quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AS AUTÁRQUICAS CUSTAM….!

Escreveu alguém nalgum órgão divulgador, logo a seguir ao início do que se designa por pré-campanha, e mesmo antes, que alguns candidatos faziam gastos pornográficos. E, na altura, apontava as baterias para o candidato à Câmara do Porto, Filipe Menezes. Será, ao que agora se diz, a maior gastador, com gastos agravados no período de campanha, propriamente dito, em que os gastos com porco assado a Barreiros saltando fizeram saltar a tampa do descontrolo. Problema dele, dos pagadores (diz-se que sai boa parte dos cofres camarários de Gaia) e de quem depois há-de controlar as contas.
Mas, mesmo por cá, o candidato do establishment, do poder, diga-se, em matéria de out-doors deixou a concorrência a léguas de distância. Terá exorbitado e transgredido a lei que estabelece superfícies máximas? E, claro, depois passou a bucha às freguesias, por onde os painéis primaram pelo tamanho dos da sede. Eles lá farão as contas. Depois, e noto porque me caiu na caixa, desafiaria os candidatos a exibirem a factura relativa a um documento que tem o título “Transformámos o nosso concelho num bom lugar para viver”. Pela quantidade previsível (140 000 habitantes, com média de 3 pessoas por lar, daria 46 000, mais os entregues em mãos e postos aos montes nos locais de presença de público, fá que tenha chegado aos 50 000), pela qualidade do papel e impressão, a factura deve ser mesmo de estontear. E, claro, o vício passou-se para as candidaturas freguesiais. A profusão e a qualidade do invólucro. Melhor, bem, melhor do que o conteúdo.
O Camarário tem duas particularidades: a primeira é que não faz referência a nadisca de nada que possa ter acontecido em Caldas de S. Jorge. Podiam, ao menos, misturar uma foto das Termas ou da menina dos olhos do candidato que é o Ilha Bar e fica-se a saber que o candidato sabia que existia Caldas de S. Jorge. Na página 9 coloca Zonas Industriais, mas, talvez por casualidade, não mencionou a Zona Industrial da ROMARIZ/ PIGEIROS, quiçá a mais cabal prova de má previsão, ou de má promoção, ou de má execução. Mesmo ruim, deveria ter merecido vir no mapa.
O Freguesial tem logo a característica de as primeiras quatro mulheres candidatas são de Pigeiros. O que pensarão as mulheres de Caldas de S. Jorge? Sendo o continente de apresentação cara, o conteúdo tem as banalidades repetidas e chamou-me a atenção, na última página, e achei graça, em declaração individual, à expressão “ conheço a nossa realidade sócio-cultural….”  Também notei, pela inviabilidade, a abertura de ruas, eventualmente úteis, mas não necessárias, sobretudo as que andam nos cartazes há 15/20 anos. Quanto ao feito, sairá noutro escrito a ser feito.


José Pinto da Silva
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