quarta-feira, 28 de abril de 2010

Alto Comissário da ACNUR

Guterres proposto para ser reconduzido no cargo de alto-comissário para os Refugiados.
António Guterres deverá ser reconduzido no cargo de alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, de acordo com a proposta feita hoje pelo secretário-geral da ONU.
O segundo mandato de António Guterres deverá começar em Junho (Daniel Rocha (arquivo))
O secretário-geral da Organização, Ban Ki-moon, que também propôs a recondução de Achim Steiner para a direcção do Programa da ONU para o Ambiente, informou a Assembleia-Geral das Nações Unidas da sua decisão. António Guterres, antigo primeiro-ministro, será reconduzido para um segundo mandato de cinco anos, que começa a 15 de Junho. Na mesma data, o alemão Achim Steiner iniciará o seu segundo mandato de quatro anos. Agora, os 192 membros da Assembleia-Geral deverão avaliar a decisão de Ban Ki-moon.
O Eng. António Guterres faz anos no próximo dia 30. Completa 61 anos. A publicação desta boa notícia, para ele e para o prestígio de Portugal é a minha forma de o homenagear e de lhe desejar longa vida e continuação de bom desempenho nas altas funções internacionais.
Castigos corporais. Reguadas fazem bons alunos

A reguada regressou às escolas do Texas a pedido dos pais. Em Portugal as memórias são demasiado frescas para se defender o mesmo.
Professores acusam pais por se demitirem da educação dos filhos; pais dão a mão à palmatória, mas avisam que nem todos estão preparados para dar aulas
Não se passou assim tanto tempo que a palmatória tenha caído no esquecimento colectivo. A professora fria, austera e de régua na mão ainda assombra os pesadelos de muita gente crescida. E está de volta. Não aqui, em Portugal, onde a prática foi proibida em 1993, mas numa cidade de 60 mil habitantes do Texas nos Estados Unidos. Nas 14 escolas públicas de Temple, foram os próprios pais a pedir o regresso da reguada para disciplinar os filhos mais rebeldes. O conselho escolar da cidade votou e aprovou por unanimidade o castigo em Maio do ano passado, que só é aplicado pelo director e em casos considerados graves. Três reguadas na palma da mão é a pena máxima para os que agridem os professores e funcionários, para os que roubam os colegas, para os que são apanhados a assaltar a escola, ou que sejam acusados de bullying. O castigo, instituído há quase um ano, só foi aplicado uma vez. Bastou para "reduzir drasticamente a violência escolar", explicou ao jornal "Washington Post" Steve Wright, o director do conselho escolar de Temple. O efeito preventivo da palmatória terá sido suficiente para assustar os alunos agressivos e todos estarão satisfeitos: pais, professores e alunos.
Para a violência que agora se verifica nas nossas escolas, má criação e indisciplina, a medida instaurada nas escolas de Temple é demasiado branda. Para grande indisciplina, grande disciplina punitiva. Digo eu.
IDEIAS MODERNAÇAS
Recordamo-nos que o Presidente da Venezuela Hugo Chavez disse há tempos que a tragédia no Haiti não foi um fenómeno da natureza, mas sim uma experiência falhada levada a cabo pelos americanos.
Vem a gora o Presidente da Bolívia EVO MORALES dizer que comer carne de frango, com incidência no originário da América, torna as pessoas homossexuais e que também faz cair o cabelo. Isto vinha nos jornais.
Como ainda era pouco, o Aiatollah do Irão, KAZEM SEDIGHI, disse que o aumento de relações sexuais ilícitas (fora do casamento) é a causa do aumento do número de terramotos. “As catástrofes naturais são o resultado do nosso comportamento). O Fernando Pessa diria: E esta, HEIN!!

