domingo, 28 de fevereiro de 2010

Aterro Sanitário.... e.... Presidenciais

ATERRO SANITÁRIO

Vem no JN de hoje a notícia de que a empresa (SULDOURO) anunciou que os locais mais adequados para instalá-lo (o aterro) ficam nas freguesias de CANEDO e CALDAS DE S. JORGE/PIGEIROS. E diz a notícia que irão ser feitos os estudos de impacte ambiental a ambos os locais designados.
Passando os olhos pela fronteira S. Jorge/Pigeiros, o único local possível será o que fica depois da instalação do PERM, na quinta da Lage.
Claro que só o PERM era pouco para criar problemas. Faltaria que ali metessem o aterro. Como as sucatas poderiam não mandar poluição directa para o Rio Uima, com o aterro ficaria quase garantida a “tramparia”.
Claro que fico com a convicção que a indicação desta zona é um “lança poeira”, porque há muito ouvi que a decisão de ser instalado na Sobreda/Canedo estaria tomada há anos e que não haveria volta a dar. Mas … às vezes o diabo tece-as.
Sabe-se que houve ontem, em Gaia, uma reunião promovida pela empresa para serem transmitidas informações e se debater o caso. A Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge terá sido convocada, por certo. Não se fez representar, segundo me garantiram. O que é muito lamentável. A menos que se esteja já na fase do “estamo-nos marimbando”.
Insto a Assembleia de Freguesia a que requeira ao Senhor Presidente da Mesa a convocação imediata de uma Reunião extraordinária para que este assunto seja debatido e se OBRIGUE o Presidente da Junta a dar informações sobre, pelo menos, o que pensa sobre a hipótese. Ou estará como com o PERM? Para requerer a Reunião chegam 3 assinaturas, mas seria bonito que fosse um requerimento assinado por 9. Fica a sugestão.

PRESIDENCIAIS
Há dias o Dr. Fernando Nobre, fundador e ainda Presidente da AMI, anunciou a sua candidatura à Presidência da República. Direi que folgo muito com tal aparecimento, porque parece que tudo se posiciona para que o PS venha a declarar apoio a Manuel Alegre (o convite feito para que acompanhe a Primeiro-Ministro na viagem oficial a Moçambique é capaz de levar água no bico) e, se assim for, já tenho em quem votar sem precisão de anular o meu voto. Mas ainda me resta a esperança de que o Partido Socialista apresente um candidato diferente, ou até, face às três já disponíveis, declare não apoiar nenhum dos três e aconselhar que cada qual escolha o que melhor entenda. Não será nada provável esta hipótese última, mas …às vezes…!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Eleições para a Concelhia do PS da Feira

Ao que parece, aparecerão duas listas a candidatarem-se à Comissão Política Concelhia do PS da Feira. Uma protagonizada pelo Senhor Alcides Branco, que se re-candidata ao cargo que ainda exerce. Como performance justificadora da re-candidatura estará o facto de ter, ao que diz um prospecto distribuído, obtido o melhor resultado de sempre nas últimas eleições autárquicas em que foi cabeça da lista para a Câmara Municipal. Eu diria que foi uma vitória de Pirro, ainda que tenha sido obtido um resultado, para mim, inesperado. Mas o certo foi que obteve os 5 mandatos para a Câmara e, ao que diz e não fui confirmar, conseguiu-se mais alguns mandatos nas Assembleias de Freguesia. Tal se terá ficado a dever a uma campanha bastante vistosa, nomeadamente na última semana e também ao facto de os partidos da extrema-esquerda, nomeadamente o BE, não terem saído do seu sítio. E isso foi bom. Na prática, tudo ficou na mesma. Entraram quatro novos vereadores. Mas no aspecto político (Comissão Política) acho, francamente, que nada foi feito. Ainda se foi esperando que fosse resolvido o problema de Sede Concelhia, prometida, com projecto e tudo, na campanha de 2008. Deu branco.
A outra será encabeçada pelo Advogado RUI FERREIRA, que foi Vereador no mandato anterior. Não promete comprar nenhuma Sede, porque, diz ele, não tem cum quibus e diz que também não vai prometer um computador para cada Secção, porque continua sem cum quibus. E também as secções não teriam onde os instalar, porque não dispõem de sedes. Garante que, se sair vencedor desta eleição, durante todo o mandato se vai discutir assuntos de política local, regional e nacional. Que apelará a todos que aportem achegas para discussão.
Convencido de que assim vai ser, e porque este ainda não teve oportunidade de não cumprir o prometido, DECIDI, dar-lhe o meu apoio e será nele que votarei. E, claro, incitarei quem possa a seguir-me.
No que respeita à Secção de Caldas de S. Jorge, ainda não é claro se haverá candidatura de alguém e, a haver, quem se proporá para coordenador. Não há muitos dias para que tenha que ser tomada a decisão.

