terça-feira, 1 de dezembro de 2015

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME


Ocorre duas ou três vezes por ano a grande recolha de alimentos junto dos supermercados, grandes e mais pequenos e, o que me impressiona verdadeiramente, é a mobilização de mais de 40.000 pessoas que se voluntarizam para promoverem a recolha e depois a separação e armazenamento das, em média, 2.500 toneladas de alimentos. Talvez até nem chegue para os objectivos propostos, mas é um volume muito significativo.
Passei por um ponto de recolha e fez-me pensar. Qual o valor total destes donativos que os que podem um pouco mais cedem para os o podem menos, ou não podem nada? Será um valor de grande monta. Mas .... enorme absurdo! porque é que, sendo oferta pura, o Estado não prescinde do IVA sobre os donativos? Então o Estado é que é obrigado a dar o mínimo vital ao povo todo e, ao contrário, lucra com a generosidade dos doadores! Mas... os preços facturados pelos comerciantes são os mesmos que os que os doadores levam para si. Qual o montante de lucro que auferem os supermercados pela venda dos bens doados? Deve ser um manado de dinheiro! Não seria bonito se os bens a serem doados fossem facturados ao preço de custo efectivo? E já agora! Toda a estrutura do tal Banco Alimentar é, efectivamente, voluntária? Não há por ali, dentro de uma escala hierárquica, muita gente que faz da actividade de "voluntariado" uma profissão? E havendo, qual o nível de remunerações? Será que a senhora Isabel Jonet - a que diz que os pobres portugueses não são assim tão pobres . não cobra salário? E se cobra, quanto cobra? Motivos para pensar..

José Pinto da Silva
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