José Pinto da Silva

sábado, 24 de abril de 2010

O Passeio dos Alegres

Categoria - Política
A vida de Sócrates não pode ser fácil. Ele até pode contribuir de forma bastante significativa para isso, mas há todo um rol de razões adicionais que, e tudo misturadinho na Bimby da política, acicatam o putativo mau feitio do PM.
Eu gosto de Manuel Alegre. Qualquer pessoa que tenha paixão pela Foz do Arelho tem um lugarzinho no meu coração. Acresce que Alegre tem um ar simpático, e culto (ó suprema excepção) e, apesar de nem sempre ter razão, é um rebelde que expressa as suas opiniões sejam elas quais sejam. Pode ser golpe interesseiro mas não deixa de ser refrescante e incita a reflexão.
Posto isto, que fará o PS em relação a Alegre? Estar a discutir presidenciais a esta distância é perda de tempo e dispersão de esforço mas entremos no jogo da "politicazinha" e façamos o exercício.
Apoiar Alegre é ter uma lata descomunal perante o eleitorado, depois da candidatura ter sido renegada nas ultimas eleições e o camarada Alegre ter sido alvo de cara de poucos amigos.
Não apoiar, implica 1. Desprezar o movimento que Alegre conseguiu mobilizar e não capitalizar os votos que ele angariou; 2. encontrar nas filas partidárias, ou nos independentes, uma alternativa; 3. Levar com a candidatura de Happy Manny, novamente, e esperar para ver o que desta embrulhada resulta, com canibalização de votos à esquerda.
Deixar o tema marinar também não e daquelas opções brilhantes.
Se Sócrates não der grande importância a Alegre, apoiando-o mas de levezinho, resignado e com ar de frete, vai levar com o boomerang à força, tendo que digerir acusações de que contribuiu para a eleição de Cavaco.
Se o apoiar, à laia de mais vale mantê-lo próximo do que tê-lo a melgar o juízo, não terá de qualquer modo descanso. Alegre não é rapaz para estar calado quando o assunto não lhe agrada, doa a quem doer.
Alegre posicionou-se, por sorte, astúcia ou estratégia, de uma forma tal que, independentemente dos resultados e dos desfechos, uma coisa é certinha: vai dar cabo da paciência a Sócrates. E fazer-lhe mais cabelos brancos.
Marta Rebelo (ex-deputada PS)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Manifestações


É do conhecimento de todos (os que ainda conheceram actos e actuações dos da “outra senhora”) que, quando os homens queriam uma movimentação de grande apoio ao grande chefe ou alguma medida por ele tomada, punham autocarros em tudo o que era sítio e “arrebanhavam” gentes aos milhares para encherem as maiores praças de Lisboa. Em 1962 estava eu em Lisboa a frequentar um curso de formação e lá fui envolvido por multidões que iam chegando de todo o país.
Depois da revolução a coisa não mudou mesmo nada. Primeiro os partidos e depois as organizações sindicais passaram a usar exactamente o mesmo sistema. Alugar autocarros às centenas e passar pelos interstícios de todas as povoações a ver quem quer ir ao comício do partido A ou B ou quem quer ir à manifestação contra o governo, o que está, ou o que há-de vir. Sempre contra o governo.
Porque é uma cópia de métodos pouco copiáveis, desafio todos os sindicatos, federações e confederações a deixarem de alugar autocarros (ou a financiar quem os alugue), continuando, claro a agendar manifestações e greves. Assim é que se poderia ver quem aderia e quem manifestava estar, de facto, em consonância com os promotores.
Façam isso e com os milhares e milhares de euros que pouparão, estudem as empresas que estão em vias de insolvência e comprem-nas e ajudem a manter os postos de trabalho. Os sindicatos e as suas federações têm no seu seio montes de engenheiros, economistas, advogados e de todas as altas especialidades. Dediquem um pouco do tempo a ser úteis e sobretudo não joguem milhões fora para ganharem uns minutos de pseudo glória nas reportagens de “grandiosas” manifestações.
Façam isso já no 1º. de Maio deste ano. Organizem tudo direitinho, mas quem aderir que vá pelos seus meios.
Não queiram continuar a copiar os métodos dos “fascistas”.

José Pinto da Silva

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sócrates ilibado do Caso Freeport

