PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2014
Se eu fosse membro da Assembleia de Freguesia sentiria
necessidade de colocar uma mancheia de questões/contestações a este documento
(o Orçamento ficará para outro escrito). E começaria pela INTRODUÇÃO. Onde se
diz preto no branco “(…)vimos submeter à apreciação da Assembleia de Freguesia
o Plano de Actividades e Orçamento da Junta de Freguesia de Caldas de S.
Jorge.” Isto põe a descoberto o espírito que rege o subconsciente de quem foi
responsável por esta prosa. Sabe-se que as Uniões de Freguesia constituem a
maior panaceia e a tendência será sempre a de “abafar” as agregadas. E porque
não terão reagido, pelo menos, os membros eleitos por Pigeiros, nomeadamente a
Sra. Presidente da Mesa? E a Sra. Secretária da Junta?
Nas actividades, na mente e na pena do Junta, estão:
a) “(…)apoiar
o licenciamento para a construção do hotel (…)” e, pelo menos em mim, saltou a
questão de imaginar se o Sr. António Almeida, promotor de outras unidades do
género, precisará que alguém o estorve na sua movimentação por todos os
corredores de todas as instituições interventoras no processo.
Mas a propósito do hotel e da sua
construção no prazo previsto no CA, cabe perguntar e, saiba-se lá, colher
alguma resposta: As acessibilidades a partir de ambas as entradas ficam como
estão, ou há previsão de alargamento, para lá poder chegar um autocarro? Pela
entrada da António H. Ribeiro até nem pode ser, porque está com sentido
proibido. E se beneficiadas as entradas, a beneficiação será da
responsabilidade de quem? A Câmara (ou o promotor?) irá comprar a Fabruima, a
casa e terreno contíguos até lá acima onde funcionou a cromagem? E a entrada a
partir da N 223? Será viável qualquer alargamento? Por que preço e a suportar
por quem? Pelo investidor? Já agora e a talhe de foice! A Junta manifestou
algum interesse em ajudar licenciamentos e quiçá financiamentos do projecto de
Turismo Rural, no Engenho? Especulação. Só.
b) “colocar
placas de informação de ruas da freguesia” Parto de que se trata de substituir
aquelas placas todas verdes com letras em baixo relevo de fundo preto e que
agora são ilegíveis. E são bem recentes. E porque haverá de ser a freguesia a
suportar o custo de um asneira de um ou dois. O problema foi logo levantado
quando foram aplicadas e a menor qualidade foi imediatamente salientada e, numa
abordagem feita ao tempo, ou viu-se que a qualidade tinha a ver com o preço que
quiseram pagar. Já agora, quanto é que se irá gastar nessa substituição? O
Orçamento para 2014 reflecte esse gasto? Ou será só para encher?
c) “Abertura
de ruas” Começarei que parece ser uma absoluta loucura abrir mais ruas em tempo
de parcos meios para posterior manutenção e em tempo de paragem total da
actividade imobiliária. Algum caso pequeno e muito pontual poderia ser aceite,
o que não é o caso em plano.
C1 - LAMEIRADA – Será, ao que creio, a rua que,
saindo do sul da Quinta da D. Inês, passa ao lado da Faty. Alguém já terá
tentado abordar os donos dos terrenos necessários? Acho que será tão fácil
abrir essa rua como rasgar uma estrada terra – lua.
C2 – FALGAR / TRAV. FONTE CEGA:
Abertura de onde para onde? O máximo seria o alargamento da Travessa, roubando
espaço ao estaleiro. Se o dono autorizar. Se não, que abertura? Fica a
pergunta.
C3 – TOJEIRO / HABIT. SOCIAL (ou
Carreira?) – Tratar-se-á da continuação daquela abertura de cerca de 50 metros
feita há tempos? Seria uma boa altura para que fossem prestadas as contas
daquela abertura. Recordar-se-ão todos que a (não) prestação de contas que
deixou confusão e suspeita de promiscuidade entre empreiteiro e Junta (ou um
elemento dela) levou mesmo a que o tema fosse mandado para a Inspecção Geral de
Finanças. Aquela fica assim e vão começar outra?
C4 – CASALDOÍDO / FIÃES
(Ferradal) – Será saudosismo? Tem andado nos planos desde 1976. Sem utilidade
nenhuma, a não ser para uma potencial valorização dos terrenos. Aguardem…
d) Fala-se
com muita insistência, em vários papéis, na modernização do equipamento
informático da Junta. E será que vai ser melhorada a qualidade e quantidade dos
computadores, mas não se lembraram de que é preciso com eles operar? Porque não
a colocação on line de todos os documentos da Junta e da Assembleia? Actas (da
Assembleia e da Junta), Planos e Orçamentos e prestações de contas, pedidos de
orçamentos e propostas, contratos e adjudicações, etc. etc.
Seguirá noutro escrito a continuação do comentário a este
Plano de Actividades, visto isso, da Junta de Caldas de S. Jorge.
José Pinto da Silva