sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CESSEM MÉDICOS E CENTROS DE SAÚDE



Quem, por quaisquer razões, esteja retido em casa, o mais das vezes por questões de saúde (falta dela) fica quase constrangido a estar em frente do televisor. Vê tudo, o tempo todo, tendo como única fuga o telecomando, para fugir deste canal e atolar-se noutro a mostrar o que não queria ver no anterior. E o que vê e ouve? Deixando o setecentos e sessenta para outra nota, é o desgraçado do bicho do nosso ouvido fustigado com propaganda de uma série de substâncias, a que chamam, não remédios, porque o Infarmed lhes saltava em cima, mas suplementos (imagino que alimentares, ou suplementam o quê?), mas que por eles são aconselhados para minorar, ou mesmo curar uma porrada de maleitas que afectam, seja os ossos – até mostram em vídeo a fazer efeito no miolo da ossada – articulações, músculos, cérebro (memória), sistema nervoso, funcionamento intestinal e até mesmo para melhor performance sexual e pomadas que extirpam todos o tipo de comichões. A banha da cobra vendida, antigamente, nas feiras, fazendo bem a quase tudo, ficaria a léguas das mèzinhas de agora.
Através de um só número de telefone (2.. … ..5) poderemos (íamos) mandar vir cura para quase tudo. Mas, mesmo influenciando o miolo dos ossos, o sistema nervoso, o funcionamento intestinal e até a actividade sexual, não precisa de prescrição médica, nem de aconselhamento, nem quando deve começar ou interromper. Muito menos precisa de ir ao centro de saúde e menos ainda ao hospital. Bastará um simples telefonema e lá virá a cura e, se comprar dose em dobro até virá sem despesas de envio.
Para ver a seriedade proclamada, nomeadamente para convencimento de incautos, a quem comprar duas embalagens cederão determinadas prendas, seja em livros, em reforço da dose. E nem sequer pronunciam o valor do preço a cobrar. “Pelo módico preço que aparece no écran”. Fico a imaginar a situação de tantos homens, normalmente de idade já alta, quiçá lembrados de actividade intensa e bem sucedida com mulheres, por aí ou nos bordéis, agora com problemas naturais de menor elevação, mas também com debilidade do coração, a engolir pastilhas para atingirem um estádio que julgam ideal e acabam por ficar agarrados ao poste do prazer. E a quem atribuir, em primeira instância, a responsabilidade por tais “assassinatos”.
Sou verdadeiramente céptico quanto a estas promoções e vendas “só por telefone”, “não se vendem em farmácias” não se esquecem de anunciar.
Reparei que são propagandeadas três ou quatro marcas de cálcio para fortalecer ossos e articulações. Simulam entrevistas a potenciais consumidores e num perguntam a partir de que idade se deve tomar e vem a resposta a “informar” que, a partir dos 30 anos se começa a perder o cálcio, logo é aí que deve começar. Noutro, feita pergunta idêntica, é respondido que deve ser começado a tomar logo depois da menopausa. Um pedaço mais tarde, e, sem que o digam, deve destinar-se só a mulheres.
Também o que me choca é ver certas figuras da apresentação televisiva a fazerem a venda desses produtos, sem pestanejar e com spots dentro dos programas que apresentam. Gente que eu julgava com estatuto para poderem dizer aos “patrões” que, para essas cenas, chamassem caloiros.
As Ordens dos Farmacêuticos e dos Enfermeiros apresentaram reclamação e questionaram a legitimidade da propaganda e, qualquer efeito benéfico para a saúde. Como resposta, passou a ser feita uma campanha publicitária de tal modo massiva, que enoja e utilizando figuras públicas que “já usam o produto há muitos anos” e a isso devem todos os sucessos da vida.
E o Ministério da Saúde e o Infarmed não entenderão que algo perigoso para a saúde pública poderá estar a ocorrer?
   