José Pinto da Silva

Convicção

Toda a gente ficou curiosa de ouvir o que diriam os convocados para prestação de declarações na Comissão Parlamentar de Ética (integra esta Comissão o Deputado Vítor Fontes), tendo os holofotes sido orientados para dois ou três dos declarantes.
Aquele de quem se esperavam declarações absolutamente bombásticas, probatórias de todas as maldades contra a liberdade de expressão em Portugal perpetradas por este governo e, sobretudo pelo primeiro-ministro – e dizem tamanha barbaridade depois de, em todos os écrans televisivos terem tido a liberdade de vomitar todo o tipo de patranhas – o mais esperado era então o Senhor Mário Crespo que terá sido vítima dessas maldades todas. E foi dizer tudo isso às televisões que parece terem deixado um interlúdio para ele desancar em todos de quem não gosta. Correu-lhe mal, porque, apesar de se auto julgar um fora de série, não estudou a lição e meteu água por todos os tubos. Até, apalhaçadamente, exibiu uma camiseta com uma inscrição e que, visto isso, lhe serve de pijama. Acabou, depois, por ser desmascarado, porque ele sim, tentou todo o tipo de pressões junto do governo da época para ficar na América como correspondente da RTP e pediu, qual aguado, que o não submetessem a processo disciplinar. A partir daí, tudo o que cheire a partido socialista é para neutralizar com o seu próprio cheiro a cloaca.
Outra expectativa era para uma fulana que tem de apelido o diminutivo do que é de verdade. E, além das barbaridades da ameaça de limitação, quase extinção, da liberdade de expressão, disse com todas as letras que publicara as acusações mais espúrias contra o governo e sobretudo contra José Sócrates, porque era essa a sua CONVICÇÃO. Não conseguiu prova de porra nenhuma, mas como era a sua CONVICÇÃO, borrou o papel do jornal com uma data de bestialidades indizíveis. Mesmo com a tal liberdade de expressão coarctada. Olhe-se se a liberdade fosse mesmo livre.
E o mesmo governo, tão mau, tão mau, mas por certo tão rico tão rico, propunha-se, para dominar a comunicação social,
influenciar a compra da TVI, da CONTROLINVEST (JN, DN, 24 HORAS, SPORT TV, etc.), a COFINA (Correio da Manhã e revistas associadas) e o PÙBLICO. Faltou dizer que quereria condicionar a SONAE.
E, lamentou-se, que alguém, claro que com o patrocínio do governo, lançou uma campanha sórdida contra ela, insinuando que se teria deitado com polícias, magistrados e muito mais. Para ela é uma campanha sórdida, o que ela faz aos outros são mimos e procura da verdade. Só faltará acrescentar que, a ser verdade, polícias e magistrados não têm lá grande gosto. Falta dizer que a fulana em questão assina como Felícia Cabrita.
José Pinto da Silva

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Docente Universitária

Tive a gratificante oportunidade de hoje mesmo ter tomado conhecimento de que a nossa conterrânea TERESA VIEIRA DA SILVA deixou a Docência no Secundário para passar ao
Ensino Superior, estando a leccionar na UTAD (Universidade de Trás Os Montes e Alto Douro, estando também a preparar-se para o Doutoramento.
Quero, muito efusivamente apresentar-lhe, em letra de forma, os meus parabéns, augurando-lhe um successfull futuro nesta área que é a que a entusiasma. Extendo as felicitações a seus pais
que a idolatram e que se sentem "babados" com o seu êxito.
A ela, que crescendo engrandece a sua terra, de novo as minhas saudações.

José Pinto da Silva

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vitor Constâncio

Será curial rectificar dois pontos do post de ontem com este mesmo título.
1) O cargo para que foi escolhido não é vice-Governador do BCE, mas vice-Presidente. A
terminologia "Governador" não é a usada no BCE.
2) Foi escolhido não pelos Ministros das Finanças da UE, mas sim pelos 16 ministros das
Finanças do Euro Grupo.

