segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SINECURAS

Vou transcrever um troço do texto de Miguel Sousa Tavares no Expresso. " .. Os malfadados mercados lêem a nossa informação, os nossos jornais, e percebem que, aqui, os MILITARES têm direito a generosos subsídios por estarem deslocados "em teatros de guerra" tais como, aeroporto de Cabul, ou nas ruas do Kosovo onde dirigem o trânsito (que perigo, direi eu), os POLICIAS têm direito a subsídio por estarem de turno na esquadra, de ronda nas ruas, ou em chefia (subsídio mesmo que estejam de baixa), os BOMBEIROS são subsidiados por apagarem incêndios, os GESTORES PÚBLICOS ganham prémio milionários por obterem lucros, ou até prejuizos a gerir empresas em regime de monopólio, os PROFESSORES têm direito a pagamento extra por corrigirem exames, ou por trabalharem mais do que 22 horas por semana, os MAGISTRADOS reformam-se com pensões de 6 000 euros por mês e uma CONTRATADA para o importantíssimo cargo de directora de marketing e imprensa da REN vai ganhar 8 000,00 euros por mês - mais do que o PR e mais metade do que ganha o PM e mais do dobro de um Deputado.
A pergunta que eles fazem (os mercados) é a mesma que cada um denós deve fazer: vamos poder pagar tudo isto indefinidamente? Não, não vamos. .... Mas então se gastamos sempre mais do que temos e não damos sinal algum de querer mudar de vida, como é que esperamos que nos emprestem dinheiro barato? Você emprestava dinheiro a Portugal?

José Pinto da Silva

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A ESTAÇÃO DOS CORREIOS

No seguimento da publicação anterior, é já ponto assente que a Estação dos Correios de Caldas de S. Jorge vai fechar, havendo um particular que, à experiência por um período de 6 meses, vai prestar os serviços (dizem que todos os serviços, com excepção de movimentos financeiros - exemplo, colecta de Certificados de Aforro ou de outros produtos financeiros) e que será mantido o horário em que está (ainda) a funcionar a Estação.
Sabe-se que houve proposta para que a Junta de Freguesia assumisse essa prestação, mas recusou (lá saberá porquê). Pode até ter fundadas razões para ter recusado, mas nunca terá razão por não ter posto o problema à consideração, discussão e mesmo deliberação da Assembleia de Freguesia. Não terá havido aqui muita inércia? Ou andarão ocupados com outros projectos de que falam muito, mas que mantêm em segredo? Não terá sido por inércia, má vontade, incompetência e incapacidade de dialogar que se perdeu o Centro Escolar e que se fez com que os Pavilhões da BRISA não produzissem rendimento para a autarquia?
Para terminar, uma sugestão: Aquelas placas comemorativas dos 25 anos de funcionamento deveriam ser trasladadas para a Junta de Freguesia, para, ao menos, servirem de homenagem aos que, denodadamente, no início dos anos 70 lutaram por um equipamento que se esperava desde 1936. Ver texto do Dr. Carlos Ribeiro no jornal "A Tradição" de 1936.

José Pinto da Silva

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A ESTAÇÃO DOS CORREIOS

É voz corrente que a Estação dos Correios de Caldas de S. Jorge, mais dia, menos dia, vai fechar. Eu fico aterrado e envergonhado se tal vier a acontecer e recordo que, pelos finais dos anos 70 inícios dos 80, houve ameaça de que o fecho poderia acontecer. Nessa altura a Junta de Freguesia, a Assembleia de Freguesia e a Câmara Municipal emitiram comunicados fortes a protestar contra semelhante eventualidade e eu próprio fui credenciado para ir a Lisboa entregar em mãos esses documentos de protesto. O responsável que me recebeu (na altura na Rua de S. José) ficou muito intrigado com os documentos apresentados e, porque a preparação do encerramento era ainda um segredo interno, quis-me “obrigar” a revelar quem tinha informado a população e a autarquia. Claro que não revelei, mas o que foi certo foi que a então Chefe da Estação levou com um processo disciplinar, por se suspeitar que tenha sido ela a revelar. O processo acabou arquivado, por falta de provas.