 José Pinto da Silva 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SOBREPOSSE DE CAMAS HOTELEIRAS


Leu-se, faz algum tempo, artigo de opinião económica a focar a fileira do turismo em Portugal e incidia na notícia de que, só em Lisboa, iriam ser inauguradas 23 unidades hoteleiras até final de 2015. E falava de mais umas quantas previstas para o Porto, o destino que mais tem crescido na oferta de dormidas das diversas modalidades de recepção e acomodação de turistas, o que prenunciaria sobreposse de oferta, com as inevitáveis consequências nefastas por crise de excesso.
Isto traz-nos à tona a prevista / anunciada / contratada / aprovada construção de um hotel em Caldas de S. Jorge. De referir que o facto de haver, eventualmente, excesso de oferta global de camas, não quer dizer que, num ou noutro destino não faça sentido algum acrescento de oferta.
O contrato de tomada do terreno (para o previsto hotel em frente das Termas) previa que o início da construção ocorreria, o mais tardar, dentro de 3 anos, com um ano para apresentação do projecto base. Prazos cumpridos, pois até, ao que veio na comunicação social concelhia, os projectos de especialidades foram apresentados e já aprovados. Faltará saber se todo o processo teve a apreciação normal, ou se houve influência positiva da poderosíssima pressão do presidente da Junta, já que disse reiteradamente ser a ajuda no processo de licenciamento do hotel um dos seus prioritários objectivos.
Relativamente à viabilidade económica do investimento (foi falado em algo mais do que 4 milhões de euros), não haverá dúvida de que o investidor, para decidir mandar-se para a construção de um hotel de quatro estrelas, e sendo experiente no sector, ter-se-á munido de estudo económico detalhado que lhe tenha perspectivado retorno do investimento em prazo aceitável e lhe traga, depois, rentabilidade para o capital investido. A menos que, ao que às vezes dizem viperinas línguas, o investimento venha a ser subsidiado em valores avultados.
Aí por Março de 2015, o “Terras” inseriu uma nota de roda pé aludindo declarações do investidor, a chamar a atenção para o facto de o projecto apresentado, e entretanto aprovado, implicar um ajustamento da área cedida pelo município. Induz a pensar-se que o terreno é que teve que se adaptar ao projecto, ao invés de o projecto ser desenhado em função do terreno disponível. E pergunta-se: Vai haver cedência de mais terreno? Que percentagem do terreno adquirido em hasta pública? Ao mesmo preço (cerca de € 1 / m2)? E como é que a Câmara aprovou um projecto que, para ser implantado, teve que invadir terreno contíguo?
Numa das últimas reuniões da Assembleia de Freguesia foi levantada a questão do acesso ao empreendimento e foi dito pelo presidente da Junta que o acesso seria pela saída da rua do Alto do Monte a confluir com a rua António H. Ribeiro. A assim ser, é uma certeza que a Fabruíma e a casa contígua a nascente, ou, pelo menos, parte delas, será demolida. Se é verdade a informação – dada a origem nunca se sabe quando é verdade ou trapaça – falta saber se o custo da aquisição será da responsabilidade da Câmara, ou se do investidor. De certeza que a ter algo de verdade, a intervenção tem de ir até às ruínas da cromagem, 50/60 metros mais a sul. O investidor, quando decidiu construir e concorreu ao terreno, tinha já sido informado de que haveria intervenção obrigatória naqueles imóveis em ruínas? E intervenção às custas de quem?
 Não será nada mau. Quer o investimento em si, quer a requalificação daqueles imóveis. Preciso é ser-se informado. Estão em causa, possivelmente, bastantes dinheiros públicos.


