Placa de acrílico 40x30 cm |
Muro vedação lateral |
Fachada c/ faixa superior |
Inseri, aqui há umas semanas – 1 de Janeiro –, na blogosfera
uma pequena nota com este mesmo título e tinha a ver com o incumprimento de decisão tomada pelo povo de Pigeiros, via voto secreto. Operação, ao jeito de referendo, proposta e
deliberada pela Assembleia de Freguesia.
O povo determinou que aquele edifício que há-de acolher o
espólio biblio/cultural do Padre Domingos Azevedo se designaria “CENTRO CÍVICO FELICIANO
MARTINS PEREIRA”, contrariando a vontade, nada democrática, claramente demonstrada pelo presidente de Junta do Agrupamento de Freguesias que propôs e
submeteu a sufrágio outro nome.
Quiçá por efeito de teriaga mental e mesquinhez cultural, a
decisão do povo não foi cumprida cumprida. Daí a nota de que a democracia, em Pigeiros,
foi tratada ao pontapé ou mesmo ao coice.
A
Assembleia de Freguesia, na reunião de Dezembro determinou que até ao fim de
Janeiro/016 teria que estar no edifício a identificação votada: “CENTRO CÍVICO
FELICIANO MARTINS PEREIRA”
E, no fim do mês lá estava uma placa (lá não, porque foi
aplicada num muro de vedação, do lado direito do edifício identificando). A
placa que decidiram fixar tem a dimensão do intelecto de quem decidiu. Logo
minúscula e claramente demonstrativa de que o aziúme desrespeitador dos
princípios democráticos continua a mexer na miniatura de órgão pensante.
A placa, (colocada fora do edifício, quando a fachada tem,
no cimo, uma faixa lisa a toda a largura, de certeza assim desenhada para
suporte dos caracteres identificativos do edifício e de tamanho que facultasse
a leitura a partir da rua e mesmo em andamento), a placa fixada tem as
dimensões de 40 x 30 cm (área bruta). As palavras CENTRO CÍVICO ocupam 32 cm,
sendo os caracteres de 3 cm. O nome votado – Feliciano Martins Pereira – tem 23
letras, mais 2 espaços e todas ocupam 29 cm. Com óculos, qualquer pessoa
consegue ler, se chegar lá perto. A placa é de acrílico e os caracteres
gravados a negro.
Faltará confirmar se o tipo e o tamanho da placa e o tipo e
o tamanho dos caracteres e se o local de aplicação foram decididos pelo
colectivo do Executivo, ou se, como em quase tudo, foi quem se assume, na
prática gerencial, como dono do espaço que, conjunturalmente, gere.
Como
reagirá o povo que votou? Como reagirão os eleitos da Assembleia de Freguesia? E
como reagirão os integrantes dos Órgãos, eleitos por Pigeiros?
A reacção mais curial seria a de mandar a placa para o campo
que o muro suporte delimita e veda.
José Pinto
da Silva
A tempo? – Alguém da Assembleia de Freguesia, ao ver aquele despautério
foi manifestar a indignação directa e pessoalmente ao chefe
do executivo terá dito que aplicara aquelas
placas em emergência, dado que não tinha tempo para executar
a sua versão
definitiva dentro do prazo determinado na última reunião do
Órgão Deliberativo. Que a sua solução,
suportada por audição de pessoas avisadas e copiando solução
de um caso similar algures no sul do
país, seria a instalação, no pequeno relvado em frente do
edifício, de um painel vertical, dupla face,
com caracteres bem legíveis em andamento. No mesmo painel a
Junta insirirá algumas notas informa-
tivas (eu diria publicidade louvaminhas). Esta versão terá
sido aceite pelos eleitos da oposição
e que contestaram a demora e depois as “plaquinhas”.
Eu, se membro e com voz, não aceitaria a modalidade, até por
se tratar modalidade facilmente
reversível. Exigiria, sim, letras em inox, latão ou bronze
com o nome “CENTRO CÍVICO FELICIANO MARTINS PEREIRA”
chumbadas na fachada, como, de resto, é usado de modo geral
e sistemático.