quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

IMBECILIDADE? OU CANALHICE?

Placa de acrílico 40x30 cm
Muro vedação lateral 

Fachada c/ faixa superior
             Inseri, aqui há umas semanas – 1 de Janeiro –, na blogosfera uma pequena nota com este mesmo título e tinha a ver com o incumprimento de decisão tomada pelo povo de Pigeiros, via voto secreto. Operação, ao jeito de referendo, proposta e deliberada pela Assembleia de Freguesia.
O povo determinou que aquele edifício que há-de acolher o espólio biblio/cultural do Padre Domingos Azevedo se designaria “CENTRO CÍVICO FELICIANO MARTINS PEREIRA”, contrariando a vontade, nada democrática, claramente  demonstrada pelo presidente de Junta do Agrupamento de Freguesias que propôs e submeteu a sufrágio outro nome.
Quiçá por efeito de teriaga mental e mesquinhez cultural, a decisão do povo não foi cumprida cumprida. Daí a nota de que a democracia, em Pigeiros, foi tratada ao pontapé ou mesmo ao coice.
            A Assembleia de Freguesia, na reunião de Dezembro determinou que até ao fim de Janeiro/016 teria que estar no edifício a identificação votada: “CENTRO CÍVICO FELICIANO MARTINS PEREIRA”
E, no fim do mês lá estava uma placa (lá não, porque foi aplicada num muro de vedação, do lado direito do edifício identificando). A placa que decidiram fixar tem a dimensão do intelecto de quem decidiu. Logo minúscula e claramente demonstrativa de que o aziúme desrespeitador dos princípios democráticos continua a mexer na miniatura de órgão pensante.
A placa, (colocada fora do edifício, quando a fachada tem, no cimo, uma faixa lisa a toda a largura, de certeza assim desenhada para suporte dos caracteres identificativos do edifício e de tamanho que facultasse a leitura a partir da rua e mesmo em andamento), a placa fixada tem as dimensões de 40 x 30 cm (área bruta). As palavras CENTRO CÍVICO ocupam 32 cm, sendo os caracteres de 3 cm. O nome votado – Feliciano Martins Pereira – tem 23 letras, mais 2 espaços e todas ocupam 29 cm. Com óculos, qualquer pessoa consegue ler, se chegar lá perto. A placa é de acrílico e os caracteres gravados a negro.
Faltará confirmar se o tipo e o tamanho da placa e o tipo e o tamanho dos caracteres e se o local de aplicação foram decididos pelo colectivo do Executivo, ou se, como em quase tudo, foi quem se assume, na prática gerencial, como dono do espaço que, conjunturalmente, gere.
Como reagirá o povo que votou? Como reagirão os eleitos da Assembleia de Freguesia? E como reagirão os integrantes dos Órgãos, eleitos por Pigeiros?
A reacção mais curial seria a de mandar a placa para o campo que o muro suporte delimita e veda.

José Pinto da Silva

A tempo? – Alguém da Assembleia de Freguesia, ao ver aquele despautério
foi manifestar a indignação directa e pessoalmente ao chefe do executivo terá dito que aplicara aquelas
placas em emergência, dado que não tinha tempo para executar a sua versão
definitiva dentro do prazo determinado na última reunião do Órgão Deliberativo. Que a sua solução,
suportada por audição de pessoas avisadas e copiando solução de um caso similar algures no sul do
país, seria a instalação, no pequeno relvado em frente do edifício, de um painel vertical, dupla face,
com caracteres bem legíveis em andamento. No mesmo painel a Junta insirirá algumas notas informa-
tivas (eu diria publicidade louvaminhas). Esta versão terá sido aceite pelos eleitos da oposição
e que contestaram a demora e depois as “plaquinhas”.
Eu, se membro e com voz, não aceitaria a modalidade, até por se tratar modalidade facilmente
reversível. Exigiria, sim, letras em inox, latão ou bronze com o nome “CENTRO CÍVICO FELICIANO MARTINS PEREIRA”
chumbadas na fachada, como, de resto, é usado de modo geral e sistemático.


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