sexta-feira, 23 de junho de 2017

NESTE MANDATO VOU-ME EMPENHAR



Todos se lembrarão e, não lembrando, fácil será compulsar papeis onde ficaram escritas declarações, que o actual e ainda presidente União (desunida quantum satis) das freguesias C. S.Jorge / Pigeiros declarou altaneiramente que o grande objectivo do mandato que iniciava (e está a acabar) era ver concretizada a construção do hotel que teria como empreendedor um cidadão da vizinha Lobão. Empenhar-se-ia, inclusive, o autarca na colaboração intensa para o rápido deferimento dos projectos de arquitectura e especialidades. Na sanha de andar rápido, nem se apercebeu de que o projecto, não cabendo no terreno posto em hasta, ao invés de encolher o projecto, estendeu-o por terreno alheio. E porque era a sua bandeira que hasteou alto, de modo escondido, enrolou-a e não fala mais nisso.

Neste processo haverá algumas questões a ser respondidas, sendo que a primeira é a certificação de se houve, alguma vez, intenção de se erigir ali um hotel de 4 estrelas. Será só para a lavra do investidor, mas é de perguntar se chegou a haver estudo económico para aquilatação da viabilidade. Ou era sabida a inércia da Câmara e pensou-se tão somente em conseguir um terreno em zona nobre ao preço de inóspito? Que garantias deu a Câmara em relação à remoção da Fabruima e da casa contígua a nascente? Havia projecto definido para a acessibilidade ao empreendimento? Tendo-se constatado que o terreno contratado era curto, havia a garantia de cedência de mais? Mais quanto e a que preço?

Como eu gostaria de ver aquelas casas restauradas e repostas integralmente com o seu aspecto exterior!
LOCAL no CF de 12 Maio 2014: NOVO HOTEL DEVE ESTAR PRONTO EM 2016




Para a campanha que se avizinha, esta bandeira está rota e ver-se-á se ainda há pano para bandeiras.
E vai daí quem sabe nos venha indicar a que emissário estão ligados os esgotos das habitações da rua Rio Uíma e também o destino dos efluentes sujos saídos das Termas. E tentar saber se com os esgotos a cair directamente no rio, há lugar a pagamento de taxa de esgotos. É claro que um presidente de Junta nada tem a ver com os esgotos, mas tem o dever de conhecer a rede e denunciar, publicamente, quando tudo vai cair ao emissário de céu aberto e que devia ser limpo e bem limpo. Não seria uma bandeira, mas poderia assumir-se como um pendão.

José Pinto da Silva

A (nova) CANDIDATA SOB A SIGLA PS


Ainda que nada tenha a ver quer com a abordagem e posterior convite, nem ninguém me tenha solicitado qualquer opinião prévia, manifesto a minha entusiástica simpatia pela escolha e fico bem contente, enquanto inscrito no PS e enquanto esperançado numa mudança.


Acho que a D. Elsa Costa terá já formalizado a aceitação da sua candidatura, dentro daqueles formalismos que são habituais e, quase não tenho dúvidas, terá já começado a compilar elementos, a colher informações a inteirar-se do que está a fazer mais falta, para elaborar um plano de acção que cative as pessoas de S. Jorge e de Pigeiros.


Pela consideração que sabe eu ter por ela, saberá receber as críticas que forem oportunas e terá a certeza de que NUNCA deixarei de criticar, se houver razões para tal. Como deixarei a minha opinião se, para tal, for solicitado.


Formulo VOTOS de sucesso.

José Pinto da Silva

QUAL SERIA MAIS TRÁGICO?


Acho que ao jeito de provocação, em função de alguns escritos que tenho protagonizado, colocaram-me a questão:
Morreram 64 pessoas, seres humanos de diversas idades, incluindo diversas crianças e pergunto: Se, por absurdo, fosse possível substituir estas perdas pelo desaparecimento de 6.400 cães, ou cães e gatos, qual perda seria mais trágica? Eu respondi logo, sem pestanejar: Mesmo que a troca fosse por 64.000, eu pouparia os 64 seres humanos..
Deu-me a entender que seria esta a resposta que eu daria. E fim de papo.
Mas... a questão até parece colocável...

