sexta-feira, 19 de agosto de 2016

BOOM FESTIVAL


A imprensa noticiou em altas parangonas o acontecido no festival de música em título, realizado em Idanha-a-Nova. Dois fulanos morreram (está provado que com droga em demasia no organismo) e um outro foi detido com mais de 40 "bolotas" de haxixe no estômago.
Alguém duvida ainda de que estes festivais, cada vez mais com mais frequentadores, são os maiores mercados dos diversos tipos de droga. E pouco ou nada controlados, até porque são promovidos por gente protegida. Neste caso, disseram as notícias que ocorreram mais de 1.000 apreensões (está implícito que apreenderam drogas) e foram detidas 30 pessoas.
Quanto ao de Idanha, fui, ainda hoje, olhar um livro titulado O FIM DA INOCÊNCIA (título em 2 volumes) que refere concretamente o Festival de Idanha, como o da Zambujeira e não esconde nada do que por lá, como na generalidade de bares e discotecas (refere algumas de Lisboa, local de origem da generalidade das personagens) como os antros de consumo e tráfico de todas as drogas. E ninguém lá pega ninguém...? Leiam o volume I nos capítulos 21 e 22, pag. 118 e 124 e espantem-se. Leiam de resto ambos os volumes e assustem-se com o que é descrito.
É agora publicitado que as Câmaras Municipais gastaram cerca de 4,5 milhões de euro nesses festivais, não se sabendo se em subsídios directos aos organizadores, se gasto em logísticas, mas o que seria certo é, se colaboram com estas organizações, deveriam entrar nos meandros e ver e denunciar as malfeitorias que se praticam nesses ajuntamentos. Há mesmo quem diga que a congregação de gente nesses recintos tem muito mais a ver com a tráfico e consumo de estupefacientes do que na apreciação da música produzida e que a vinda de certas bandas é exactamente para chamar fregueses da droga.

José Pinto da Silva

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

BARULHO PROVOCADO POR APARELHOS DE SOM



Nos primeiros dias de Agosto trazia o JN noticiado que o barulho provocado por aparelhos de som em estabelecimentos de diversão nocturna (trazia inclusive as ruas onde tal se verificou) fora considerado CRIME de ofensa à integridade física simples.
Sem pretender levar ao fundo a interpretação do considerado, não deixa dúvida que o “abrir das goelas” dos altifalantes, em locais abertos ou em estabelecimentos sitos nas proximidades de núcleos habitacionais, sobretudo a partir das horas tradicionais de descanso, é CRIME de ofensa à integridade física. E o caso é duplamente grave quando o crescimento sonoro começa a determinada hora, quase se podendo imaginar que houve o objectivo de “abafar” outra fonte de música. A funcionar e programada oficialmente há vários meses.
A nota publicada transporta-nos para o ocorrido há algumas semanas em Caldas de S. Jorge. Estava anunciada uma festa promovida por estabelecimento dito de diversão nocturna. Chamaram-lhe noite branca que ficou atrozmente enegrecida com a violência contra os direitos dos outros. Obviamente que nada move ninguém contra a promoção e realização de eventos que tragam gente e benefício aos promotores, mas foi generalizada a contestação ao facto de fazerem da principal avenida do centro o palco para a festa, cortando o trânsito na rua logo na manhã do dia da realização. Terão obtido o licenciamento para tal privatização do chão público, de certeza deferido por quem tinha poderes para tal, a Câmara municipal, e, por certo, com parecer favorável da autoridade autárquica local. O ónus cai, então, sobre a ligeireza de quem serve o parecer favorável e a serviência de quem manda escrever o licenciamento. Se é que foi escrito! Para quem ficou privado de circular, por uma questão meramente privada, na sua rua, foi um atropelo aos seus mais elementares direitos. 
E vamos ao barulho.! Estava há muitos meses anunciado para o interior do parque, com aval de quem de direito e com programação estabelecida com e pela junta de Freguesia, um Festival de folclore, organizado pelo Rancho “As Florinhas…”, festival que se iniciou pouco depois das 21,00 horas e com Agrupamentos Folclóricos vindos de vários pontos do país. Pois, um estabelecimento de “diversão nocturna”, àquela hora, abriu as cordas sonoras à aparelhagem e abafou literalmente o som dos grupos folclóricos a exibirem-se ali em frente. Não foi de propósito? Alguém acredita? Se calhar nem sabiam, mesmo tendo sido montado um palco para o efeito e, ao que foi contado, tendo sido alertados para o estorvo a acontecer. É uma questão de se considerarem impunes e de o serem de facto. Olhe-se o exercício da actividade naquele pequeno estabelecimento que deveria vender jornais e tabaco e se transformou num pequeno “botequim” com esplanada e tudo, a ocupar o passeio público. Veja o Caderno de Encargos para a hasta pública de licitação quem entender que não está a ser aqui retratada a verdade.
E voltando ao barulho, queixaram-se diversas pessoas, as mais chegadas à origem do distúrbio sonoro e mesmo outras mais distantes mas dentro da corda da propagação, que foi uma dor d’alma, até `cerca das 5 da manha (noitada de Sábado para Domingo) com o tão permanente como incomodativo “pum…pum…pum” em elevados decibéis.
Será que, para as bandas de cá, o mesmo barulho, provocado por origem semelhante, não é o mesmo CRIME de ofensa à integridade física? Foi hoje que li, no interior de um texto de opinião numa das publicações regulares que “queremos leis justas que sejam aplicadas e sejam cumpridas. Leis iguais para todos e cumpridas por todos”. Se assim fosse …!