Essa Chefe da Estação, que tanto se interessava pela Estação, pelo seu crescimento e, naturalmente, pelo não encerramento ou mesmo diminuição de horários e prestação de serviços, deve estar voltar-se na tumba de espanto pela inércia de hoje, sobretudo das autoridades autárquicas.

Claro que não acredito que a Junta de Freguesia não saiba da real situação com os pormenores que não chegam ao geral da população e a ela caberia divulgar da forma mais aberta e pública possível, até para que a população e as empresas reforçassem o pedido de serviços, como de resto foi feito há 30 anos.

Vou reportar um episódio que é verdadeiro e confirmável. Foi em 2010, não recordo o mês. O Director Geral dos CTT da região Norte, estacionado no Porto, pediu ao Chefe da Estação então ao serviço, que procurasse o Senhor Presidente da Junta e com ele agendasse um encontro, em Caldas de S. Jorge. O Chefe da Estação, não sei se o procurou ou se cruzou com ele por acaso, tentou incumbir-se da missão e pediu que fosse marcado um encontro com o Senhor Director do Norte. Como resposta teve, e vou citar de memória: “O Presidente da Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge está na sede às segundas, quartas e sextas, das 18,00 às 19,00, e atende quem aparecer”.

Comentários para quê e, sobretudo, para quem?

Já agora e só para esclarecer, quem revelou (a mim) que, nos anos 70/80, havia a ameaça de fecharem a Estação, foi, de facto, a Sra. D. Graciete Santos

José Pinto da Silva

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ANOTAÇÕES Comentadas

Portagens nas SCUT

A aplicação de portagens nas vias SCUT (agora terão de mudar de nome para CCUT – com custo para o utilizador) gerou um frémito de contestação e criaram-se comissões de utentes que organizaram marchas lentas de protesto e provocação. Enfim o costume. E, claro, têm razão os contestatários (muitas vezes centrados em dirigentes de partidos de oposição) porque lhes vai ficar mais caro andar de nádegas tremidas, como tem razão o governo que, agora pela crise, se apercebeu, e quiçá tardiamente, que o orçamento não aguenta o encargo.

Como noutros casos, passou a adoptar-se o princípio de quem usa paga. Dizem alguns, e não deixam de ter razão, que não é justo que um cidadão que nunca viu uma auto-estrada e nem em sonho imagina ter automóvel, ter de suportar os custos de quantos se espraiam tranquilos a guiar as suas máquinas.

Não se tem ouvido comentar nem recordar quem é que, ao tempo, engendrou o princípio SCUT e, por todos os meios, publicitou a ideia. É mesmo conhecido como o “pai” das SCUT e defendeu que seria a única solução para se executar o programa da rede viária. Essa paternidade coube a João Cravinho e, com tanta veemência, defendia o princípio que não apareceram argumentos a contrariar. Se calhar foi pela falta de contraditório que os empresários que ficaram concessionários conseguiram fazer contratos leoninos em que nunca haveria hipótese de saírem a perder. Estranha-se, eu pelo menos estranho, que o pai da ideia, agora sentado em cadeira larga e fofa no BERD, não apareça a confirmar a defesa da ideia, ou a atacar os governantes, classe a que pertenceu, de terem deixado vingar a corrupção na elaboração dos contratos, dos quais alguns são do seu tempo enquanto governante. Ou se sopra a pena para outra cabeça, ou se esconde e, como qualquer poltrão, à vista do inimigo, “ataca” debaixo da ponte.

Obra do Frei Gil

Na imprensa grande, como na local, têm saído notícias sobre a situação periclitante, financeiramente falando, da Obra do Frei Gil, de que uma das três casas, é no Ribeiro (Lobão) aqui mesmo à nossa vista. Mas alguns dados das notícias deixaram-me de boca à banda. Dizia-se (JN) que a organização dá apoio a 100 jovens e, veja-se, que tem 90 colaboradores. A notícia não especificava se se tratava de colaboradores efectivos e permanentes, mas, da leitura, logo se infere que sim. E que há outras colaborações especializadas, neste caso e naturalmente, intermitente. Mas… quase um funcionário por utente, forçosamente que se andam a estorvar uns aos outros.