José Pinto da Silva

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FOI ESCRITO HÁ 66 ANOS. SE FOSSE AGORA ASSENTAVA COMO UMA LUVA


"Quando te deres conta de que para produzir necessitas obter a autorização de quem nada produz;
Quando te deres conta de que o dinheiro flui para o bolso daqueles que traficam não com bens, mas com favores;
Quando te deres conta de que muitos na tua sociedade enriquecem graças ao suborno e influências, e não ao seu trabalho, e que as leis do teu país não te protegem a ti, mas protegem-nos a eles contra ti,

Quando enfim descubrires ainda que a corrupção é recompensada e a honradez se converte num auto-sacrificio, poderás afirmar, taxativamente, sem temor de equivocar-te, que a tua sociedade está condenada. “
AYN RAND (1950)
TEM QUE MUDAR! TEMOS QUE MUDAR!

José Pinto da Silva

O LEITE DE VACA FAZ MAL?


(Outro tanto se poderia dizer dos leites de ovelha, de cabra ou de burra).


Alguma gente, onde se aglomeram naturistas, ambientalistas, vegetarianos, veganos (e todos os que alinham na defesa do lóbi da soja, a propósito da mentira de que o homem é o único animal que em adulto toma leite, dizem que o leite (de vaca) faz mal à saúde e que a sua toma é contra natura. Esquecem-se do dito muito usado que afirma que alguma gente é por dinheiro "como o gato por leite". E gostaria de ver o primeiro cão a rejeitar a toma de leite. A menos que lhe tenham esfregado algo nas papilas gustativas.

Isto porque ouvi o Prof. António Vaz Carneiro, Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa a dizer absolutamente o contrário e a aconselhar: "Se não tem qualquer incompatibilidade, qualquer doença específica que possa ser agravada pelo leite, (como podia ser pelo vinho), tome leite à vontade, porque contém um conjunto de nutrientes muito úteis para a manutenção da saúde.
(Curiosamente, eu não tomo... exactamente porque me afecta alguns órgãos. Mas eu sou doente.)


José Pinto da Silva

O TOURO SENTE DOR NA LIDE?


Escrevi, há dias, a propósito de touradas, que o touro de lide (o único hervíboro que, sendo atacado, não só não foge, como ataca o atacante) se auto anestesia, não sentindo dor ao ser picado. Claro que me suportei em escrito de cientista /investigador da área da veterinária, da Universidade Complutense de Madrid.
Alguns, dos soi disants anti tourada, "soltaram-me os cães" apodando-me de desumano, de cruel... etc., alguns de forma mesmo malcriada. Mas tudo bem.
Esta semana estive a ler numa revista um trabalho extenso sobre animais e chamou-me a atenção um capítulo de título: "COMPORTAMENTOS DE AUTO CURA".
E parece que posso concluir que AS OVELHAS devem ter frequentado a universidade para aprenderem a diagnosticar infecções provocadas por nematódios e procurar o respectivo remédio curativo. E os ELEFANTES também devem ter corrido os bancos escolares para aprenderem a aperceber-se de que estão próximos de parir e procurar umas folhas que induzem e apressam o parto. E, além de outros animais, uma que outra espécie de MACACO deve por lá andado a consumir professores para aprender a procurar medicação para aumentar ou diminuir a fertilidade.
A auto anestesia é, a menos que me provem o contrário, uma forma de auto medicação e auto cura. Ou não...?!