José Pinto da Silva

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vitor Constâncio

Foi noticiado já ao fim da tarde de hoje que o português Vitor Constâncio foi eleito pelos Ministros das Finanças da União Europeia para Vice-Governador do Banco Central Europeu, cargo a que se candidataram outros ilustres economistas europeus.
Recordemo-nos como foi vilipendiado, insultado mesmo por alguns dos pigmeus da política
do bota abaixo e, ironia do destino, irá ficar com o pelouro da SUPERVISÃO. Não por éssa porta que os tais pigmeus o atacaram até ao insulto? Será que os ministros europeus não sabem o tipo de trabalho que ele desenvolveu cá em Portugal? Quem se não lebra de uma expressão muito repetida no inquérito parlamentar em que o judiaram? Supervisão Macro-Prudencial. Será a sua função no Banco Central da União.

O PERCURSO DE VITOR CONSTÂNCIO

Vítor Constâncio, 66 anos, licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Foi eleito Secretário-Geral do Partido Socialista em 1986, cargo em que se manteve até 1989, dois anos após Cavaco Silva ter conquistado a primeira maioria absoluta. Nesse mesmo ano, Jorge Sampaio substitui Constâncio como secretário-geral do PS. Antes de assumir o cargo de secretário-geral do PS, em 1986, Constâncio desempenhou durante um ano o cargo de Governador do Banco de Portugal, cargo a que voltaria em 2000 para substituir António José de Sousa, que esteve no banco central entre Junho de 1994 e Fevereiro de 2000.Entre 1995 e 2000, Constâncio desempenhou funções no sector privado como administrador do Banco Português de Investimento e da EDP.

Diversos

LISTAR DÍVIDAS
Anda no ar a suspeição de que a Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge continua a ter no seu rol diversos credores que lhe vão roendo os calcanhares. Claro que se fala com mais insistência na dívida ao empreiteiro que construiu aos sanitários na Sé. Mesmo em sede de Assembleia de Freguesia não se ouviu fazer a pergunta sobre esta matéria, apesar de ser quase certa a não resposta. Eu, se fosse membro eleito, mesmo fora da Assembleia, faria um requerimento ao Senhor Presidente da Mesa da Assembleia a solicitar que fosse exigida ao Presidente da Junta a apresentação de lista de credores particulares e respectivos valores.
SERÁ VERDADE?
No post anterior falei do possível caso de pessoa que foi aconselhada a deixar o emprego, porque auferiria mais no Rendimento Mínimo. Já depois da publicação foi-me deixado cair que, tratando-se do mesmo indivíduo, ele agora está a trabalhar no estrangeiro e, do mesmo modo a beneficiar do mesmo R.M. Se assim for, é cá uma mina!
ENGº. GUTERRES
Sempre tive por esta figura da política portuguesa uma grande admiração. Porque foi um tribuno parlamentar de primeira água e que ponho em comparação com o Engº. Amaro da Costa. Foi Secretário-Geral do PS e foi Presidente da Internacional Socialista, tendo sido o único português a ser guindado a tão importante cargo de representação política. Foi primeiro-ministro em duas legislaturas, tendo pedido a demissão na segunda, no seguimento de uma muito pesada derrota eleitoral nas autárquicas de 2001, derrota que se seguiu a uma deterioração da economia desde o início desse ano (2001), encarecimento brutal do petróleo, sem que permitisse que o preço dos combustíveis fosse actualizado e que culminou com a crise advinda do ataque às Torres Gémeas em Nova Iorque.
Mas Guterres deixou o cargo de primeiro-ministro para ir assumir o seu lugar no Instituto de Participações do Estado a cujo quadro pertencia e, quando o governo seguinte decidiu extinguir esse Instituto, prescindiu da indemnização a que tinha direito. Durante algum tempo andou a dar aulas de matemática em bairros pobres da periferia de Lisboa. Bem diferente foi a saída de Durão Barroso que abandonou o cargo de primeiro-ministro exclusivamente porque preferiu ir para a fofa cadeira de Bruxelas, não deixando de ser honroso para Portugal ele ter sido escolhido para Presidente da Comissão. E lucrativo para ele. Diferente também a posição do Paulo Rangel que se vai candidatar a Presidente do PSD, mas deixa em stand by o seu posto de deputado europeu que só largará, se for o escolhido. E tinha dito há 8 dias que não poderia defraudar o voto do povo que o elegeu e fez dele deputado europeu. Memória curta. Por certo que o PSD não vai escolher para seu líder um trauliteiro como o Dr. Rangel que, além de ainda mal ter entrado no partido, tem da democracia um conceito muito caudilhento. E sem falar na deslealdade que terá tido para com o, até então, amigo do peito, José Pedro Aguiar Branco e que este não pôde deixar de reconhecer e lamentar.
Bom. O Engº. Guterres foi há cinco anos escolhido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU) para Presidente da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), cargo que foi renovado para segundo mandato. Face à atitude dos outros, maior a admiração e respeito pelo António Guterres. Nove cidadãos de cá têm consigo um diploma dos 25 anos ininterruptos de inscrição no PS, assinado por António Guterres, na altura Secretário-Geral do PS. Eu sinto-me muito honrado de o ter.
SIMBOLOS NACIONAIS
O Governo francês tem vindo a fazer uma grande campanha para divulgação junto das escolas, e desde os primeiros bancos, dos principais símbolos representativos do país. Hino, bandeira, etc. Quão útil seria que, também por cá, e desde o dealbar dos primeiros ensinamentos, fossem transmitidos às nossas crianças a letra e música do hino nacional, o significado das cores e inscrições na bandeira, além da transmissão do respeito por esses símbolos. Não no sentido de patrioteirismo rasteiro (países há – e sabe-se que tipo de regimes por aí imperam – onde a figura do caudilho aparece em tudo o que é praça, edifício ou jardim em cartazes ou estátuas, num verdadeiro culto da personalidade) Quero referir-me só aos símbolos. Ainda que o representante máximo da nação (Presidente da República) deva merecer o respeito devido pelo que representa, tenhamos, ou não, muita simpatia pela personalidade.