Sócrates ilibado do caso Freeport
Os investigadores do caso Freeport ilibaram o primeiro-ministro, José Sócrates de qualquer envolvimento no mesmo, avança a edição deste sábado do semanário 'Expresso'. Os detractores, onde se incluem magistrados, polícias, autarcas, deputados e que, em conjunto e em consonância inventaram as mais vergonhosas barbaridades, engoliram o próprio veneno. Que os não mate de repente, mas que os não deixe vivos. De acordo com a publicação, a última testemunha inerente ao processo foi ouvida pelo telefone na segunda-feira. A investigação não encontrou indícios que José Sócrates estivesse envolvido num alegado esquema de corrupção associado à construção do outlet de Alcochete.
PT/TVI
Agora, ao que vai parecendo, falta a Dra. Ferreira Leite, mais uns quantos que se lhe colaram, ser desmentida pelos factos e provado no CPI que foi ela quem mentiu quando disse reiteradamente e sempre que lhe passava um microfone pelo nariz, que tinha a certeza de que o primeiro-ministro sabia do negócio da potencial compra da TVI pela PT. O que está provado é que ela tinha, ou na TVI ou na PT um “fura” qualquer que lhe ia dando notícias de algumas conversas sobre o tema. Ela saberia, mas como quando se olha no espelho, estremece e pensa n’outrem. E como pouco mais tinha a dizer, disse do outro o que pensava dela própria.
MANSIDÃO
Segundo noticiou a SIC, depois de Louçã afirmar que o primeiro-ministro estava "mais manso" nas suas intervenções, Sócrates respondeu, num aparte, "manso é a tua tia, pá", um caso que, para o líder do BE, é "assunto encerrado".
"No Parlamento dirigi-me logo ao primeiro-ministro, considerando que o debate deve ter elevação e não deve ser sujeito a esse tipo de rebaixamento", afirmou hoje o líder bloquista, numa conferência de imprensa no final
da reunião da Mesa Nacional do Bloco. Deve ter elevação, mas ele fala da cloaca, onde chafurda.
Claro que ele, grosso como é de linguagem, diz que, para ele, é caso encerrado. Parece que não é para os outros, para quem foi e tem sido ofendido, por certo para forçar reacção tempestiva e, depois, dela se aproveitar. Lembramo-nos de quando ele (Louçã), com a subtileza que tenta emprestar à sua linguagem, disse que “mau grado os “uivos” da bancada do PS”. Claro que ouviu logo e sem ser em aparte, a resposta do então líder parlamentar aos grunhidos do porco.
Oxalá seja provocado um debate para se ver com são os grossos de linguagem.

BULLYNG
Parece que é assim que se chama a todas as vilezas que os alunos das nossas escolas cometem no relacionamento alunos/alunos e alunos professores. Os casos são às centenas, mas estes dias saiu nos jornais o caso de um rapazote que numa escola da zona de Faro, em plena sala de aula espancou violentamente, mesmo selvaticamente, uma aluna (sua colega). Tê-la-á derrubado e deu-lhe murros e pontapés continuados. Os pais, terão dito que o rapaz é um bocado rebelde e que às vezes se excede. Não li a reacção da escola, nem o que lhe aconteceu. Mas, se não aconteceu, deveria ter-lhe servida a dose do meu tempo. Levaria tantas bofetadas naquela tromba até servir para fritar e ficaria garantido que nunca mais se lembraria de agredir ninguém. Porque se repetisse a graça levaria dose a dobrar. Diz o povo que até os cãezinhos aprendem. Agora, às tantas, passam-no para um psicólogo que lhe fará massagens no cangote e, se tiver castigo, será uma semanada de férias.
Assim, ninguém educa ninguém. Antigamente havia casas de correcção. Ponham-nas a funcionar deveras que eles corrigem-se.
José Pinto da Silva