José Pinto da Silva

O CÃO DO SEM ABRIGO


Contaram-me um dia destes. Não sei se é original, ou ecoada. Para mim é nova e novidade.
Um homem de rua, vulgo sem abrigo, muito introvertido, não se relacionava praticamente com ninguém e tinha como companhia inseparável um cão. Não me disseram se de alguma raça ou se ou rafeiro cruzado em muitos progenitores.
O homem, muito pobre, quanto só, cuidava muito pouco da sua higiene e quase só quando puxado ia a um banho público. E... se ele se descuidava a si próprio, mais descuidaria do trato dado ao cão. Só o alimentava, primeiro que a si próprio, e com a frugalidade a tender para a fome. E então quanto à higiene...! Decerto nem lhe ocorria.
Eis que certo dia uma brigada dos "amigos dos animais" abeiraram-se da dupla de amigos e disseram ao homem que não podia ter consigo o cão assim tão descuidado, que era uma "desumanidade" deixar andar o cão assim ao desleixo e que, como assim, teriam que o levar para acoitar num canil onde dele tratassem bem. O homem que já teria chorado quase tudo na vida, chorou alto e implorou que lhe não levassem o seu companheiro, o seu único companheiro. Mas ... os amigos animais, verdadeiramente SE ANIMALIZARAM, não pensaram no humano que desesperadamente sofreu com a separação, porque BRONCOS não imaginam o que pode ter sofrido o cão ao ter retirado do amigo, e, sobretudo alhearam-se do da sua espécie. Ou talvez não... porque quem assim age, em nome do bem estar animal, NEM ANIMAL É. É um gajo....

José Pinto da Silva

terça-feira, 20 de junho de 2017

PISAR AS PÈGADAS DE CAMILO


Para cumprir a sua Agenda, os VÁLÁ … VÁLÁ… foram em excursão visitar, primeiro a memória e depois um pouco da vida de Camilo Castelo Branco, o mais prolífero de todos os escritores. E.. não estragou a qualidade com a ânsia da quantidade. Terá escrito, diz-se, 260 obras. Muitas delas a satisfazer encomendas que ia aceitando para sobreviver com a família.

Cerca das 8 e 15 lá abalámos rumo ao Cemitério da Lapa, no Porto, onde estão depositados os seus restos mortais em jazigo de seu grande amigo ….. que, a pedido escrito, determinou testamentando que Camilo ali descansaria ad aeternum. Num pequeno espaço museológico na Igreja da Lapa está o revólver com que Camilo em 1890 expulsou a vida.
Deverá ser anotado que, desta vez, por razões pessoais inultrapassáveis, estiveram ausentes o Eugénio Santos, o Paulo Milheiro e seu pai Domingos Oliveira. Por outro lado, apareceu, pela primeira vez, o Joaquim Ferreira que teve, naturalmente uma saudação especial.
Percalços onde sempre ocorrer e desta vez, terminada a visita ao Cemitério, três companheiros foram a um café ali ao pé e, por distracção de todos, ficaram terra. Aborrecimento que a chamada de um táxi logo colmatou, já o colectivo, acostou numa área de serviço na A3. Para ocupar a atenção de todos, um de nós leu alguns dados da biografia do escritor, focando a vivência do homem: origem, crescimento, vida fútil e turbulenta, o enrolamento com mulheres, as paixonetas, a prisão e a luta pela sobrevivência, os vícios de jogo. Enfim a vida de um homem comum boémio e mulherengo.

O programa foi-se cumprindo, mesmo com o atraso já descrito e, pelas 10 e 30 estávamos na entrada da Casa de Camilo (de Ana Plácido, para se ser mais rigoroso), em S. Miguel de Seide.
Trata-se afinal de uma casa tradicional de uma família relativamente abastada dos finais do Sec. XIX e os conservadores fazem questão de a manter como casa / museu, mais do que um museu na casa. Foram formados dois grupos, até porque as divisões da casa eram pequenas e os corredores estreitos. Dois guias exímios no conhecimento da matéria e na capacidade de descrição de cada espaço e de cada peça. Ali está tudo o que Camilo utilizava para trabalhar e descansar, sendo de salientar a cadeira de baloiço em que que estava sentado quando decidiu suicidar-se. Numa vitrina está uma réplica do revólver usado para o disparo fatal. Como vem sendo tradicional, foi entregue à casa um Diploma com dedicatória do nosso Grupo.

Seguiu-se o almoço, opíparo e bem servido. Nesse então, foram sorteados dois títulos da obra de Camilo, oferta de um de nós.
Dali fomos directos a Guimarães para visita a um muito importante repositório da arte sacra barroca em Portugal, no Convento de Santo António dos Capuchos. Foi uma visita rápida, bem guiada por uma jovem. E foi rápida porque o percurso museológico é pequeno. Foi interessante, sobretudo para quantos se interessavam por esta cultura artística.

