sábado, 29 de dezembro de 2012

IN MEMORIAM
do Joaquim Cesta

Para que fique registado neste meu acervo de relato de factos que considero de relevo, seja só para mim e para a minha família, ou seja de interesse mais generalizado para a comunidade local, da freguesia, quero deixar aqui a nota de que, exactamente por esta hora, estão a decorrer, a partir da Capela Mortuária  de Caldas de S. Jorge, para o cemitério local, as cerimónias fúnebres do funeral do Joaquim Silva - o largamente conhecido JOAQUIM CESTA - que faleceu ontem, tendo como causa próxima uma queda que terá sofrido em casa.
É incontornável que foi uma figura de destaque na terra, por boas ou más razões, mas também porque, tantas vezes serviu de saco de pancada de tantos que, não deixando de ser seus amigos e por ele considerados como tal, lhe pregaram das mais feias partidas, quantas vezes com prejuízos físicos para ele. Não tendo sido uma criatura de grande conhecimento, era o que nos habituamos a chamar de esperto, usando de formas e modos de conseguir obter alguns favores, às vezes mínimos e mesquinhos, mas que ele valorizava. Era fanaticamente poupado, às vezes pior que o tio patinhas e não enjeitava passar algumas necessidades para não gastar das parcas poupanças que, sabia-se, ele tinha, fruto de um amealhamento quase impossível dada a pequenez dos seus réditos. A pequena reforma da segurança social.
Podemos dizer que S. Jorge perdeu uma das suas figuras típicas de sempre. Que a terra lhe seja leve e encontre os prazeres que acreditava lhe estariam destinados no outro lado da vida. Não estivera eu retido em casa, consequência de crise de alguma gravidade e lá estaria a despedir-me num até sempre.

José Pinto da Silva



                                                                 RECORDAR É VIVER

É um aforismo muitas vezes dito sem o sentido de profundidade, mas a realidade é que, quando nos é possível congregarmo-nos, qualquer grupo que comungue de alguma afinidade, muitas das nossas memórias de diversas épocas afloram à tona das nossas recordações e é muito gratificante revivê-las.
No passado dia 15 deste mês de Dezembro, por iniciativa de não importa qual ou quais dos membros, conseguimos reunir, cá em Caldas de S. Jorge, em almoço simples de confraternização, os que, então crianças, fizeram o exame da quarta classe, no longínquo ano de 1949, ensinados pelo Prof. Carlos Santos Silva. Da reunião estiveram ausentes, e foi elevado o pensamento à sua memória, o Alcino Oliveira (Alcino do Carpinteiro, de Azevedo, falecido no Brasil) e o Hilário Silva (Hilário da Caseira, de Caldelas, falecido na Venezuela). Não compareceu também o Fernando Alves da Silva (Fernando do Barbeito) por estar gravemente doente e ter perdido toda a autonomia. O Alcino Milheiro (Alcino da Sra. Alzira, como era referido em criança) não esteve desde o início por imperativos profissionais, mas não deixou de aparecer para o café e dar e receber aquele abraço.
Foi delicioso revermo-nos todos (alguns há anos que se não contactavam, ainda que porventura tivessem frequentado o mesmo espaço por momentos) e cada um picar a memória para relembrar episódios mais ou menos picarescos, histórias de jogos e brincadeiras, de bolachas e puxões de orelhas com que o professor nos brindava bem amiúde, quais os melhores de bola ou de pião e até quais os que davam menos erros ou eram mais “acarinhados” pelo mestre. Foi de facto comovente, até porque se passaram 63 anos. Duas vidas…
Para marcar este encontro foi elaborado uma espécie de Diploma inspirado no Diploma Oficial da época e onde se relevou o encontro e a HONRA de nele participar. Foi emitido o Diploma em nome do Fernando do Barbeito, como se tivesse participado e um dos elementos foi pessoalmente fazer-lhe a entrega.
Aqui fica o rol desses alunos da quarta classe do ido ano de 1949