José Pinto da Silva

Ser a Favor

FAVOR vs CONTRA 15 Fev. 2010

Aparecem sempre por todo o lado, e por cá também, alguns auto-considerados ilustres que se arrogam da propriedade do exclusivo do bem-querer à sua terra e ao seu crescimento/desenvolvimento e consideram, expressando-o muitas vezes, sempre sob anonimato, porque têm vergonha de si mesmos e não têm cara para enfrentar qualquer contraditório e acham até, no seu parco e parvo entendimento, que qualquer crítica a qualquer facto ou iniciativa significa ser contra, significa obstaculizar tudo o que de bem e bom se tente fazer na terra.
Acontece que eu sou um habitualmente visado e muito do que se vai desenvolvendo na envolvente do parque, seja a esplanada, seja também o novo edifício do Bar/Ilha é motivo para me zurzirem.
Nunca vezes nunca tive qualquer gesto contra o que quer que seja. Só que não posso aturar que, por inércia ou por motu, se transgrida ou se permita a transgressão das normas mais elementares e flagrantes da legalidade, seja na edificação urbana, seja na autorização sub-reptícia e não legalizada de qualquer evento ou instalação, deixando crescer a convicção de que se faz ou deixa fazer por serdes vós senhores quem sois.
Se, porventura, um qualquer investidor, público ou privado, pré-anunciasse um investimento de algumas dezenas de milhões de euros para instalação de uma grande oficina de lapidação de diamantes, actividade não poluente, ocupadora de basta mão-de-obra de alta qualificação e portadora de grande acréscimo de valor, todos lhe dariam as boas vindas, fosse ele, ou não, originário de cá.
Mas, se ao apresentar formalmente o projecto em concreto impusesse que a implantação fosse no parque das Termas, de certeza que a generalidade das pessoas se poria contra, mesmo que alguns vociferassem aqui d’el rei que há quem não aprecie o desenvolvimento e progresso da nossa terra. Se, por absurdo, tal fosse possível, e, por ex., a Câmara, com olho exclusivamente economicista, desse luz verde e forçasse parecer favorável dos organismos tutelares, eu haveria de protestar enquanto me não doesse a voz.
Quanto ao edifício do Ilha, será claro que não tenho nada contra o investimento, nem contra o local. Mas fica aqui dito que não posso aceitar que um instituto público com a responsabilidade da Administração da Região Hidráulica do Norte (ARH-N) tente fundamentar um parecer com uma mentira histórica. Dizer que “o acesso se situa acima da cota da maior cheia conhecida para o local” é passar a letra em documento oficial uma mentira que qualquer iniciado não diria sem se informar primeiro. Evidente que eu próprio, assinando e dando o endereço correcto, escrevi à ARH-N, com cópia para a CCDR-N a perguntar onde foram catar semelhante asneira. Na carta fiz menção da cheia de 1954 que passou por cima do muro do parque, fez da ribeira um enorme lago, cobriu o moinho e ia levando no turbilhão um, na altura jovem, que estava exactamente em cima do muro do parque. E, se me não responderem em tempo útil, invocarei o CPA (Código do Procedimento Administrativo) que obriga à resposta a qualquer pedido de esclarecimento. E também haverei de inquirir se a Direcção de Hidrologia e Minas não terá de ser chamada a dar parecer. A outras construções, num raio de cerca de 1 KM, a partir das Termas, tem sido exigida a intervenção da DGHM. E, entendo eu, não é justo haver uns munícipes de primeira e outros de segunda. Uns filhos da mãe e outros … de pai incógnito.
Um munícipe que precise de fazer um acrescento de um quarto e uma casa de banho na residência, ou se submete às burocracias de desenhador, serviços, visitas seguidas de fiscais (às vezes com intenções dúbias) e fica depois sujeito às variações de IMI, ou arrisca e escolhe um empreiteiro ladino e bem equipado e faz as coisas de forma rápida e o mais possível fora de horas, até de noite e a coisa pode passar, mas sempre com o coração nas mãos. Outros há que fazem tudo às claras e sempre sem a preocupação de ter ou não licença. Os fiscais, se vêm, é para outro tipo de visita. Com essas discrepâncias de tratamento não convivo e dificilmente me calo.
E isto não é, de nenhuma forma, atentar contra o crescimento, o desenvolvimento e progresso da terra.