José Pinto da Silva               

FERIADO MUNICIPAL



Sem que a ideia tenha sido por mim gerada não me sentiria diminuído se fosse o autor nasceu há dois anos, num bota fora de conversa em tertúlia, a sugestão de que o FERIADO  MUNICIPAL deixasse de o ser, passando cada freguesia a determinar o seu dia de paragem. Que haveria de ficar com o estatuto de um feriado como é o do municipal.
Fácil é constatar que o feriado municipal não significa um dia de paragem do labor no território do município, mas tão só um dia que é pago a quem trabalho por conta de outrem, sendo que muita da actividade produtiva se mantém nesse dia, recebendo o trabalhador em dobro, ou sendo o descanso transferido para outro dia a estabelecer (quantos, em quantas terras, trabalham no feriado da Sexta Feira Santa, para folgarem na segunda feira de Páscoa?), ou até sendo acrescentado aos dias a gozar de férias?
Fora de causa retirar a remuneração desse dia sem trabalho, mas transferir a paragem para dia a adequar por cada freguesia, que bem poderia ser o dia do orago de cada qual.
No que a Caldas de S. Jorge respeita, sem que tenha sido feita qualquer consulta concreta, é
convencimento alargado de que o dia 23 de Abril diria muito mais à população do que o dia das Fogaceiras.
Tempo houve em que a fogaça se ligava ao 20 de Janeiro. Agora a fogaça é cozida quase diariamente em tudo quanto é padaria, pelo que deixou, em absoluto, de se ligar ao milagre da extinção da peste. Passou a ser um produto industrial condicionado na sua composição (receita), para ser considerada como produto certificado, sendo que, diz-se, algumas receitas locais serão bem mais generosas e gostosas do que a receita padronizada. Quem se não lembra e quem não pede ainda uma fogaça das Magalhães? Que é mais saborosa e mais fofa, menos esticadiça do que a da receita padrão. 
Tive o gosto, com que satisfação, de ser agraciado com uma fogaça cozida em forno caseiro, por senhora que trabalhos uma vida numa conhecida regueifeira do clã Magalhães. E concluo que cesse a receita certificada, porque outra, mais antiga, merece ser alevantada.
É claro que o dia 20 de Janeiro é dia de grande romaria na freguesia de S. Sebastião (ou S. Nicolau?), a que se dá grande pompa, ou não fosse organizada e suportada pela Feira Viva, empresa municipal, e que atrai muita gente, quiçá de fora da área do município, até porque de festividade com nota tem a procissão das Fogaceiras, algo vistosa, mas pouco diferente de uns anos para os outros. É uma festa da freguesia de S. Sebastião, como temos, em ponto mais pequeno, porque com menos meios, a Senhora da Piedade, em Canedo. E porque organizada por instâncias municipais, estas usam a sua influência para a divulgação nos diversos suportes divulgadores, sobretudo a televisão, sobressaindo-se aí a RTP.
A ideia não vai cair em saco furado. Feriado freguesial.


José Pinto da Silva

sábado, 16 de janeiro de 2016

DE NOVO NA CHEIA GRANDE - 1954














Quis o acaso que acedesse a uma copiosa série de bandas informativas (reproduzo uma) tituladas “Bacias Hidrográficas do Concelho de S M Feira) e, com a generosa complacência da Direcção do “Terras”, folheei dezenas de edições do jornal para ver alguns dos conteúdos. Ignorei as bacias voltadas ao litoral, para olhar para as que drenam para a vertente do Douro.
O que logo me chamou a atenção foi a mentira exposta ao reiterar que “a pior cheia verificou-se em 2001” (1), mentira justificada, já que o(a) autor(a) do trabalho – não imagino quem foi – se suportou nos dados fornecidos pela Câmara e pelos seus técnicos (?). Insistem esses soi disants técnicos em ignorar a cheia de 1954 que leva a de 2001 para o classificativo de “pequena enchente”. Abaixo faculto um novo dado para galgação e para evidenciar a “galga” que os tais “técnicos” insistem em atirar ao público. Nas consultas que (não) fizeram, por que razão ignoraram o Sr. Salvador Soares Silva. Se não quiserem ouvir o esclarecimento dele, consultem o livro de sua autoria titulado ‘’ FIÃES. TEXTOS INSERTOS SÉCULO XX E CURIOSIDADES DO RIO “ÀS AVESSAS” nas pag. 240/1/2. Pelo que ocorreu em Fiães, no rio Às Avessas, e porque a tromba de água atingiu toda a região, fácil deduzir o que se passou em S. Jorge e Lobão e nas terras banhadas pelo Uíma. Curioso é que nem os “técnicos” nem o autor das “Bacias Hidrográficas…” não tenham feito qualquer referência aos dois afluentes do Uíma a desaguar em S. Jorge – nunca terão neles ouvido falar? – e que são a Ribeira da Fonte Fria (informem-se dos estragos feitos pela tromba de água de 1954 sobretudo na Ribes) e a Ribeira das Éguas). No trabalho a que se alude diz que, além das achegas da Câmara e dos seus técnicos foram ouvidos moradores e recordo que a já glosada “Informação Técnica” escrita por “técnico(?)” tem anexo um depoimento de um ‘’morador’’ que não era nascido em 1954. E não falo nas tolices na depoência. Logo …!
No último escrito sobre o tema e inserto no “Terras” exibi uma foto do moinho da Ti Arminda e dei a cota atingida pela água naquele ponto para galgação para o moinho do Zé Moleiro. Agora mostro este moinho a contrastar com a Casa dos Caldas (ao tempo conhecida como a Casa da Ti Aurora – mãe dos Caldas). Na parte central da casa vêem-se duas placas semi-transparentes (em frente das duas últimas janelas da Fabruíma) e tem um ponto luminoso – o globo de um candeeiro. Pois a água, na cheia de 1954, chegou à altura daquele ponto luminoso. Não fui medir e deixo aos técnicos camarários a galgação daquele ponto para o cume do moinho.
Se sustiverem alguma dúvida, estão, felizmente, vivas três ou quatro pessoas das que viviam naquela casa inundada em 1954. Inquiram-nas. Foi o que fiz. Há poucos dias.
Gostaria muito de conhecer o(a) autor(a) daquele trabalho – trata-se de muitas dezenas de fotogramas das Bacias Hidrográficas e houve muitas que não visualizei – e de com ele(a) trocar impressões sobre o tema “CHEIAS NO RIO UÍMA” e, se assim entendido, ouvir pessoas que, em 1954, eram jovens ou mesmo adultos e que viveram aquele “espectáculo”.

