terça-feira, 29 de julho de 2014

PATRIMÓNIO EDIFICADO

Vi num escaparate, e comprei e a seguir li, um pequeno livro titulado "PORTUGAL EM RUÍNAS" da autoria de Gastão Brito e Silva e editado pela Fundação Francisco Manuel Santos e que mais não faz do que divulgar uma boa série de edifícios, uns mais monumentais do que outros, dividido em quatro grande grupos: Património Eclesiástico, Património Militar, Património Civil e Património Industrial, sendo que nuns casos se trata de edifícios totalmente em ruínas e noutros ainda com apresentação que, à vista leiga, parecem de recuperação possível.
No património eclesiástico incluem-se diversas igrejas, diversos mosteiros e conventos e ermidas, no militar quartéis, fortes e castelos, no civil Casas características, palácios e palacetes e depois algumas unidades industriais que fizeram história.
Não é feita referência concreta aos donos de cada um destes arruinados monumentos, nem se estarão classificados. Mas talvez caiba uma pergunta. A nível nacional, não seria rentável iniciar a reconstrução paulatina destes edifícios - tem zonas onde há vários próximos uns dos outros - recorrendo a fundos públicos, nuns casos, a mecenato, noutros e ir construindo um roteiro, ou vários roteiros turistico/culturais? E não é uma vergonha para o país deixar tanto património caís aos pedaços, muitas vezes destruindo-se importantes pedaços de história, do país primeiros e depois de sectores importantes da actividade nacional?
Num dos casos referidos - a casa do Cônsul Aristides de Sousa Mendes, incluída na lista - sabe-se que com contributos de mais do que uma origem, foi iniciada a obra de restauro e, não tenho dúvida que tão logo esteja pronta será um ponto de atracção de pessoas que quererão ver a casa enquanto tal - será mantida a traça inicial - como muito da história desse homem de uma dimensão humana enorme poderá ser deveras conhecida e a sua memória homenageada.
E, claro, o livro fala de muitos casos, mas que representam uma minoria em relação às centenas que há por esse país abaixo e acima. Recupere-se o património e recupere-se história.

José Pinto da Silva
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