Era hora de lanche e de dessedentação e recorreu-se a um café ali junto. Virado o carro para Caldas de S. Jorge, foi o tempo de viagem ainda aproveitado para uma que outra recomendação, para a leitura de um ou outro poema do poeta de S. Jorge, JOÃO ALECRIM, lembrando-se que ainda estão disponíveis alguns exemplares do seu livro.
Terminou a viagem com o até ao próximo encontro.


José Pinto da Silva

QUEM EXTINGUIU FREGUESIAS?



A pretexto de financiamentos a freguesias, de saldos negativos de freguesias extintas, em reunião de Câmara, um Vereador da oposição disse que “…a implicação de União de Freguesias teve constrangimentos orçamentais e financeiros provocados pela “União”- união significaria junção voluntária, concórdia – amarrando umas a outras comunidades diferentes  e em situações totalmente diversas. Algumas freguesias agregadoras herdaram e, como bem disse o Vereador, se houve herança, houve morte, situações bem adversas. Ou, noutros casos, passaram às agregadas os berbicachos que tinha e eram só seus, v.g. Caldas S. Jorge / Pigeiros.
O presidente da Câmara, (Emídio Sousa) que no anterior executivo era o vice-presidente, não deixou o Vereador sem resposta e defendeu que a “União de Freguesias nunca foi vontade da Câmara. Infelizmente, graças ao PS, disse,  o País foi à bancarrota e assinaram um contrato com a troyka. É amplamente conhecido que verei com bons olhos uma revisão do mapa de freguesias”.
Pensei que o Dr. Emídio de Sousa era da ala social democrata do PSD, mas concluo que é Passista como os maiores adeptos do “liberal”. Sabe bem, só não quer dizer, porque deixou fugir a social democracia, que a grande causa do pedido de auxílio externo ocorreu porque o Passos estava doido por meter a mão no pote (terminologia dele), mentiu como só ele é capaz e entrou em fúria contra a sua, até então, madrinha e conselheira, a tia Merkel que manifestou satisfação pelo acordo obtido pelo programa apresentado pelo então primeiro ministro a partir do famoso PEC4, que Passos rejeitou e mandou que os deputados rejeitassem, gerando a maior crise política dos últimos tempos. Mas teve o seu tempo de glória, desbaratando algum resquício de legitimidade para aparecer na frente do que quer que seja. Vai sair pela porta dos anexos, para nunca mais ter permissão de subir ao rés-do-chão da política.
Disse Emídio Sousa que o PS assinou um contrato com a troyka, como se o PSD o não tivesse assinado também e como se um tal Catroga não tivesse dito que o acordo era bem razoável, porque tinha lá o dedo do PSD, acordo que chegou a ser chamado como programa de governo, assinado e aceite por todas as instâncias do partido que foi então meter as mãos (e os pés) no pote. Esqueceu-se de referir o presidente da Câmara que a extinção das freguesias (à Feira foi dito que tinha de acabar com 10) foi o sonho de loucura do RELVAS que era para ser doutor e não foi e se imaginou um Mouzinho da Silveira. Ficou na pequena história e pelas piores razões e quem o seguiu cegamente haverá de ficar num cantito dessa mínima história.
Fica, ao menos o registo de que o presidente actual da Câmara está disponível para analisar o mapa, o que significa, pronto para reverter a situação.


José Pinto da Silva

domingo, 11 de junho de 2017

VETO À PERSONALIDADE

Quero, antes de tudo e à guisa de declaração de interesses, dizer que estava totalmente fora de qualquer escolha e posterior convite ao cidadão Joaquim de Almeida para encabeçar a lista de candidatura à Assembleia de Freguesia da União Caldas / Pigeiros. Se alguém previamente me tivesse dito, ou mesmo só insinuado, que tal convite iria ser feito, eu, logo aí, manifestaria a minha total oposição ao convite, dizendo, além de outros argumentos, que não ficariam dignificados o símbolo e a sigla do PS.