José Pinto da Silva  

CESSEM MÉDICOS E CENTROS DE SAÚDE



Quem, por quaisquer razões, esteja retido em casa, o mais das vezes por questões de saúde (falta dela) fica quase constrangido a estar em frente do televisor. Vê tudo, o tempo todo, tendo como única fuga o telecomando, para fugir deste canal e atolar-se noutro a mostrar o que não queria ver no anterior. E o que vê e ouve? Deixando o setecentos e sessenta para outra nota, é o desgraçado do bicho do nosso ouvido fustigado com propaganda de uma série de substâncias, a que chamam, não remédios, porque o Infarmed lhes saltava em cima, mas suplementos (imagino que alimentares, ou suplementam o quê?), mas que por eles são aconselhados para minorar, ou mesmo curar uma porrada de maleitas que afectam, seja os ossos – até mostram em vídeo a fazer efeito no miolo da ossada – articulações, músculos, cérebro (memória), sistema nervoso, funcionamento intestinal e até mesmo para melhor performance sexual e pomadas que extirpam todos o tipo de comichões. A banha da cobra vendida, antigamente, nas feiras, fazendo bem a quase tudo, ficaria a léguas das mèzinhas de agora.
Através de um só número de telefone (2.. … ..5) poderemos (íamos) mandar vir cura para quase tudo. Mas, mesmo influenciando o miolo dos ossos, o sistema nervoso, o funcionamento intestinal e até a actividade sexual, não precisa de prescrição médica, nem de aconselhamento, nem quando deve começar ou interromper. Muito menos precisa de ir ao centro de saúde e menos ainda ao hospital. Bastará um simples telefonema e lá virá a cura e, se comprar dose em dobro até virá sem despesas de envio.
Para ver a seriedade proclamada, nomeadamente para convencimento de incautos, a quem comprar duas embalagens cederão determinadas prendas, seja em livros, em reforço da dose. E nem sequer pronunciam o valor do preço a cobrar. “Pelo módico preço que aparece no écran”. Fico a imaginar a situação de tantos homens, normalmente de idade já alta, quiçá lembrados de actividade intensa e bem sucedida com mulheres, por aí ou nos bordéis, agora com problemas naturais de menor elevação, mas também com debilidade do coração, a engolir pastilhas para atingirem um estádio que julgam ideal e acabam por ficar agarrados ao poste do prazer. E a quem atribuir, em primeira instância, a responsabilidade por tais “assassinatos”.
Sou verdadeiramente céptico quanto a estas promoções e vendas “só por telefone”, “não se vendem em farmácias” não se esquecem de anunciar.
Reparei que são propagandeadas três ou quatro marcas de cálcio para fortalecer ossos e articulações. Simulam entrevistas a potenciais consumidores e num perguntam a partir de que idade se deve tomar e vem a resposta a “informar” que, a partir dos 30 anos se começa a perder o cálcio, logo é aí que deve começar. Noutro, feita pergunta idêntica, é respondido que deve ser começado a tomar logo depois da menopausa. Um pedaço mais tarde, e, sem que o digam, deve destinar-se só a mulheres.
Também o que me choca é ver certas figuras da apresentação televisiva a fazerem a venda desses produtos, sem pestanejar e com spots dentro dos programas que apresentam. Gente que eu julgava com estatuto para poderem dizer aos “patrões” que, para essas cenas, chamassem caloiros.
As Ordens dos Farmacêuticos e dos Enfermeiros apresentaram reclamação e questionaram a legitimidade da propaganda e, qualquer efeito benéfico para a saúde. Como resposta, passou a ser feita uma campanha publicitária de tal modo massiva, que enoja e utilizando figuras públicas que “já usam o produto há muitos anos” e a isso devem todos os sucessos da vida.
E o Ministério da Saúde e o Infarmed não entenderão que algo perigoso para a saúde pública poderá estar a ocorrer?
   