Dizem as notícias que os apoios do Instituto da Segurança Social, 460,00 EUROS por utente e por mês, dão só para metade dos gastos. Imagine-se que, dizem as notícias, que cada jovem fica à Casa, por 825,00 EUROS por mês. E eu pergunto: Como poderá viver aí 80 por cento da população, quando um jovem, acolhido, logo, bem tratado, mas na singeleza de acolhido, custa mais do que o salário médio nacional. E como poderá a segurança social aguentar-se quando dá, a cada jovem acolhido na Casa Frei Gil o salário mínimo nacional? Algo via mal neste reino, que não é o da Dinamarca. Eu diria que o que deve faltar por ali é Fiscalização, como falta no RSI (ainda hoje se noticiava que dois energúmenos, montados em Mercedes e Audis de alta cilindrada, recebiam o RSI. Vigaristas eles e quem os não fiscaliza). Fiscalizados, de certeza que sobraria para pagar abono de família a alguns a quem cortaram injustamente.

Politécnico de Leria

Vinha nas notícias que, num Politécnico de Leiria (não colhi o nome, mas é capaz de haver lá só um), a partir de inquérito feito, 28,5% dos alunos sexualmente activos “têm relações sob efeito de álcool e droga. Uma boa percentagem deles e delas têm relações sexuais com parceiros ocasionais (como se chamava antigamente a estas gentes?) e uma grande parte não toma precauções contra gravidez.

Que se poderá dizer, perante tudo isto? Que sociedade estamos nós a desenvolver? Parece que estamos muito mais preocupados com o fumar nas praias e praças públicas.

José Pinto da Silva

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NOTAS COMENTADAS

Códigos Postais

Por certo que a generalidade das pessoas de Caldas de S. Jorge não tem conhecimento do Código Postal de cada rua (os últimos três algarismos – 4505-…) código que foi introduzido depois da atribuição de nomes a todas as ruas. Nos casos de Arcozelo e Azevedo, praticamente todas as ruas têm o código igual e que corresponde ao que foi atribuído ao lugar: 685 para Azevedo e 684 para Arcozelo. Já nos outros lugares, sobretudo no da Sé, há diversas alterações, relativamente ao que vínhamos usando.

A Junta de Freguesia tem esses elementos todos (colhi-os lá) e acho anormal que não tenha feito a respectiva divulgação, até porque quem vai tirar o Cartão de Cidadão é confrontado com as discrepâncias. Por sinal e para efeito de comparação, acedi aos mesmos códigos na página da Internet dos CTT e os dados coincidem com os facultados pela Junta de Freguesia.

Espera-se que a Junta aproveite esta lembrança para informar os habitantes deste facto, fazendo uma listagem por lugares e com os nomes das ruas ordenados por ordem alfabética e a faça afixar nos locais de estilo.

Falta de Médicos

É uma pecha já velha e ainda ontem se ouviu que mais 70 requereram a reforma, de certeza não por não poderem exercer, mas porque vão saltar para a clínica privada. A situação vai agravar-se e, se as notícias são correctas, haverá cerca de milhão e meio de utentes sem médico de família, o que quase cheira a tragédia. O Estado não pode “fabricar” médicos e, para resolver o problema no imediato terá de proceder à “importação” de clínicos.

Mas o que quase faz revoltar é que o Ordem dos Médicos tem-se manifestado contra a abertura de novos cursos de medicina e até de Escolas Médicas. Mas … eles defendem a sua corporação. Pior, bem pior foram as declarações do Presidente da ANEM – Associação Nacional de Estudantes de Medicina em que, também ele (e representará o ponto de vista de toda a Associação) a declarar-se contra o aumento de vagas para ensino médico e abertura de novos cursos e declara lutar CONTRA o regresso dos 1.300 alunos que actualmente estudam no estrangeiro. Diz ele que Portugal tem médicos em número suficiente e em breve o SNS deixará de ter capacidade de absorver todos os profissionais. Olha o medo dele…!

Deviam colocar esta cabeça a resolver JÁ o problema de falta de médicos.

José Pinto da Silva