sexta-feira, 14 de outubro de 2011

RUA DA CARREIRA


Foi tornado público que membros da Assembleia de Freguesia de Caldas de S. Jorge, à falta de informações sobre contas e à falta de entrega de documentos (facturas) comprovativas de bom registo de custos e quitações, comunicaram à Direcção de Finanças o facto da não entrega desses documentos relativamente a quatro trabalhos, concretamente:

-- Construção dos sanitários na Sé;

-- Requalificação do Calvário e passeio na rua da Junqueira;

-- Muro e requalificação nos terrenos da “Pines”;

-- Abertura de pequeno troço de rua, em Azevedo, a entroncar com a rua do Tojeiro.

Entendo que os mesmos autarcas terão esquecido de englobar no pedido o trabalho iniciado e nunca mais acabado na rua da Carreira. É seguro que um empreiteiro, às ordens da Junta, demoliu o muro existente, escavou e removeu muitos metros cúbicos de terra, não só escavando para alargamento da rua, como escavando na superfície do terreno para rebaixar a respectiva cota em relação à rua. Houve ali a ocupação de mão-de-obra e de equipamento de escavação e de transporte durante muitas horas. Houve contrato escrito com o empreiteiro? E foi elaborada factura? E ficou representada nas contas da autarquia? Pelo menos com referência expressa, parece que não.

E mais. A obra foi interrompida porque, ao que é dito, a Junta (ou o presidente), exorbitando do acordo com o cedente do terreno, vendeu os muitos metros cúbicos de terra vegetal escavados. Essa terra vegetal, ao tempo muito solicitada, deve ter sido vendida a alguém. A Junta emitiu nota de venda? A quem? Ou cedeu-a graciosamente a alguém? O que se sabe é que o dono do terreno terá mandado interromper os trabalhos, porque, terá dito, “a terra vegetal é minha e a ser vendida, haveria de ser por mim.” Isto também deveria ser explicado e ter suporte documental.

José Pinto da Silva

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