 José Pinto da Silva

NOTA:
Tentei inserir este texto, que reputo de interesse público na minha página do
 Face Book, publicação que foi impedida e apareceu a informação: "ESTA MENSAGEM INCLUI CONTEÚDO QUE FOI BLOQUEADO PELOS NOSSOS SISTEMAS DE
 SEGURANÇA". Isto evidencia que existe um verdadeiro lobby de promoção dessas
 drogas a que chamam suplementos e que não passam de uma verdadeira vigarice pro-
  pagado por caríssimas campanhas publicitárias.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A 0RIGEM DOS FOGOS


O Secretário de Estado disse nas TVs, sem gaguejar, que mais de um terço dos fogos têm origem directa do homem, nuns casos por negligência e noutros por dolo. Dois crimes, o primeiro um pouco menos grave que o segundo. O líder dos Bombeiros Portugueses, disse mesmo que o que se está a verificar é TERRORISMO.
Não faço a mínima ideia de como combater tal flagelo, até porque a generalidade dos acendedores não chegam a ser descobertos e, se são, facilmente são declarados inimputáveis.
Mas parece-me que as nossas televisões, com horas de transmissões dos maiores incêndios em directo, procurando declarações das pessoas chorosas pelas perdas, estão a dar a maior vitória aos pirómanos que, tão logo se apague o que acenderam e que lhes deu gozo, vão tudo fazer para atear outro. Porquê não noticiam as ocorrências, sem se porem em directo a exibir os mais trágicos fogos? É isso notícia de interesse público?

José Pinto da Silva

domingo, 7 de agosto de 2016

E TUDO NÃO "PASSA DISSO" DE CONVERSA...

Foi em 21 de Abril deste ano que escrevi algumas linhas a propósito do projectado e aprovado HOTEL a edificar em Caldas de S. Jorge, ali onde (ainda) estão as ruínas da Casa da PINES. Abria eu a curiosidade de saber que nome haveria de vir a ser dado ao hotel.
Comentei depois o que foi debitado pelo presidente da Junta de Freguesia a respeito, ao ser questionado sobre a evolução do processo e sobre como, por onde e por quem seriam projectados e executados os acessos ao empreendimento. Isto em sede da reunião da Assembleia de Freguesia de 28 Setembro de 2015 e plasmado em Acta onde é escrito que o processo estava em bom andamento (parece que o presidente funcionava assim como uma espécie de lebre) e que até tinha sido contratada uma pessoa, por certo um perito na área, para tratar do financiamento através do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural (que parece ter bastante a ver com um Hotel de Quatro Estrelas, logo de luxo!)- E na mesma altura foi também afirmado e informado que o acesso ao hotel, a partir da ponte, seria da responsabilidade das Termas. Porquê as Termas? E a propósito de quê? O que parece é que nem a Câmara, nem o investidor, nem mesmo as Termas reagiram a tão estapafúrdia informação.
O que é certo é que o licenciamento, promoção e construção do Hotel foi, e acho que ainda é, o primeiríssimo objectivo do programa de acção do presidente da Junta de Freguesia. Ele o declarou em várias ocasiões e locais e deixou escrito em letra de forma que se empenharia pessoalmente no sentido de abreviar os procedimentos licenciadores. Parece que só lhe faltaria ser sócio do empreendimento.
Por mero acaso encontrei um recorte do CORREIO DA FEIRA de 12 de Maio de 2014, onde voz autorizada, a mais credível de todas as possíveis vozes, declarava que o Hotel que era sua expectativa entrar o Hotel em funcionamento em 2016.
Parece que já não será. Ou será que será? O presidente da Junta lá foi dizendo, mas não "PASSA DISSO"