À reunião, tida lugar em Pigeiros, onde esteve o putativo candidato e alguns elementos do PS e no decurso da qual foi formalizado o convite e ali aceite formalmente, não pude estar presente, de contrário manifestar-me-ia face to face contra tal engajamento da Secção do PS de que fui fundador há 42 anos e o seu maior impulsionador durante quase sempre. Inclusive a notificação para essa reunião, por SMS, dizia que o tema era, muito genericamente, “Autárquicas”. Não poderia ir em qualquer circunstância, mas se soubesse do âmago, mandaria um texto escrito a expor a minha posição.

Foi feito um muito mau serviço à Secção com a escolha e o anúncio público do facto e, depois, a aceitação de uma fotografia batida com o convidado, com a Coordenadora da Secção e com a candidato do PS à Presidência da Câmara da Feira. Foi uma manifestação de ligeireza e de ausência de tarimba e perspicácia política. Como terá dito Séneca: “Errare humanum est, perseverare autem diabolicum”  (Errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico. Disse também Confúcio que “O homem aprende com os seus erros”.

Ao jeito de resposta ao anúncio da retirada do convite e do apoio do PS, o “desconvidado” pediu ou mandou escrever um texto / comunicado que não vai além de um chorrilho de ofensas às pessoas intervenientes, que não a mim, claro, que a mim não ofende quemquer. Direi que o “desconvidado” não sabe, nem teria que, mas o autor do comunicado sabe ou teria a obrigação de, que os Estatutos do PS dão à Concelhia e ao seu Presidente o poder de avocar o processo eleitoral e de vetar um candidato, ou todos da lista. E, pelos vistos, o Presidente da Concelhia, de quem nunca fui muito próximo, andou bem mais avisado do que os “escolhedores” do candidato e terá, de forma expedita, colhido informações que quem devia não curou de colher. Dizem-me que tanto no aspecto político, quanto no que toca à pessoalidade. Vetou, e fez muito bem. Uma decisão boa a anular uma outra, anterior e má. E quanto má…!

Um cidadão de S. Jorge telefonou-me tão logo viu a notícia na rede e perguntou se nós andávamos enlouquecidos ao que eu retorqui, de imediato, que fui tão apanhado de surpresa quanto o ele. Atirou que, a manter-se, promoveria uma lista independente alternativa, integrada, o mais possível por eleitores socialistas, ao que respondi que, se conseguisse que o partido não me sancionasse com suspensão, ou mesmo expulsão, ficaria disponível para integrar essa lista. Faria exposição circunstanciada à Vice-Secretária Geral a quem pediria autorização para o “desvio”.

Agora, tendo lavado, ou, pelo menos tentado, a cara e honra da Secção quero dizer ao autor do texto / comunicado que os elementos do PS que estiveram no processo não são nem “gente pouco séria”, nem “têm falta de ideias próprias”, nem são “ventríloquos e marionetas”, nem “um grupo de garotos”, nem tão pouco “um grupo de fantoches”. Só cometeram um erro que foi remediado a tempo e, assim, os epítetos de “sem ideias”, “ventríloquo e marionete”, de “gente pouco séria” (e quem o diz!), de “fantoche” são aqui e agora devolvidos à procedência, porque é nessa procedência que assentam como uma luva.

Se o processo cavou a sepultura, ver-se-á. O PS já travou muitas lutas eleitorais. Ganhou algumas vezes, perdeu outras, mas viveu e praticou a democracia. Disse uma vez Mário Soares que só é derrotado quem deixa de lutar. E, Senhor autor, havia um compromisso, mas NUNCA de honra. Lá se devolve mais o cognome de covarde. Que lhe assentará bem. Talvez.

Já agora lembrar uma expressão que é capaz de definir a ideologia do autor. “Já é altura do PS Caldas ser grande”. Faltou escrever “Outra vez”. O autor é, gostaria de ser ou apanhou algum tique verbal, um clone do Trumpismo.

José Pinto da Silva

Militante 2917

terça-feira, 6 de junho de 2017

TOURADAS SIM OU NÃO?