José Pinto da Silva
(1) Esta expressão aparece em muitos
      dos fotogramas

EXERCÍCIO ESPECULATIVO. OU NÃO!



Imagine-se um titular, quase dono, de uma empresa pequena, mas com algum relevo. Funcionava, mas, por questões administrativo / financeiras, foi determinado pelo tutelador que a empresa iria ser extinta, para se juntar a outra, formada pela extinta mais outra do mesmo ramo. Para potenciar sinergias. Justificaram. Então e o que era quase dono, que destino? Até poderia acontecer que ficasse a gerente da nova firma que se iria constituir. Maior e a lidar com mais meios. Ficava dependente de alguns imponderáveis, mas era possível. Quem saberia?
A vida tinha de continuar e o gestor tinha que dar nas vistas a ver se ficava quase dono de duas em uma. Pensou numa linha de estacaria ao redor da firma e, sem pedir orçamentos para procurar as melhores condições, encomenda a estacaria, fabricada e posta in situ. Tinha que estar tudo pronto uns dias antes da extinção da empresa e da nomeação do gerente da nova firma. Aquilo dava alguns milhares de euros, mas depois se veria.
Obra executada com a celeridade pedida, quer na fabricação quer na colocação e, logo depois da designação do gerente, o mesmo quase dono, é dada instrução para que mantivesse a factura em stan by e que mais lá para diante daria as suas instruções de como e a quem. Não devem ter ido emitidas nem guias de transporte nem guias de remessa, ou tiveram de ser atiradas ao fogo consumidor.
No fim do ano (ocorreu pouco depois) a primeira empresa (tinha um nif 502 …..000 (suposto) não apresentou no balanço a verba nas débitos a fornecedores e soube-se por linhas travessas que não tinha saído da firma qualquer verba para pagamento.
O que imediatamente ficou na imaginação foi que o quase dono iria mandar facturar em firma “duas em uma” que tinha um nif totalmente novo (510….999 (suposto), ficando válido o dito do povo “uns comem os figos e a outros rebenta a boca”. A firma que se associou não tinha nada a ver com a estacaria, não usufruiu de nada e foi suportar o custo do benefício da outra, só porque o gerente, quase dono, assim determinou.
Chegou a andar no ar a dúvida sobre alguma outra forma de dar a volta ao texto, mas o gerente, quase dono, acabou por descair e dizer que fora tudo facturado em nome da nova firma. E parece que, mesmo sendo material e mão-de-obra (produção e aplicação) fornecido num ano, a liquidação de IVA aconteceu no seguinte, bem como o pagamento ao fornecedor. Que foi ressarcido, como não podia deixar de ser. Era o com menos culpa no cartório.
Só que, se calhar, aconteceu aqui uma ilegalidade fiscal. Ou talvez não…! Se perguntarmos às autoridades tutelares sentimos a frustração de não ligarem a ponta de um chavelho. Se decidirem responder, fazem-nos dois ou três anos depois. 

José Pinto da Silva



sábado, 9 de janeiro de 2016

SAÚDO A MINHA MÃE


Não poderia deixar passar este dia sem te dizer, Mãe, que, mesmo tendo passado quatro anos depois que nos deixaste, sem te deixar uma palavra carinhosa e te pedir a tua bênção. Foi de propósito que incluí esta foto em que estás rodeada dos bisnetos que tinhas na altura. Agora já tens mais três. Mantém-te sempre por perto porque queremos falar contigo e gostamos de falar baixinho. Não precisaria de te dizer, que o sabes. Não nos habituámos ainda à tua ausência. Abraço-te, Mãe.

                                                                   MÂE

Que desgraça aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura
 Assim tu me pareces no teu leito,
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti - não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes 
Por detrás do terror deste vazio.