ADRIANO FERREIRA GODINHO (Adriano de Azevedo)
ALBANO ALVES (Albano da Ribes)
ALCINO OLIVEIRA (Alcino do Carpinteiro – falecido)
ALCINO MILHEIRO DE PINHO (Alcino da Sra. Alzira)
AMÉRICO ALVES DA SILVA (Américo do Marinheiro)
EUGÉNIO FRANCISCO DOS SANTOS (Eugénio do Cavadinha)
FERNANDO ALVES DA SILVA (Fernando do Barbeito)
HILÁRIO GOMES SANTOS SILVA (Hilário da Caseira – falecido)
JOAQUIM FRANCISCO REGAL (Joaquim do Mariano)
JOAQUIM PEREIRA PINHEIRO (Joaquim da Pinheira)
JOSÉ MARQUES PINTO DA SILVA (Zeca do Moleiro)
JOSÉ RIBEIRO DA SILVA (Zeca do Canto)
MANUEL MARQUES PINTO DA SILVA (Nel do Moleiro)
MÁRIO PINHO FERREIRA (Mário da Isabel)

José Pinto da Silva 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


FELIZ NATAL? BOM 2013?

Logo à noite vamos ser bombardeados com o que normalmente se chama de “Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro”. Será bombardeado quem não fizer zapping para um canal de desenhos animados – e que, depois de enormes – chatas e compridas – promessas de tudo vir a ser bem feito para trazer mais bem estar aos (alguns) portugueses, apelará à paciência para sacrifícios que não é capaz de evitar, à generalidade, para poder dar fartura a alguns e acabará com a repetida, e por ele não sentida, expressão “Bom Ano de 2013”.
É preciso ter uma cara de pau pintada para vomitar tal expressão para Portugal e para os portugueses, para a quase totalidade, quando já decidiu, e mesmo anunciou, que vai cortar 4 mil milhões nas áreas sociais, com incidência na Segurança Social (pensões de reforma), na Saúde e na Educação, o que trará algum acrescento à falta de comida para centenas de milhar de famílias, fome, da negra como soe dizer-se, daquela de nada ter para levar à boca, (e já se anuncia que, depois, ainda irá cortar nos salários dos funcionários públicos); Corte na saúde, o que significará menos gente a aceder aos cuidados primários e ainda mais aos cuidados hospitalares – notar que em Novembro se apurou que tinha havido em 2012, até então, menos um milhão de consultas e menos 500 000 idas a urgências hospitalares. Será que a fome deu saúde às pessoas? Ou deixou de haver dinheiro para moderadoras, para transportes e, não havendo dinheiro para remédios, que vale ira ao hospital? E depois na educação. Depois de tudo isto anunciado, espera-se que não venha a ser concretizado, por qualquer razão que não adivinho, mas que sobre a nódoa alguém despeje benzina ou ao menos lixívia.
Depois deste rol de promessas/ameaças, não será preciso ter lata para augurar Bom 2013 ao povo que ele faz definhar por ideologia, porque ele é assim mesmo, porque obedece a ditames merkelianos? Eu não aceito os Votos e devolvê-los-ia se não soubesse que as medidas que decreta para o povo em nada o afectam a ele.
Quem ouvir a mensagem, que tente ouvir em simultâneo o que ele disse no mesmo dia de 2011 e dará para rir para quem não tenha lágrima fácil. E depois que procure ouvir o que o farsante disse desde o início de 2011 até às eleições e mesmo no imediato depois das eleições. Dá ganas de partir o aparelho.
Eu não o ouvirei.

José Pinto da Silva

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

VÁ LÁ, VÁ LÁ, PODIA SER PIOR

O evento anunciado no post anterior e que programara vir a ter lugar no dia 19 de Janeiro de 2013, por razão anteriormente não prevista, teve que ser desmarcado, tendo logo sido remarcado para o dia 2 de Março. O programa será o mesmo, assim como o local cenário.