Regressando ao Aterro

A falta de comunicação e informação leva a que se formem conjecturas que podem não ser correctas e, direi, até injustas.
Apareceu há dias na blogosfera um título a dizer que “Presidente da Junta quer Lixeira em Caldas de S. Jorge” e isto porque se escusou de assinar um documento a pedir uma Reunião Extraordinária da Assembleia Municipal para debater SÓ o caso da implantação do aterro
“Ex.mº Sr.
Presidente da Assembleia Municipal de S. Maria da Feira
Os Presidentes da Junta de Canedo, Pigeiros e Caldas de S. Jorge, bem como os membros eleitos para a Assembleia Municipal dessas freguesias, António Cardoso, Manuel Pinheiro e Telmo Gomes, vêm por este meio solicitar a V.ª Ex.ª que de acordo com a alínea c) do ponto 1 do artigo 10º, se digne convocar uma Assembleia Municipal Extraordinária com a seguinte ordem de trabalhos:
-Localização de um aterro sanitário no concelho de S. Maria da Feira.
Com os melhores cumprimentos Santa Maria da Feira, 23 de Março de 2010 “
A não assinatura deste documento foi concertada entre ambos os executivos de S. Jorge e Pigeiros (há quem diga que o Presidente da Junta de Canedo também não terá assinado), porque, por um lado acham que será mau partidarizar o tema e por outro que tinham já decidido, ambos os Presidentes da Junta, fazer uma intervenção de clara rejeição do aterro em Caldas/Pigeiros no período de Antes da Ordem do Dia da Reunião Ordinária de Abril. Esta explicação terá sido dada aos promotores do pedido de reunião extraordinária. A confirmar isso mesmo, emitiram um comunicado conjunto assinado pelos seis membros de ambos os executivos, comunicado que tem a data de 29 de Março e que foi passado aos promotores do pedido de reunião extraordinária. Deveria ter sido tornado público. Do meu ponto de vista. Transcrevem-se dois parágrafos desse comunicado: “… Desde que foi nomeado o local de Pigeiros/C.S.Jorge como possível implantação do Aterro sanitário, em reunião dos executivos das duas Juntas de Freguesia, ficou assente estarmos unidos nesta posição contra a localização do dito aterro. Pelo facto de entendermos que as nossas razões e argumentos são comuns, fundamentalmente por questões de defesa da saúde pública e por razões de ordem técnica e ambiental, ficou também acordado que neste processo estaríamos sempre unidos no interesse das duas populações, assumindo o compromisso de nunca serem permitidas quaisquer intromissões de ordem política.
Temos já em andamento a elaboração de um conjunto de argumentos técnicos e um pedido de intervenção dos dois Presidentes de Junta, para exporem em sede própria, a ser solicitada, na próxima Assembleia Municipal ordinária que será no próximo mês de Abril”.
Claro que esta posição das duas Juntas de Freguesia nada anulam a hipótese de um pedido de convocatória de uma outra reunião da Assembleia Municipal, esta extraordinária – a acontecer, será depois da ordinária de Abril – em que se debata, e eventualmente se delibere algo sobre a localização do aterro, ou mesmo sobre a não construção do aterro no concelho de Santa Maria da Feira. Desde que se encontre e sugira alternativa. Os autarcas de Canedo, e são acompanhados por algumas forças políticas, voltam à hipótese de adesão à LIPOR e terão mesmo, recentemente, falado com a respectiva gestão e insinuando que a Câmara não terá tornado publica a troca de informações. Não sei se há comunicação posterior, mas, em 19 de Junho de 2008, a Câmara remeteu à LIPOR o ofício 14917 que diz: “ Cumpre-me informar V. EXa. que esta Câmara Municipal, em sua reunião ordinária de 9 do mês em curso, deliberou dar seguimento à proposta da Assembleia Municipal, aprovada na sessão extraordinária de 29 de Maio findo, no sentido de que seja considerada a adesão do Município de Santa Maria da Feira à LIPOR, iniciando o respectivo processo de consulta.
Solicito, assim, a V. Exa. que informe esta Câmara Municipal sobre as condições propostas pela LIPOR para uma eventual adesão deste Município…”.
A LIPOR respondeu em 10 de Julho de 2008 através do ofício nº. 015413 a confirmar, de resto, informação já dada em Março de 2007. Transcrevem-se passagens do ofício de 10 de Julho.
“… Contudo, para dar resposta mais confortável a situações como a que nos é colocada por essa Câmara Municipal, a LIPOR terá que ter resposta positiva do Governo para a Construção e Montagem de uma 3º. Linha na nossa Central de Valorização Energética.
Respondendo às questões colocadas, relembro:
a) Adesão como Associado:
- o Município terá que liquidar uma quota de € 5.961.692,10 (valores de 2007) para se tornar co-priprietário dos nossos activos; a realização deste valor será objecto de Plano a apresentar pela Autarquia;
- a Tarifa a praticar (valores de 2008), nesta opção de Associado é a tarifa em vigor na LIPOR, que é de € 32,30/tonelada (parte de exploração) e € 13,84/tonelada (parte da comparticipação para investimentos).
NOTA – as tarifas em vigor têm em conta os cenários actuais (duas linhas na Central de Valorização Energética) e não os cenários futuros, pois para tais cenários terão que ser caalculados valores na base de intenções firmes e não segundo meras hipóteses. – O Município terá de garantir, de forma inequívoca a disponibilidade de uma ares de terreno, com dimensão a acordar para, no futuro, a Lipor poder instalar com concelho uma infraestrutura de Valorização de Resíduos. – Nesta Opção (Associado) a Câmara Municipal beneficia de apoios anuais de diverso tipo, que vão desde a cedência de viaturas de recolha de resíduos a equipamentos de deposição de resíduos, etc.
b) Adesão como Cliente
A tarifa a cobrar ao Município, na opção de cliente e mantendo os pressupostos e configuração actual do Sistema LIPOR, seria fixada no intervalo entre € 32,57 e 42,16/tonelada (valores de 2007) para utilização da Central de Incineração/Aterro Sanitário; seria de € 0 a 20,00/tonelada para resíduos entregues na Central de Compostagem e numa tarifa a calcular para os resíduos a dirigir ao Centro de Triagem/Plataforma de Triagem, tudo dependendo do teor de rejeitados apurados nas cargas e do beneficiário das Receitas dos diferentes materiais a processar; convém notar que estes valores são valores indicativos e máximos, pelo que, em caso concreto, os valores poderão baixar…”
Na altura (em 2008) o que se ouviu por parte da Câmara é que os encargos financeiros para qualquer fórmula de adesão seriam incomportáveis para o Município e que, mesmo que a LIPOR obtivesse a tal resposta positiva do Governo para uma 3ª. Linha na Central de Valorização Energética, não haveria outra solução que não fosse a construção de um Aterro alternativo ao de Sermonde, em vias de saturação.