MÃE:

Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
(Miguel Torga)

José Pinto da Silva 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

CRUZEIRO DO ARRAIAL, DATADO DE 1660

Já tem sido chamada a atenção para a não reposição, passadas tantas semanas, do cruzeiro implantado no arraial, quase em frente à porta do fundo da Igreja. 
Ao lado esquerdo desta base está a tília que foi decepada (eles dizem podada) e deverá ter sido um ramo bastante grosso que foi cortado e, imagino, terá sido o que partiu o cruzeiro.
Alguém tem de assumir a responsabilidade (se foi uma empresa contratada para "estragar" as árvores, será essa empresa que terá de assumir a responsabilidade. Se foram os "técnicos" da Câmara será esta a responder. Se nenhuma das duas, a responsabilidade é da Junta de Freguesia, cujo presidente deveria já ter feito pública alguma justificação e anunciar quando acha que o cruzeiro ficará reposto.

José Pinto da Silva

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O CRUZEIRO DO ARRAIAL


No sopé daquele cruzeiro está bem visível a data 1660. Significa que representa bastante da história da nossa terra. Já houve mais do que tempo para repor o monumento no seu sítio. Não se sabe em que grau de destruição ficou a parte que caiu. O ideal seria que salvasse a própria pedra que, se pouco partida, poderia ser colada.
Há que exigir a quem foi responsável pelo acidente que reponha de imediato o cruzeiro no local. Dizem-me que foi um ramo de tília, a quando da operação a que chamaram e chamam PODA daquelas árvores. Logo, eu última análise, responsável é a Junta de freguesia.

José Pinto da Silva

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016


IMBECILIDADE? OU MESMO CANALHICE?

        Em Pigeiros, freguesia ajuntada a Caldas de S. Jorge, foi construído, para vários usos, um edifício que veio quase como contrapartida para a dádiva do espólio documental do Padre Domingos Azevedo. Em determinada reunião de Assembleia de Freguesia, da União das duas freguesias, depois de algum debate disputado, ficou deliberado, em votação secreta, que aquele edifício ficasse designado como CENTRO CÍVICO FELICIANO MARTINS PEREIRA, designação que fez vencimento em confronto com a designação de agrado do presidente da autarquia e que era "Centro Cívico de Pigeiros". A partir desta deliberação votada, competiria aos órgãos da União de Freguesias (Assembleia e Executivo), sobretudo ao executivo, exactamente porque é a ele que cabe executar as deliberações da Assembleia, identificar o edifício com o nome aprovado, fixando na frontaria uma placa condigna e comunicando a todos os organismos locais, regionais ou nacionais com quem houvesse de se relacionar tal deliberação, sabendo-se que naquele local se realizariam vários actos públicos, nomeadamente o Acto Eleitoral. 
         Tudo isso, se as pessoas que se submeteram a votos e tendo vencido, tivessem de democracia o mínimo conceito. Como para eles só se faz democracia fazendo-se o que lhes faz agrado, tratam a dita democracia ao pontapé, para não dizer ao coice, mesmo sendo bípedes, mas focinhados.
Como se sabe, os cidadãos foram insistentemente instigados a, via SMS, contactarem a CNE para serem informados do seu número de eleitor e local de votação. E foi assim que um cidadão a residir em Pigeiros me pediu para o ajudar a colher a informação, já que se não lembrava do seu número de eleitor. Cumprida a formalidade (RE nº.c cidadão anomêsdia), alguns segundos depois lá veio a resposta: nome completo, eleitor nº......, local de votação: CENTRO CÍVICO DE PIGEIROS.
Aqui fica a inequívoca demonstração que quem lidera o executivo em referência, tem da democracia, das deliberações do órgão maior da autarquia, o entendimento da bola dos miúdos: se está a perder, o dono da bola pega nela e diz que acabou o jogo. "A bola é minha, joga quem eu quiser e quando eu quiser".
       Já não de agora que atitudes prepotentes, anti democráticas, ilegais, são tomadas por este presidente de Junta, atitudes, denunciadas umas, caladas muitas outras, sendo que as denunciadas não tiveram a resposta que é devida, ao abrigo da lei que nos rege, a quantos reclamem ou denunciem.
Este caso vai ser denunciado à Comissão Nacional de Eleições (CNE) com envio da Acta onde se evidencia o nome do local onde decorreu no dia 4 de Outubro de 2015 o acto eleitoral. E que este organismo faça lembrar ao executivo da União de Freguesias Caldas de S. Jorge / Pigeiros que a democracia se pratica com o miolo da cabeça (se o houver) e não à cabeçada ou ao coice.

José Pinto da Silva