Começo com a declaração de interesses que se impõe, para evitar juízos injustos ou maldosos: Não sou aficionado da festa brava e fui SÓ duas vezes na vida, já longa, assistir ao espectáculo/tourada e, fui porque intervieram no evento duas personalidades da minha terra. Que prezo e de quem não conhecia a respectiva agilidade na faena. Posso dizer que gostei de ver e, sobretudo, apreciei o nível artístico, já digno de ser visto, dos dois meus conterrâneos e, porque não dizê-lo, não me senti constrangido ou condoído com a reacção das rezes lidadas ao serem picadas. Primeiro, fica, fora de dúvida, que o espectador tem o interesse e o olhar fixados nas performances do toureiro e do cavalo e depois entendo, suportado em escritos, acessíveis, de gente de ciência muito ligada à veterinária, que o touro, ao ser bandarilhado, reage, atacando, movido pela raiva, diria que, pela ofensa e não pela dor que, segundo conceituados técnicos, fica atenuada, ou até eliminada, por segregação de auto anestésico. (1) Não imaginando o que pensarão outros espectadores, o que mais impressiona é a manifestação clara de grande cansaço no fim da lide, no entrementes da preparação da pega de caras, com a língua de fora, claramente ofegante e babando-se. O certo é que, mesmo muito cansado, logo que sente os forcados e se apercebe do cite, ataca furiosamente o forcado da cara.
Todo este latim para aludir ao episódio do realiza-se ou não se realiza um espectáculo de tourada em determinado local do concelho da Feira, onde, de resto já se realizou há dois anos, salvo erro. A realização ou não realização foi objecto de notícias na imprensa e foi muito debatido nas redes sociais, com muitas trocas de mimos verbais, sobretudo por banda dos auto chamados defensores do bem-estar animal (imagino que um que outro até seja açougueiro).
Será preciso enfatizar que o espectáculo da Festa Brava é tutelado pelo Ministério da Cultura, classificado como “Artístico e Cultural”, e licenciado pela tutela. Logo, em termos de classificação será como um teatro ou um bailado. Goste-se, ou não, do espectáculo enquanto tal e da classificação atribuída.
Uma empresa de eventos, agendou para determinado local do concelho uma tourada e, como assim, muniu-se da licença do IGAC e, naturalmente requereu à Câmara Municipal a emissão de autorização para implantação no local eleito (terreno privado) da respectiva arena, por um espaço de tempo naturalmente curto – quiçá uma semana. Apesar de o Sr. Presidente da Câmara, e nessa qualidade, ter declarado ao JN “Se este país NÃO quer touradas, tem que alterar a lei. Está toda a gente contra a Câmara, mas a lei está do lado deles (promotores)”.
Pois apesar destas declarações, a Câmara usou expedientes dilatórios para impedir a realização e, por último, sacudindo a água do capote, alegou que a entidade promotora não requerera â CCDRN, entidade normalmente não interveniente, nomeadamente para a montagem de recinto para espectáculos de circo, montado, há dois ou três meses no mesmíssimo local. Hipocrisia pura, porque não houve a coragem de dizer, face to face, que dessem as voltas que entendessem, porque a Câmara, mesmo sabendo que estava a transgredir uma lei da República, não defiriria o requerimento. Pessoalmente só estranho a inconsequência do Sr. Presidente da Câmara que não foi capaz de impor a sua autoridade e ordenar que fosse dado cumprimento à lei. Direi mais. Não fora o facto de as autoridades coordenadoras do espectáculo taurino não fazerem a vistoria aos curros sem a autorização de ocupação do solo, a emitir pela Câmara, eu incitaria à desobediência civil e, se organizador, teria levado o espectáculo avante.
Sabe-se que a Câmara se está borrifando para processos judiciais, porque tem lá os advogados, funcionários ou avençados, e se perderem processos e forem condenados a indemnizar, é sempre o zé munícipe que pagará. Um dia haverão de ser os que tomam decisões ILEGAIS.
José Pinto da Silva

(1)  É evidente que há quem conteste