Não imagino se as condições, quer na LIPOR quer no Município, se alteraram. Por banda do Município, ao que se ouve e lê, o Aterro não tem mesmo alternativa. O Estudo da U Aveiro desencantou dois locais, ambos na Feira, e não descortinando um espaço lá para os lados de Gaia. Por outro lado, diz-se e até poderão ser vozes de más línguas, terá ficado acordado entre as gestões de ambos os Municípios, já em 2004 – que até haverá um documento escrito – que a Feira garantiria espaço para implantação do novo Aterro. É pena que, a ser verdade, esses documentos não sejam colocados à luz do dia. Nesse caso não se põe em causa qualquer Segredo de Justiça. Está, sim, em causa é a injustiça de um segredo guardado para defesa de quem decidiu.

Claro que todos nós temos um pouco de NIMBY (not in my back yard). Mas, dentre as alternativas possíveis, terá que funcionar o mínimo senso dos analisadores e dos decisores. Porque seria, digo eu, possível implantar o Aterro numa distância maior do EUROPARQUE do que a que vai da Várzea às Termas. E as Termas, diz o respectivo dono (a Câmara) é um centro de tratamento de doenças e de procura de bem estar.

José Pinto da Silva

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Modos de Estar

Aqui podemos ver o (então) deputado Manuel Alegre em plena actividade parlamentar. Quando não estava com esta fogosidade aqui demontrada, estaria a rascunhar mais uma que outra quadra, ou até alguma página de mais um prosaico livro. Como ele agora quer (queria) ser Presidente da República se calhar ficaria com mais tempo para ferrar mais uma sonecas. Quem sabe se o seu grande apoiante se lhe coloque ao lado para lhe dar uma cotoveladas para o acordar para as realidades do país, que ele nunca conheceu.
DESONESTIDADE
Durante do debate quinzenal com o Primeiro Ministro, o boçal Louçã, referindo-se ao Presidente da Assembleia Geral da EDP referiu-o com um ex-ministro do PS, que já tinha sido do CDS e, pelas decisões que tomou enquanto elemento da EDP, o Louçã insinuou que agia enquanto pessoa ligada ao PS. Claro que Sócrates o classificou de desonesto intelectual, classificação bem amena para o que ele merecia, tal o desafor.
Um pouco mais tarde e a propósito de outro tema, disse que o Primeiro Ministro esta "manso" ao que este ripostou, como microfone desligado, que "manso" era a tia dele. Eu diria que era a tia o pai a mãe e o raio que o partisse. E disse depois que o primeiro-ministro estava a fazer descer o nível do debate. Miserável que se habituou a insultar tudo e todos a partir de que foi considerado "caviar" e "armani". Viram, na entrevista de ontem, a fixação do energúmeno no Américo Amorim? Que ganhara não sei quantos milhões na bolsa e não sei que mais. O património dele até pode ter valorizado por influência da valorização bolsista, mas se ele não vendeu, não fez qualquer mais valia. Como economista, conhecedor de todas as regras do mercado, porque não arrisca e investe nas actividades económicas.
José Pinto da Silva

