E continua o executivo: Ainda
ontem um tipo da minha freguesia nos veio colocar um caso muito parecido e nós
(executivo) dissemos-lhe que andasse com o trabalho p’ra frente e não desse
mais trela a ninguém. Que o executivo da freguesia assumiria a responsabilidade
por esta simplificação burocrática.
Mas será mesmo assim? Olha que
ouvi contar que, noutra terra, o presidente do executivo queria assumir a
feitura de um muro, desde que o dono do terreno cedesse o espaço bastante para
construir um passeio. Que estava tudo acertado entre ambas as partes (dono e
executivo), que até tinham escrito um papel a marcar o acordo, mas que a Câmara
achou que não poderia ser nada, que se haveria de cumprir a lei, isto é, que o
dono teria que requerer a construção (e não o executivo), fundamentado com um
projecto. Claro que não aconteceu muro nenhum, nem passeio coisa nenhuma.
Estamos na mesma, disse o
executivo interlocutor. Isso é mais uma excrescência burocrática endereçada a
destino marcado. Se calhar é mesmo isso. Neste caso burocracia que, além de só
complicar, também atrasa e prejudica. A rua e a comunidade. É o que temos…!
José Pinto da Silva