum investimento e exibem actividade regular e continuada, outros, nem têm sede, nem parece que vontade de a ter e a actividade ...é pouco melhor o silêncio. A verdadeira e esperada actividade não passa de explorar a Tasca e arrecadar a receita para fins que só eles ficam a saber.
Considero a receita líquida obtida na Viagem Medieval como um capital público, logo implicando com a obrigatoriedade de publicitação da sua utilização. E, para finalizar, que seja CLARAMENTE dito se, para ser olhado pela tal de Federação, é necessário, bastante e obrigatório, ser dela associado, ou pelo menos, pagar uma quota, jóia ou outra espórtula qualquer.
JPS