José Pinto da Silva

domingo, 23 de dezembro de 2012

No passado dia 1 do corrente Dezembro o Grupo supra identificado fez a sua reunião anual subordinada ao seu fidelizado "rei" o Bacalhau, reunião que além de ter contado quase com a totalidade dos seus inscritos, serviu ainda para inscrever um novo Membro Efectivo e para inscrever e "armar" dois novos Membros honorários, dois dos "Mecenas" que muito ajudaram para a concretização do Monumento ao Padroeiro da Freguesia, S. Jorge, na Praça com o mesmo nome, frente à fachada poente do edifício das Termas. 
Como ficou sugerido, e tendo a reunião como cenário forte a mesa, todo o menu foi à base de bacalhau, cena que é todos os anos repetida. Antes das entradas foram feitas certas alusões ao Grupo e suas actividades, pós o que foi iniciado o serviço de "entradas". E entrou-se razoavelmente. 
Antes de começar o serviço à mesa, o Prof. Eugénio Santos proferiu uma alocução alusiva ao Pronunciamento do 1º. de Dezembro de 1640, à sua preparação, aos seus executores e às suas consequências, tendo tido a particularidade de fugir ao que é senso comum, tendo mesmo ido contra o que é normalmente ensinado nas escolas. Fruto, naturalmente de investigações que, enquanto historiador de relevo, fez exactamente para este acto. Como falou praticamente de improviso, suportado em tópicos escritos, foi-lhe pedido o texto integral escrito e que, quando disponível, divulgaremos.
Culturalmente, o dia foi dedicado à poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen e praticamente todos os comensais leram e declamaram um poema da personalidade homenageada.
Do programa de actividades para 2013, reporta-se a primeira que ocorrerá no dia 19 de Janeiro, será realizada na Quinta da Costa, em Azevedo, e terá como tema base AMÁLIA RODRIGUES. Cada um dos elementos inscritos declamará um poema musicado para Amália e, de seguida, será ouvido esse fado em vídeo. Ouvir-se-ão, assim, 30 poemas e 30 fados.
Para esta sessão que, espera-se, será culturalmente vivificadora, conta a organização juntar uma "multidão" de 100 pessoas, no mínimo, sendo que estão abertas as inscrições, para os Membros, familiares e amigos.

José Pinto da Silva   



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Então não andam por aí a dizer que os deputados em Portugal são linguareiros, malcriados, indecentes, difamadores, caluniadores, moles, incapazes de denunciar corrupções e tudo o que mais se possa dizer. Vejam este caso e digam se não seria útil uma tipa destas no parlamento.

José Pinto da Silva

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

 DESLOCARAM CALDAS DE S. JORGE, OU DESLOCARAM UM HOTEL?
A pretexto de um evento (mais um e sempre no mesmo cenário, como não poderia deixar de ser quando impera o princípio do centralismo primário), com a responsabilidade da Câmara da Feira, ou de entidades a ela conectadas, foi editado um flyer (prospecto publicitário) e, no verso desse documento, no capítulo "ALOJAMENTO" vem descrito o Hotel Pedra Bela e, como localidade de implantação vem S.J. DE VÊR / Sta. M. da Feira.
Que nos recordemos, o Hotel Pedra Bela, que não mudou de sítio, sempre pertenceu a CALDAS DE S. JORGE, os seus proprietários
assumem-se como de Caldas de S. Jorge, estão recenseados em Caldas de S. Jorge e causa-nos absoluta estupefacção que um documento de que é responsável a Câmara Municipal faça publicidade errada e enganosa.
Gostaríamos de ouvir sobre isto o indigitado candidato do PS à Presidência da Câmara da Feira, ele que durante tantos anos desenvolveu actividade no mesmo local. E desafiamos a Câmara a pronunciar-se sobre isso e não desdenharíamos ouvir a opinião do presidente da Junta de Freguesia.
 











José Pinto da Silva