José Pinto da Silva (Publicado no Terras da Feira)

Nota de rodapé: Este texto será inserido na primeira edição que não traz o nome do Augusto Malheiro como Director.
Porque as nossas relações, nestes anos, foram do melhor, porque, enquanto colaborador nunca vi nenhum texto impedido ou violentado (o jornal e o director foram judiciados por publicar um texto meu) quero manifestar aqui o meu apreço pelo seu trabalho e desejar-lhe todos os sucessos na actividade que vier a desenvolver a seguir. À Directora empossada, além de lhe desejar um muito bom desempenho nas novas funções, direi que estarei disponível para ir colaborando com os meus meios.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

TOPONÍMIA
Ouviu-se que, ou pessoa isolada, ou grupo mais alargado de pessoas, gostaria(m) que, ao Jardim em frente à entrada principal das Termas (entrada poente) fosse atribuído o topónimo JARDIM (ou Largo) S. JORGE e que no local mais estratégico fosse implantada uma estátua do Orago de Caldas de S. Jorge, estátua equestre e com a imagem da luta contra o dragão. Eventualmente a reprodução da imagem que está no frontespício do lado nascente.
Claro que acho muito bem. Só que, imagino eu, uma obra que tal – fala-se que seria em tamanho natural – deve custar uma pipa de dinheiro. Mas … quem inicia deve já ter pensado na “mina” para o desencantar. Parece-me que ideia será consensual e o mundo de colecta pode ser bastante alargado.
INEM
Leu-se na grande imprensa que são feitas milhares de chamadas falsas e outros milhares de chamadas para situações que as não justificavam, em muitas circunstâncias que chegam a paralisar a organização. Trata-se de um instituto demasiado bem apetrechado, preparado para assistência a emergências graves de saúde que é um crime fazê-los sair em vão. Tive uma vez necessidade daquele apoio e pude constatar a qualidade e a eficiência. Também os bombeiros se queixam de muitas chamadas falsas. Que falta de senso! Que falta de sensibilidade para serviços que são de todos e que tanta falta fazem a todos!
CARNAVAL
Ouvi, por mero acaso, elemento ligado à organização do corso carnavalesco, que, a partir de não sei quando, a Sociedade de Turismo, deixara de dar qualquer contributo para este evento. Deixando de parte o facto de, desde há anos, o evento se designar CARNAVAL DAS TERMAS, soa-nos mais do que justo que a exploradora das Termas contribua com uma verba para ajudar a organização, dentro da rubrica Publicidade. Digamos que seria a dita publicidade de prestígio. A freguesia não usufrui NADA das Termas, o que é de uma injustiça de bradar aos céus, pelo que pequenos contributos para eventos de tipo lúdico/culturais seriam mais do que naturais. E o que representariam algumas centenas de euros distribuídos durante um exercício em termos de afectação de custos de exploração? Nada. Será birra, falta de espírito colaborante, ou outra coisa qualquer? A quem tem poder de decidir ainda se apela a que mudem de posição, mesmo este ano. É costume proporcionar o maior ajuntamento de pessoas e isso também é divulgação. Diria até mais. Não ficaria nada mal as Termas assumirem mesmo um forte contributo para que o Corso pudesse melhorar sempre a sua qualidade.
Fica o desafio.
SERÁ VERDADE?
Diz-se à boca grande que determinado cidadão residente por cá fora aconselhado por uma funcionária da Divisão Social (não imagino se Assistente Social) a abandonar o trabalho regular que tinha numa empresa, porque poderia auferir melhor rendimento se estivesse no Rendimento Mínimo, dada a composição do agregado familiar. A ser verdade – custa muito a crer – essa funcionária só deveria ter o caminho da demissão. Já ontem. E sem mais comentários.
PARA RIR
Não é para compensar a “raiva” da nota anterior. É só porque lhe achei bastante graça.
TELEGRAMA PARA LUANDA
Lisboa mandou um telex para o Instituto de Meteorologia e Geofísica de Luanda avisando:
1 - MANIFESTAÇÃO SÍSMICA.STOP.
2 - 7 DE RICHTER.STOP
3 - EPICENTRO A 3 KM DE LUANDA.STOP
4 - TOMAR PRECAUÇÕES.STOP
Dois meses mais tarde respondem de Luanda:
1 - Obrigado meismo! MANIFESTAÇÃO FOI TRAVADA.
2 - LIQUIDAMOS OS 7, MAIS NÃO APANHAMOS O RICHTER.
3 - O EPICENTRO E SEUS CAPANGAS ESTÃO TODOS DETIDOS. VÃO SER FUZILADOS AMANHA.
4 - DESCULPEM SÓ AGORA NOIS RESPONDER, MAS HOUVE AQUI UM TERRAMOTO QUE IA DANDO CABO DESTA MERDA TODA.
José Pinto da Silva

