quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2014

Se eu fosse membro da Assembleia de Freguesia sentiria necessidade de colocar uma mancheia de questões/contestações a este documento (o Orçamento ficará para outro escrito). E começaria pela INTRODUÇÃO. Onde se diz preto no branco “(…)vimos submeter à apreciação da Assembleia de Freguesia o Plano de Actividades e Orçamento da Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge.” Isto põe a descoberto o espírito que rege o subconsciente de quem foi responsável por esta prosa. Sabe-se que as Uniões de Freguesia constituem a maior panaceia e a tendência será sempre a de “abafar” as agregadas. E porque não terão reagido, pelo menos, os membros eleitos por Pigeiros, nomeadamente a Sra. Presidente da Mesa? E a Sra. Secretária da Junta?
Nas actividades, na mente e na pena do Junta, estão:
a)      “(…)apoiar o licenciamento para a construção do hotel (…)” e, pelo menos em mim, saltou a questão de imaginar se o Sr. António Almeida, promotor de outras unidades do género, precisará que alguém o estorve na sua movimentação por todos os corredores de todas as instituições interventoras no processo.
Mas a propósito do hotel e da sua construção no prazo previsto no CA, cabe perguntar e, saiba-se lá, colher alguma resposta: As acessibilidades a partir de ambas as entradas ficam como estão, ou há previsão de alargamento, para lá poder chegar um autocarro? Pela entrada da António H. Ribeiro até nem pode ser, porque está com sentido proibido. E se beneficiadas as entradas, a beneficiação será da responsabilidade de quem? A Câmara (ou o promotor?) irá comprar a Fabruima, a casa e terreno contíguos até lá acima onde funcionou a cromagem? E a entrada a partir da N 223? Será viável qualquer alargamento? Por que preço e a suportar por quem? Pelo investidor? Já agora e a talhe de foice! A Junta manifestou algum interesse em ajudar licenciamentos e quiçá financiamentos do projecto de Turismo Rural, no Engenho? Especulação. Só.
b)      “colocar placas de informação de ruas da freguesia” Parto de que se trata de substituir aquelas placas todas verdes com letras em baixo relevo de fundo preto e que agora são ilegíveis. E são bem recentes. E porque haverá de ser a freguesia a suportar o custo de um asneira de um ou dois. O problema foi logo levantado quando foram aplicadas e a menor qualidade foi imediatamente salientada e, numa abordagem feita ao tempo, ou viu-se que a qualidade tinha a ver com o preço que quiseram pagar. Já agora, quanto é que se irá gastar nessa substituição? O Orçamento para 2014 reflecte esse gasto? Ou será só para encher?
c)      “Abertura de ruas” Começarei que parece ser uma absoluta loucura abrir mais ruas em tempo de parcos meios para posterior manutenção e em tempo de paragem total da actividade imobiliária. Algum caso pequeno e muito pontual poderia ser aceite, o que não é o caso em plano.
C1 -  LAMEIRADA – Será, ao que creio, a rua que, saindo do sul da Quinta da D. Inês, passa ao lado da Faty. Alguém já terá tentado abordar os donos dos terrenos necessários? Acho que será tão fácil abrir essa rua como rasgar uma estrada terra – lua.
C2 – FALGAR / TRAV. FONTE CEGA: Abertura de onde para onde? O máximo seria o alargamento da Travessa, roubando espaço ao estaleiro. Se o dono autorizar. Se não, que abertura? Fica a pergunta.
C3 – TOJEIRO / HABIT. SOCIAL (ou Carreira?) – Tratar-se-á da continuação daquela abertura de cerca de 50 metros feita há tempos? Seria uma boa altura para que fossem prestadas as contas daquela abertura. Recordar-se-ão todos que a (não) prestação de contas que deixou confusão e suspeita de promiscuidade entre empreiteiro e Junta (ou um elemento dela) levou mesmo a que o tema fosse mandado para a Inspecção Geral de Finanças. Aquela fica assim e vão começar outra?
C4 – CASALDOÍDO / FIÃES (Ferradal) – Será saudosismo? Tem andado nos planos desde 1976. Sem utilidade nenhuma, a não ser para uma potencial valorização dos terrenos. Aguardem…
d)      Fala-se com muita insistência, em vários papéis, na modernização do equipamento informático da Junta. E será que vai ser melhorada a qualidade e quantidade dos computadores, mas não se lembraram de que é preciso com eles operar? Porque não a colocação on line de todos os documentos da Junta e da Assembleia? Actas (da Assembleia e da Junta), Planos e Orçamentos e prestações de contas, pedidos de orçamentos e propostas, contratos e adjudicações, etc. etc.
Seguirá noutro escrito a continuação do comentário a este Plano de Actividades, visto isso, da Junta de Caldas de S. Jorge.


José Pinto da Silva   
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