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Plano de Actividades

Porque me surgiu do meio de outros papéis, dei mais uma leitura no Plano de Actividades para 2010 elaborado, a destempo, mas entregue aos eleitos que o pediram, e tentei confrontá-lo com a realidade no terreno. E, por acaso ou por curiosidade, NADA do planeado foi executado. O ano não acabou, dir-se-á. Mas passaram quase quatro meses, um terço do período de execução. Poderia, ao menos, haver informação de algo que possa estar a ser engatilhado para execução. Mas … O terceiro parágrafo do documento começa assim: “ Sabemos que será um ano de forte contenção de despesas …” Será? Em todas as despesas?
Visita do Papa
O Papa Bento XVI vem a Portugal e por cá passará os dias 11, 12, 13 e 14 de Maio. Parece que vem na dupla qualidade de Chefe de Estado do Vaticano e de Chefe da Cristandade Católica. Como tal, deve ser recebido com o máximo de consideração e em comunhão com a população que entenda aderir às cerimónias em a que presidirá. Só que não parece que se justifique que o país pare por causa desta visita. Fará algum sentido que seja dada tolerância de ponto (eufemismo para dizer dispensa ao trabalho) dos funcionários públicos, centrais e autárquicos? A esses, aos que queira participar, o Estado paga, se calhar até os transportes. E os trabalhadores do privado que queiram participar? São dispensados dos seus trabalhos sem desconto do salário? Não faz sentido nenhum tanta perda de horas de trabalho. Não será roubo ao país?
Cerimónias Religiosas
Foi anunciado por associações de gays e lésbicas e mesmo ONGs ligadas, que durante as grandes aglomerações de pessoas (direi que durante as celebrações religiosas, nomeadamente missas e procissões) que vão ser distribuídos preservativos aos participantes. Parece tratar-se claramente de uma PROVOCAÇÃO a todos quantos, com fé, se integrem nesses actos religiosos. E não é difícil imaginar-se porquê. Algum dia se ouviu que os mesmos (chamo-lhes) energúmenos andaram a distribuir isso nas grandes concentrações das peregrinações em Fátima, por exemplo? E admite-se que Associações que são altamente subsidiadas pelo Estado também embarquem nessa provocação, como a ABRAÇO? Para mim algo ficou mais barato: Nunca mais dou um centavo para as instituições que se dizem lutadoras contra a propagação da SIDA. Aldrabões.
Poeta Alegre Candidato
Dizem as notícias que o PS irá declarar o apoio oficial à candidatura de Alegre a PR. Não imagino em que termos, nem sequer quem vai ser o protagonista do anúncio. Espero que não seja o Secretário-Geral, como espero que, além das que já o fizeram, outras Federações Distritais ponham muitas reservas. É que é muito, muito estranho que o PS se engate ao BE nesse apoio e é absolutamente angustiante que o próprio proto candidato não se tenha demarcado. E aconselho a direcção do Partido a reler uma entrevista que o senhor deu ao Diário de Notícias em 16 de Novembro de 2008. Além de outras barbaridades, admitiu a hipótese de liderar uma nova formação política. Contra o PS, claro. Entre outras “belezuras” disse: “sic) “Para apoiar Sócrates teria que apoiar alguns dos seus apoiantes e isso eu não posso fazer” “ Não posso apoiar pessoas que nada têm a ver comigo. Pessoas do partido e do governo”. E quando resolve falar dos professores e modelo de avaliação diz: “… o método de avaliação, que é um método, por aquilo que oiço e todos dizem tem excesso de papéis…” Então o pilantra que quer ser PR e apoiado pelo PS diz as coisas mais estapafúrdias de um documento que não leu? Que responsabilidade? Claro que era só para ser contra o governo e a favor do BLOCO. Convém ler toda a entrevista e sentir vergonha de lhe dar apoio.
José Pinto da Silva