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Diversificando

A) MOMENTO LITERÁRIO
O Joaquim Magalhães Castro (o Quim Castro, para uns e Quim-Quim para muitos outros) decidiu, e com que prazer o soubemos, apresentar, na sua terra natal, o seu último livro que foi publicado já há quase um ano. Já tinha lido o livro, pelo que nada do que foi dito de encomioso me surpreendeu, e os melhores encómios foram ditos pelo apresentador oficial, o Dr. Miguel Miranda, ilustre clínico e já celebrizado escritor/romancista/contista. Surpreendeu-me, sim, a quantidade de pessoas que vieram assistir ao acto e também a quantidade de pessoas que se dispuseram a comprar o livro. A própria livraria encarregada da venda foi surpreendida, ao ponto de não ter exemplares para satisfazer a procura. Oxalá todos os compradores o leiam, porque lerão uma obra de primeira. Isto vem demonstrar quanto é possível interessar as pessoas pelos livros. Com uma boa biblioteca, cativam-se leitores.
Muito confio em que o Quim-Quim se abalance na escrita de uma obra de ficção pura, suportado, ou não, no mote que lhe foi sugerido.
B) POLITICA LOCAL
O Eng. António Cardoso anunciou que desistia de se candidatar a Presidente da Concelhia do PS da Feira. Isso é absolutamente normal. Mas deixou cair declarações que indiciam que há quaisquer manigâncias que o levaram a tal posição. Que “haveria muito a dizer sobre todo o processo que conduziu à sua decisão, mas –por respeito ao PS – promete remeter-se ao silêncio e não integrar qualquer órgão do partido”. Pois, do meu ponto de vista, o remeter-se ao silencio é que é falta de respeito ao PS. Há dois anos, os ainda no poder (não terão sido todos, mas pelo menos um e que será apoiante do actual presidente) cometeram a fraude mais feia que é possível imaginar-se. Levaram a deles avante, mas denunciei até à exaustão. Poderão voltar a fazer chapeladas, mas terão de usar um chapéu diferente. Logo, Caro Cardoso, bota p’ro mundo, porra.

C) Como não devo feitio de nada meu a ninguém, perante a estapafúrdia proposta de criar uma espécie de big brother para que cada um pudesse fiscalizar os rendimentos de cada outro, e como um proponente de tamanha aberração foi um deputado que também levou o meu voto, mandei-lhes as duas mensagens que transcrevo.

Camarada,
Fiquei absolutamente boquiaberto quando li hoje na DN e repercutido depois em e por diversos meios que um grupo de deputados do PS, dos quais um dos mais proeminentes seria o camarada Candal, teria apresentado uma proposta de legislação no sentido de "tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes". Não vi ainda nada desmentido pelo camarada e vi, sim, o Strecht Ribeiro reiterar a "bondade" da iniciativa.
Perdoe-me, camarada, mas eu acho que, a ir avante, será uma "SACANICE FISCAL". E não encontrei melhor qualificativo. Querem levar-nos para onde? Ou foi para dar um passo maior do que o BE que, infelizmente, o nosso partido está a querer copiar para dar numa de avanço progressista? Santa paciência!! É de bradar aos céus e eu começo a imaginar que o meu voto foi um erro. Por ter sido em Aveiro.
Saudações

