Vinha nos jornais do fim de semana passado que o número de 2,7 MILHÕES, o que corresponde a 27% da população. Esta notícia vinha avalizada pelo Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti.Pobreza. Leu-se e ouviu-se depois que onde a pobreza mais incide e faz mossa é nas crianças - as escolas começaram a ter como regra manterem as cantinas abertas em tempo de férias, para que as crianças possam tomar, ao menos, uma refeição por dia - e vem a seguir o grupo de desempregados já sem direito à prestação de apoio no desemprego e depois os idosos - quantos milhares vivem sozinhos. Num país que se diz pertencente ao clube dos das economias desenvolvidas, faz sentir muita vergonha.
Andam agora a negociar a formação de um governo. Qualquer que ele venha a ser, que qualquer acordo a estabelecer, que deixe bem determinado que têm de ser criadas as condições para que baixe para níveis que não envergonhem o número de pessoas em situação de carência. Que cada pessoa, cada família possa olhar de frente o mundo e a vida, com algum momento de sorriso.
José Pinto da Silva
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