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ser Solidário

A ex-deputada do PS, Marta Rebelo, escreveu um texto com verdades como punhos, a pretexto das pequenas/grandes vaidades que ornam, ou desfeiam, alguns dos dirigentes médio/grandes, que mostram, à mistura com o discurso da democracia e da unidade, aquela sede íntima de atingir o poder, o sítio dele, mesmo que tenham que pôr um camarada a servir de degrau. Uns que outros, com dente afiado apontado ao lombo de Sócrates, na espera de que vá sendo ferido (de morte) pela rede de “túneis” escavados em torno de si e rezando a todos os santos para que o PR, a qualquer pretexto, dissolva o Parlamento. Outros, salivando, atiram fatechas de “amor” ao colete do que entendem poder vir a ser chefe. Como diz Marta Rebelo, pensa-se muito pouco em democracia e muito mais no poder e nas escadas, ou ascensores, para lá chegar.
Marta Rebelo critica abertamente vários camaradas (e cita os nomes), supostamente amigos e apoiantes, a propósito da descarada falta de apoio e solidariedade do partido ao primeiro-ministro nesta onda de ataques soezes da comunicação social, descarada caixa de ressonância dos partidos da oposição, e reporta as declarações de querença que o partido manifeste querer o Manuel Alegre como candidato oficial a PR. Ele próprio (M.A.) a largar fogo pelas ventas tentando forçar a decisão/declaração que é tida como inevitável, mas que vai ser tardia e de efeito bem reduzido. Para os desígnios do candidato poeta.
Falta de apoio, pois, ao secretário-geral por banda de certas figuras que, como cucos, apanharam alguns normativos do PEC e o caso de algumas remunerações pingues de alguns gestores públicos para, de forma homiziada, dispararem setas envenenadas ao governo e ao primeiro-ministro.
Por cá, no rés-do-chão da política partidária socialista, passa-se algo de similar. Mutatis mutandis e pondo os factos e as pessoas nas respectivas proporções. Vimos que foi preocupação da Marta Rebelo notar a não postura, por alguns notáveis, de um escudo à roda de Sócrates nesta fase de autêntico vilipêndio. Lembremo-nos da litigância entre Sócrates e Cavaco por causa e culpa de Carlos César e do estapafúrdio estatuto dos Açores. Repare-se no seu posicionamento agora. Até se diz que quer vir p´ro continente. P’ra lhe tomar o lugar? P’ra fazer política por cá? Sonhará ser cá poder?
Sabemos, todos sabem, que Alcides Branco, então ilustre desconhecido e ignorado, enquanto (não) envolvido nos meandros da política, entrou nas lides pelo braço e ao colo do José Mota e tudo começou à roda dos bombeiros. Não vou detalhar o início nem vou esmiuçar o que veio de seguida, como a nomeação de mandatário da candidatura de Jorge Sampaio, à revelia e a contragosto da CPC da Feira de então, a tentativa de ser indicado como candidato independente, em representação do PS, à Câmara, em 2001, o amuo subsequente e a candidatura, como independente CONTRA o PS, nesse ano, a nomeação como mandatário da candidatura PS às europeias, em 2004, a maior sabujice politico/partidária que poderia ter sido cometida, porque significou uma premiação da traição de 2001 (Roma pagou ao traidor), a tentativa de, já como militante, ser designado candidato PS à Câmara, por contraposição ao Manuel Strecht (claro que com Mota por trás, claro que homiziado noutra personagem), a sua entrada nos órgãos distritais do partido, a tomada da secção da Feira e depois a Comissão Concelhia, sempre tendo em vista a candidatura à Câmara, como que veio a suceder em 2009. E, como retomou a Comissão Política, cargo para que, só ele o não sentirá, não está nem estará nunca vocacionado. Por feitio, por (falta de) carisma, por (falta de) capacidade de intervenção. No campo meramente político. Vai servir, de certeza quase segura para estribar uma próxima futura candidatura à Câmara em 2013. De resto, o responsável pela sua designação como mandatário em 2004, seu apoiante de sempre, blasonou-me, ao jeito de língua de fora, “… vais levar com ele de novo nas próximas” e retorqui “está bem, Ana”.
Voltemos à entrada pela mão e ao colo e à atrelagem ao cambão do Mota e à preocupação da Marta Rebelo.
O Zé Mota, agora Governador Civil de Aveiro, e sem curar de me dar conta se mereceu a nomeação, ou não, se está a fazer um bom mandato, ou não – eu espero e desejo que tenha o maior sucesso possível no desempenho da função – tem sido alvo de uma porca campanha a propósito de uma inquirição a que foi sujeito, a um mandado de busca a sua casa e à Câmara de Espinho onde se sentou durante 16 anos. O certo é que, na mesma altura, houve buscas em mais seis Câmaras e a seis presidentes de Câmara, por razões e indícios similares e só o nome do Zé Mota apareceu nos jornais e nas televisões, com retrato e tudo, situação de que muito dificilmente se limpará, mesmo que todos os tribunais o despronunciem e absolvam se for pronunciado. Posso dizer que foi absolutamente sacaneado e tê-lo-á sido só porque é do PS e porque deixou muita gente de fora e de dentro do partido com uma azia desgraçada, não curável com bicarbonato de sódio, por ele ter sido nomeado. Não vou, nem tenho que, classificar a nomeação, se foi um prémio pela perda, ou se foi um castigo pela militância de 35 anos. O facto é que está a ser vilipendiado e não vejo nenhum dos amigos, nem mesmo quem por ele foi mais do que apoiado, foi protegido e catapultado para poiso para que não tem estaleca, nem mesmo esse tomou uma posição PÚBLICA de solidariedade para com o político, para com o amigo. Com amigos destes, bem pode o Mota esquecer os inimigos. Eu nunca fui apoiante do Zé Mota nas suas lutas políticas internas, mas nada me custa, agora, e como quando ele andou anos e anos a ser acusado, a ser posto na lama do vilipêndio a quando do caso dos sindicatos, litigância de que foi TOTALMENTE absolvido, para enorme desgosto do sabujo que, cuspindo no prato, o empurrou para a barra, nada me custa dizer ao Mota que entendo que anda uma campanha suja contra ele e que o considero como ele é, indiciado de qualquer coisa, mas não acusado. E, supremo lema de país onde impera a decisão do tribunal, é INOCENTE enquanto não for declarado culpado em sentença transitada.
Eu, em circunstâncias que tais, teria dito publicamente que estava solidário com o Mota e que o considero inocente.