José Pinto da Silva
Caldas de S. Jorge 3 Fevereiro 2010

Camarada,
Não sendo grande fã do Francisco Assis, já lhe mandei uma mensagem de parabéns pela reacção rápida à, direi mesmo, tresloucada proposta dos três deputados. Só se espera, espera toda a gente, que apresente imediata demissão da Direcção do Grupo Parlamentar, porque depois de tamanha desautorização, a cadeira não conterá as nádegas.
Saudações

José Pinto da Silva
Caldas de S. Jorge 4 Fevereiro 2010
Nota. Convirá dizer que o destinatário é o deputado Afonso Candal

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cavaleiros da Desgraça

CAVALEIROS DA DESGRAÇA

Recordamo-nos que há uns meses atrás fomos recordados que temos partidos políticos por cá que são especialistas em cavalgar descontentamentos e sempre aprecem à garupa de grevistas e manifestantes anti governo, não importando o que é reivindicado. Diz-se mesmo que integram as únicas (poucas) pessoas que folgam, e exprimem-no fortemente, quando as notícias apontam que a situação do país piorou, seja em dados económicos seja no desemprego. Com este parâmetro até salivam. E fazem-no com o único e consabido fito de capitalizar mais meia dúzia de votos, dando vida ao aforismo de que só têm hipótese de vingar e de se manter a partir do caos.
Vimos há dias o deputado Louçã à frente da greve/manifestação dos enfermeiros, como já se tinha visto dependurado nas manifestações dos professores, como se verá se houver greve ou movimentação de coveiros ou sacristães. Cavalga tudo o que cheire a anti governo.
Sem juízo de valor sobre possíveis razões dos empresários das diversões em festas e feiras (carrosséis, carrinhos de choque e quejandos), porque será que o Sr. Louçã não montou um camião e apontou uma daquelas buzinas de ar de ruído demolidor e não empunhou um cartaz a dizer “VOLTA SALAZAR, ESTÁS PERDOADO”, num apelo dos aos próximos? Poderão até ter razão, pensará o Sr. Louçã, mas são patrões e patrões são, por definição, exploradores. Afinal o que interessa ao BE não é ser contra o governo? Validar o aforismo bem seguido e usado pelos anarquistas: “si hay gobierno, yo soy contra”. Da confusão sabe ele colher o que pensa ser frutos. Fala contra despesismo, fala, fala, mas vota a favor do aumento das verbas para o maior gastador, o senhor da Madeira, onde o rendimento por pessoa é muito superior à média do país e muitíssimo superior ao rendimento das províncias mais interiores. Propõe aumento de gastos e diminuição das receitas, mas não diz como se pagam as reformas, os salários e toda a panóplia de subsídios que o BE quer ver aumentados.
Se não fosse a desgraça, seria bonito ver o fulano a governar meio ano. Regressaríamos a 11 Março de 75?
José Pinto da Silva

