quinta-feira, 9 de maio de 2013


PASSADEIRAS PARA PEÕES

Tem dito a comunicação social que, no ano passado, terão morrido mais de 200 pessoas atropeladas dentro de localidades em cima de passadeiras para peões. Causas para tal calamidade? Poderão ser várias, sendo que até, num ou noutro caso, a culpa poderá caber ao peão atropelado.
Uma das condições imperiosas para se tentar evitar esses atropelamentos é que as passadeiras sejam bem visíveis, o mesmo é dizer que devem ser pintadas de novo sempre que a tinta esbate e fica de visibilidade reduzida.
Em Caldas de S. Jorge, no cruzamento da Avenida da Igreja com a Rua Rio Uima/Domingos O. Santos (cruzamento do banco) há passadeiras que ninguém vê, já que não são pintadas. No início as pedras de cor diferente com que foram feitos os traços ainda se viam. Agora só há a percepção da existência das passadeiras quando se chega ao pé.
Ouvimos que já terá havido apelo à Junta de Freguesia e até à Câmara para que avivassem aquele instrumento de (pseudo) segurança de peões, apelos caídos em saco roto. Haveria quem suportasse a despesa, mas, ao que ouvi, nenhum particular pode tomar a iniciativa, porque se trata de estrada municipal e, se intervier, sujeita-se a ser “coimado”.
Seja a Câmara ou a Junta, o importante é que alguém torne aqueles traços visíveis a alguma distância e, talvez mesmo, com tinta fosforescente para ajudar de noite.
Que não venhamos a lamentar algum atropelamento naquele local que, independentemente dos intervenientes, será sempre da responsabilidade primeira das autoridades.

José Pinto da Silva
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