sexta-feira, 24 de julho de 2015

C.P.L.P. - COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA


          Portugal devia apresentar-se todo de luto. Com a conivência e apadrinhamento do presidente da República, do primeiro ministro, do ministro dos negócios estrangeiros (tudo em caixa pequena para ficar adaptado à estatura (moral e política) deles, a Guiné Equatorial, de lingua oficial espanhola e governado por um ditador sanguinário, no poder há quase quatro décadas, o quarto governante mais rico do planeta, com quase 80% do povo daquele país a morrer de fome, com pena de morte estatuída no país (ao que é dito, ainda este ano executou quatro infelizes), passou a integrar, de "pleno direito" a Comunidade de Países de LINGUA PORTUGUESA. Esta língua de Camões ficou borrada com uns barris de petróleo e com alguns milhões de dólares despejados num banco português.MISERÁVEIS.
          O Art. 6º. dos Estatutos da CPLP diz que os membros ou candidatos a sê-lo têm que ter o Português como língua oficial. Foi aceite contrariando esse preceito. Depois, como em protesto pelo erro, o protocolo de Timor chamou para a Mesa o ditador mesmo antes de ser declarado oficialmente como membro efectivo. E os representantes de Portugal amoucharam. O ditador disse que vai ser criado lá um Centro estudos de Expressão Portuguesa. E porque não criou previamente? Porque não declarou primeiro o português como língua oficial e depois pedia o ingresso? Porque sabia que com uns milhões de dólares, em Portugal se compra tudo. Até a dignidade.


José Pinto da Silva

MEMÓRIA ... OU A FALTA DELA


          Em 29 de Janeiro de 2013, em determinado lugar e em determinadas circunstâncias, determinada personalidade política disse, dirigindo-se a outra com quem teve algumas divergências políticas, mais conjunturais do que de princípios, mais ou menos o que segue: "... não há partido nenhum que não saiba viver a integralidade da sua história (...) nós temos de saber viver com a integralidade da nossa história. E não venham có com SOCRÁTICOS ou meio SOCRÁTICOS, porque daqui a uns anos seremos todos tão socráticos como hoje somos soaristas, sampaistas ou guterristas e todos esses istas que no passado nos dividiram (...) mas que estamos cá todos para as boas e as más horas..."
          Pois o que agora se verifica é que estamos a pôr totalmente de lado, vergonhosamente envergonhados, a tal integralidade e a sanear da história, diria estalinisticamente, a imagem de um drigente, governante, que, porque foi preso, está a ser tratado dentro do seu partido, como se tivesse sido condenado das faltas em que o indiciaram. Até que, porventura, se admita que JOSÉ SÓCRATES possa ser condenado, a integralidade da história do PS tem que registar as coisas boas que fez ao país (e se queremos história inteira, enfatize-se o que fez de errado) e tem que registar as vitórias que carreou para o partido. Dificilmente outro líder aparecerá que aporte as alegrias que Sócrates deu ao PS. 
          Como tinha dito antes, ao tempo do anterior Secretário Geral, é preciso que a palavra SÓCRATES não queime a língua de quem está circunstancialmente no topo. 
          Espero que haja a coragem, já hoje no debate da Nação, de assumir o passado recente do partido e do governo liderado por SÓCRATES, "berrando" para os verdadeiros destroçadores deste país que foram eles quem trouxe a Troyka, que foram eles, em conivência com o presidente da República, quem empobreceu o país e o povo. Lembrar sem tergiversações o Complemento Solidário, o RSI e lembrar a crise como a causa do endividamento, lembrar as indicações do Barroso para que se investisse, aumentado a dívida, lembrar a crise das dívidas soberanas e lembrar, bem alto, a COLIGAÇÃO vergonhosa entre os extremos do espectro parlamentar da altura, para chumbar o PEC4, já negociado e aprovado pelas instâncias europeias. Não tenham medo de dizer bem alto que outro grande culpado por esta desgraça foi o CAVACO SILVA. Apontar-lhe fortemente o dedo. Sem medo na defesa da integralidade da história do PS. 
Isto é para António Costa que foi quem disse a frase introdutória.