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Plano de Actividades 2010

Plano de Actividades

Continuando alguma análise do atrasado (e carecido de informação) Plano de Actividades para 2010 da Junta
deFreguesia.Antes de encerrar o tema VIAS DE COMUNICAÇÃO, bastas vezes me interrogo porque é que se não pensa no arranjo da Calçada do Herdeiro. É capaz de ser o último exemplo de calçada à portuguesa, para além de ser um meio de ligação mais encurtado entre S. Jorge e Lobão. E aquele pedaço junto ao rio, se não for reparado (empedrado) acaba por desaparecer. Não se trata de nenhuma fixação minha, nem tenho por ali qualquer terreno. Acho que é património colectivo.
Tomemos o item EQUIPAMENTOS e a subdivisão Calvário. É esperado (pela Junta) concluir esta obra em 2010, mas, para além da não dotação de verba (pelo menos às claras) no orçamento, não é constado que estejam amainadas as relações com o proprietário do terreno. Nem se ouviu que vá haver alguma diligência judicial que solucione o litígio. Ou será que houve passos no melhor sentido? Informações é que a freguesia escusa de esperar.
Do arranjo da envolvente da Ilha, incluindo eventual nova barragem, quer o projecto, quer a execução caberão à Câmara e ouviu-se que a Câmara não terá a barragem nos seus intuitos próximos. Há também quem diga que, se não for reforçada, poderá ruir. Tem-se comentado o caso do QUIOSQUE, mas nenhuma informação há sobre o novo local, nem que tipo de estabelecimento, nem se poderá ser integrado noutro negócio. E o projecto será feito por quem riscou os sanitários? Continua a falta de informações à freguesia.
O Centro Escolar está há muito planeado. Assisti à apresentação da Carta Educativa (era tutela a Dra. Conceição Ferreira), há cerca de 8 anos. O projecto haverá de ser feito pela Câmara e por certo que ficará condicionado ao tipo de terreno que venha a ser disponibilizado. Diz-se à boca menor que se movem certos interesses, pelo que só uma informação institucional e credível, a que temos direito, fará dissipar boatos e bocas. E que também haverá por aí muito boa gente que tudo fará para atrasar, ou mesmo anular o Centro Escolar apesar de que, sendo posto a funcionar, integrará todas as valências escolares públicas (ensino, prolongamento –ATL- e bem estar alimentar e lúdico – refeitório e ginásio.).
Na acção social, bom seria que a Junta iniciasse a criação de uma base de dados que referenciasse as pessoas que carecem realmente de apoio social e, dentre esses, os que recebem já o apoio cedido por organismos oficiais – Estado e Câmara. É dito que, globalmente, 15% dos subsídios de RSI são fraude, são roubo. A Junta de Freguesia não deveria ser um foco detector de fraudes, no caso de haver por cá alguma? Pena também que o Orçamento não indique ab initio qual o montante a atribuir a cada associação e a cada comissão organizadora de eventos previsíveis. Além de uma verba de funcionamento determinada segundo critério justo, algo poderá (e deverá) ser dado em função de cada evento levado a cabo.
Pena que, na Cultura, não se dedique uma única palavra à biblioteca que, facilmente e por preço barato poderia ser enriquecida com alguns livros em cada ano. Ainda há dias funcionou uma “Festa do Livro” onde se podia adquirir livros, de autores o mais prestigiados, por preços entre € 2,00 e € 5,00. Enfim. Pessoas há a quem os livros escaldam as mãos. Haverá outra nota ainda sobre o Plano, altura em que aludirei a certos artigos de alguma legislação autárquica.
José Pinto da Silva

Comissão Politica da Feira do PS

Concelhia da Feira do PS

Foi traçado no chão a linha de partida e logo apareceram os que entenderam estar mais bem posicionados para
escutar o tiro de partida para a meta que é ser presidente da concelhia do PS feirense. Se dois deles são já conhecidos, por terem já exercido o cargo que querem disputar de novo, surge um terceiro que quer ombrear com os experientes e, pelo menos, dar luta.
Eu quase diria que qualquer dos candidatos estará bem, sendo que o actual elenco pouco, quase diria nada, fez para além de, desde o primeiro dia de actividade começar a pensar na preparação da candidatura do Presidente da Concelhia a Presidente da Câmara. Disse-o ao tempo, e nada me impede de reiterar, que Alcides Branco, desde que se inscreveu no partido, fez o percurso que o teria que levar à candidatura à Câmara, repetindo o que fez com declarado fracasso em 2001, como independente, qualidade em que tentou ser candidato pelo PS já nesse ano. Reconheça-se que, em 2009, teve um resultado melhor do que eu tinha perspectivado, consequência também da conjuntura. Desta vez o PS estava no poder, tinha ganho as legislativas e adivinhava-se um bom resultado autárquico global. Isto para calar certa euforia, porque se teve mais votos do que Strecht Monteiro e mais do que Costa Amorim, sendo que a candidatura de Costa Amorim foi a mais prejudicada pela conjuntura política.
Eu gostaria que todos os candidatos, quem quer que sejam, declarassem que não vão começar a trabalhar para uma possível candidatura à Câmara, nem para um posicionamento para candidaturas a deputado, em antecipadas previsíveis, ou mesmo para as regulares. Marcar posições.
Eu gostaria que a comissão política a eleger fizesse política. Analisasse, comentasse e tomasse posições públicas sobre acontecimentos sobre ocorrências e decisões a nível autárquico e a nível nacional. Que dirá a Comissão Política sobre a proposta de alguns deputados do PS de tornar públicas as declarações de rendimentos brutos de todos os contribuintes? Sabendo-se que pelo menos um deputado por Aveiro subscreveu tal proposta, não justificaria uma tomada de posição JÁ? Que diz o nosso deputado Vítor Fontes? Pessoalmente passei um e-mail para o Afonso Candal e qualifiquei a proposta como SACANICE FISCAL.
Uma Comissão Política terá que ser para fazer política. Eu votarei no que melhor der a entender que vai fazer isso.
José Pinto da Silva