PASSADEIRAS PARA PEÕES
Tem dito a
comunicação social que, no ano passado, terão morrido mais de 200 pessoas
atropeladas dentro de localidades em cima de passadeiras para peões. Causas
para tal calamidade? Poderão ser várias, sendo que até, num ou noutro caso, a
culpa poderá caber ao peão atropelado.
Uma das condições
imperiosas para se tentar evitar esses atropelamentos é que as passadeiras
sejam bem visíveis, o mesmo é dizer que devem ser pintadas de novo sempre que a
tinta esbate e fica de visibilidade reduzida.
Em Caldas de
S. Jorge, no cruzamento da Avenida da Igreja com a Rua Rio Uima/Domingos O.
Santos (cruzamento do banco) há passadeiras que ninguém vê, já que não são
pintadas. No início as pedras de cor diferente com que foram feitos os traços
ainda se viam. Agora só há a percepção da existência das passadeiras quando se
chega ao pé.
Ouvimos que já
terá havido apelo à Junta de Freguesia e até à Câmara para que avivassem aquele
instrumento de (pseudo) segurança de peões, apelos caídos em saco roto. Haveria
quem suportasse a despesa, mas, ao que ouvi, nenhum particular pode tomar a
iniciativa, porque se trata de estrada municipal e, se intervier, sujeita-se a
ser “coimado”.
Seja a Câmara
ou a Junta, o importante é que alguém torne aqueles traços visíveis a alguma
distância e, talvez mesmo, com tinta fosforescente para ajudar de noite.
Que não
venhamos a lamentar algum atropelamento naquele local que, independentemente
dos intervenientes, será sempre da responsabilidade primeira das autoridades.
José Pinto da Silva