José Pinto da Silva

Divers(os)idade

CPI
Vinha nos jornais que muitos dos documentos solicitados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) à eventual compra da TVI pela PT, com conhecimento, ou não, do Governo e concretamente do primeiro-ministro e ao facto de ele (PM) ter ou não mentido no Parlamento, foram entregues ao Presidente da Comissão (Mota Amaral) sob condição de ficarem reservados exclusivamente aos deputados da comissão e de não poderem ser reproduzidos, porquanto contêm dados que serão segredos empresariais, etc. É por isso que foi exigido que as audições e debates que envolvam essas empresas e esses documentos fiquem fechados à comunicação social.
Apetece-me rir. Vai ser certo e seguro que vai haver deputados a gravar (há uns aparelhinhos muito discretos e muito fiéis) tudo o que ali for dito e discutido, para ser vendido aos jornais e é bem possível que alguns outros ponham os jornais a ouvir em directo via telemóvel ligado ao jornalista pagador. Veremos se, dois ou três dias depois, não vai aparecer tudo escarrapachado nos jornais.
ISENÇÃO DOS JUIZES
Li num livrinho titulado “A Fárria” um episódio decorrido no a seguir à II Guerra, passado num tribunal numa comarca do Alto Barroso. Num julgamento, determinado juiz terá aplicado uma sentença que deixou tudo de boca à banda, de tão estapafúrdia. E estão, diz o autor, não se sabe o que passou pela cabeça, OU PELO BOLSO, do juiz para decidir como decidiu. E como a decisão foi em favor de determinado mandão lá do sítio, imagine-se o que foi pensado. E agora? Será muito diferente? Só que os mandões são, muitas vezes, certos jornais que julgam e condenam na praça pública, influenciando as decisões finais e marcando indelevelmente o julgado que, mesmo que absolvido, fica com o ferrete da culpa, porque assim mandaram os jornais e certos crápulas, ditos jornalistas.
MONÓXIDO DE DIHIDROGÉNIO
É um composto que está nos rios e nos mares e que está mesmo no nosso corpo, na urina, no suor e nas lágrimas. Infesta e infecta tudo.
Estaria o ilustre leitor disponível para subscrever um abaixo-assinado de tamanho sem limite para que se banisse tal praga do nosso planeta? Claro. Seria tremendamente fácil pôr todo o mundo a assinar um tal documento, como é, muitas vezes, fácil manipular as populações menos informadas a respeito de qualquer termo ou facto. A palavra MONÓXIDO, só por si, põe todo o mundo de orelha guiada no sentido do contra. Logo, bana-se de imediato. Só que Monóxido de Dihidrogénio é um dueto de palavras que significam ÁGUA. Gastemo-la pouco, purifiquemo-la, mas não a queiramos banir.
RIBAU ESTEVES
Este político é o Presidente da Câmara de Ílhavo e, nessa qualidade, há dias recebeu o Primeiro-Ministro para presidir à inauguração de uma qualquer obra. E, na circunstância, disse, mais ou menos isto: “… Portugal destrói-se com a alimentação permanente de uma telenovela tipo Venezuela, de insultos gratuitos ao Primeiro-Ministro…”. Em boa verdade, nunca, em tempo algum, em Portugal tanto se vilipendiou um primeiro-ministro como têm feito com José Sócrates. Ele não merecerá a beatificação …. mas que não caiu na graça de um pequeno bando de predadores a que chamam jornalistas, isso é verdade.
HUGO CHAVEZ
Nos tempos mais recentes, ficou celebrizada a declaração desse ilustre LOUCO de que o sismo no Haiti não foi uma determinante da natureza, mas que foi uma experiência levada a cabo pelos americanos (ianquis, diz ele), experiência mal sucedida. E é, um tipo destes, presidente de um país do tamanho e com a importância da Venezuela. Haverá de morrer como um grilo. Espero eu.
Esse senhor foi motivo de uma notícia no Correio da Manhã há três ou quatro semanas, e ali se dizia que ele (Chavez) parece o dono de um circo que só quer animais amestrados e que há dias mandara prender o presidente da TVGLOBOVISION, por ofensa e vilipêndio e por protestar contra a perseguição à imprensa. A notícia termina com a maior sacanice jornalística e que cito ipsis verbis: Cá ainda não se conseguiu ir tão longe. Como se algum dia ocorresse em Portugal algo de perseguição ou tentativa de mandar prender, mesmo o mais crápula dos jornalistas.
José Pinto da Silva