José Pinto da Silva

PLANO DE TSIPRAS - 1º. MINISTRO GREGO - FOI APROVADO PELO PARLAMENTO GREGO


        Depois do referendo que deu uma vitória ao governo de quase dois terços e no qual o maior partido opositor votou CONTRA - o líder demitiu-se esmagado pela derrota - o Governo apresentou à Europa um novo programa e que continha diversas medidas de austeridade, que antes os governantes gregos diziam não poderem aceitar.
        Elaborou o programa, com medidas difíceis para o povo grego, e apresentou-o ao Parlamento, ficando dependente quer do voto no país, como o acordo dos credores. NOTAR que esse programa "expulsa" do novo resgate proposto o F M I. Considera Tsipras, como considera o mundo, que o FMI é o maior predador económico e financeiro dos países que precisem de apoio. 
O PARLAMENTO Grego, apesar das medidas austeras do programa, aprovou-o e merece atenção e nota o VOTO FAVORÁVEL dos maiores partidos da oposição, a NOVA DEMOCRACIA e o TO POTAMI.         Os tais que votaram contra no referendo. E .. fica-se à espera de que as instâncias europeias aprovem, o que está praticamente decidido.
        Vamos agora comparar com o que se passou em Portugal em 2011. O Governo de então, liderado por Sócrates, para arrumar também com o FMI, elaborou um programa, com medidas austeras, é verdade, negociou-se e teve acordo com o Banco Central Europeu, com a Comissão Europeia e particularmente com o governo alemão de quem recebeu todos os elogios, mesmo desse vira casacas (e latas) Durâo Barroso, então Presidente da Comissão, apresentou-o o líder do maior partido da oposição e, preparou a apresentação no Parlamento para discussão e votação.
        O Parlamento Português da época, porque os partidos da direita se estavam a preparar para, patrioticamente, meterem a mão no pote - expressão do Láparo - e porque o Partido Comunista, mesmo tendo a certeza que a queda do PS só traria algo de bem pior, é sempre contra o PS, sobretudo contra o PS, aliou-se com o PSD/CDS e com o encosto envergonhado e vergonhoso do BE, todos juntos. o PCP para lutar por uma POLÍTICA PATRIÓTICA e DE EXTREMA DIREITA, chumbaram o famoso PEC 4, assim chamado o documento já aprovado pela EUROPA.
Comparem agora a atitude da oposição grega com a oposição de 2011 em Portugal.
        E... parece agora que o PS tem medo e vergonha de contar esta narrativa.

José Pinto da Silva

MANIFESTAÇÃO DA CGTP = PCP


           Assisti hoje, via TVs, a uma pseudo manifestação de dirigentes e militantes sindicais, no largo fronteiro à Assembleia da República, encimada pelo inefável Arménio Carlos, que deixou cair a máscara e deixou claro que, bem antes de ser dirigente sindical, é antes de mais um pau mandado do PCP, ou talvez pau mandante 'camarada' Jerónimo. A sua intervenção, que ele goto demasiado de se ouvir, foi de um ataque vergonhoso ao PS, esquecendo-se o energúmeno, que na CGTP militam muitos militantes socialistas. Para ser coerente deveria ter ordenado (parece que por ali é mesmo ele quem mais ordena, por poder delegado do comité central do PCP) que as bandeiras que enfeitavam a manifestação fossem as do PCP e nunca as de uma organização sindical. Disse ele que "não somos um partido, mas tomamos partido". Faltou dizer que tomava partido pelo PCP, mas com a máscara, já caída, de um sindicato. Diz o povo que "quem perde a vergonha, todo o muno é seu".


José Pinto da Silva