terça-feira, 11 de novembro de 2014

DETECTIVE À PORTUGUESA



Ocorreu um assassinato num rua esconsa de uma aldeia isolada. Ficou o corpo inerte e o criminoso, ciente da ausência de testemunhas, desapareceu cosido ao combro da rua e lá se acomodou em casa, que nem era muito longe.
Por artes de saiba-se lá de quem, não muito tempo depois chegou ali um agente de autoridade local e lá foi tirando notas da posição do cadáver, tipo de  arma usada, se houve ou não luta, até que, com jeito de medo, juntou-se-lhe um homem de meia idade que, caso como em segredo, disse ao inspector que sabia quem matou o homem, que bem o vira e que sabia bem onde morava.
E lá encaminhou o agente até à casa do suspeito. Bateu na porta, truz, truz, truz, e quase de contínuo aparecem duas pessoas exactamente iguais. Era irmão gémeos e ninguém os distinguia e como haveria de ser? Ambos negavam terem cometido qualquer crime, que nem sequer passavam por aquela rua há muito tempo. E o confundido inspector coçou na cabeça e foi para casa matutar, ficando sempre de olho naqueles dois.
Surpreendentemente, a partir de certa data, um deles começou a engordar desmesuradamente enquanto o outro se mantinha com a mesma magreza de sempre. O inspector achou aquilo estranho, porque, pelas pesquisas que fez, não havia razão aceitável para tal opamento de um dos gémeos. Matutou, matutou e concluiu com um grito eufórico. O ASSASSINO É O QUE FICOU MAGRO!
E como chegaste a tal conclusão assim de repente? inquiriu o chefe. Ora, atão nunca ouviu dizer que O QUE NÃO MATA ENGORDA?

José Pinto da Silva
  
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