José Pinto da Silva












 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

HERÓIS DA ESTRADA - MÁRIO SILVA -VOLTA A PORTUGAL


A propósito da Volta a Portugal em Bicicleta, edição deste ano, o JORNAL DE NOTÍCIAS editou uma brochura, tipo Caderneta para coleccionar cromos de ciclistas (os tais Heróis da Estrada) e, percorrendo-se a publicação desde o início, que começa pela primeira Volta, em 1927, vamos vendo referências, de modo geral a quase todos os vencedores da Volta a Portugal, com notas biográficas da generalidade deles (um que outro ilustrado, mesmo sem ter ganho nenhuma Volta) e ignorando alguns outros. Dirão que é critério editorial, ou qualquer outra razão. Mas, como quem se não sente não é filho de boa gente, fiquei ensimesmado a imaginar o porquê da não referência, mínima que fosse, ao vencedor da Volta em 1961, ao MÁRIO SILVA, atleta do F C Porto durante vários anos e em quase toda a sua carreira ciclística.
Há alguns anos o Grupo VÁ LÁ…VÁLÁ… trouxe a Caldas de S. Jorge o presidente do F. C. Porto, Senhor Pinto da Costa para, publicamente lhe ser rendido preito de admiração pelo seu palmarés que é bem extenso e relevante e, assim, merecedor de entrar nos critérios de apreciação jornalística. Eu acho.
Deixo aqui uma cábula para os jornalistas desportivos do JN: Em 1961 entrou, pela primeira vez, na Volta a Portugal, com as cores do Porto e, com brilhantismo, venceu-a; Foi, como amador – antigamente o profissionalismo era impeditivo – a representar Portugal nas Olimpíadas de Roma em 1960; No mesmo ano foi Campeão Nacional de perseguição em pista; Na Volta a Portugal de 1962 foi Rei da Montanha; Foi à Volta a Espanha em 1962/1963/1965 3 1966; Venceu em 1962 a etapa VITÓRIA / BILBAU na Volta a Espanha; Participou em 1962 e 1964 na Volta a França do Futuro e em 1964 venceu a Montanha Tourmalet e Obisque e foi o 2º. Classificado na Geral da Montanha; Em 1965 foi 3º. da Geral na Volta a Portugal e venceu duas etapas em linha e um Contra Relógio individual; Em 1965/1966/1968/1969 participou nos Campeonatos do Mundo de Estrada; Em 1966 venceu a etapa de Contra Relógio Fundão / Castelo Branco na Volta a Portugal; Em 1967 foi o 2º.classificado na clássica Porto / Lisboa e venceu a etapa Covilhã / Viseu da Volta a Portugal; em 1969 venceu a etapa Alcains / Seia (passou pela Torre na Serra da Estrela) e foi 3º. classificado nessa Volta. Venceu diversas outras provas, circuitos, campeonatos no decurso da carreira.
Com tal palmarés e tendo representado um clube do tamanho do F. C Porto, era bem capaz de não desvirtuar o panfleto com o título acima. E porque não os VÁ LÁ … VÁ LÁ apresentarem também algum protesto? Ele é natural de Caldas de S. Jorge, onde nasceu a 5 de Outubro de 1939.
José Pinto da Silva