terça-feira, 20 de junho de 2017

PISAR AS PÈGADAS DE CAMILO


Para cumprir a sua Agenda, os VÁLÁ … VÁLÁ… foram em excursão visitar, primeiro a memória e depois um pouco da vida de Camilo Castelo Branco, o mais prolífero de todos os escritores. E.. não estragou a qualidade com a ânsia da quantidade. Terá escrito, diz-se, 260 obras. Muitas delas a satisfazer encomendas que ia aceitando para sobreviver com a família.

Cerca das 8 e 15 lá abalámos rumo ao Cemitério da Lapa, no Porto, onde estão depositados os seus restos mortais em jazigo de seu grande amigo ….. que, a pedido escrito, determinou testamentando que Camilo ali descansaria ad aeternum. Num pequeno espaço museológico na Igreja da Lapa está o revólver com que Camilo em 1890 expulsou a vida.
Deverá ser anotado que, desta vez, por razões pessoais inultrapassáveis, estiveram ausentes o Eugénio Santos, o Paulo Milheiro e seu pai Domingos Oliveira. Por outro lado, apareceu, pela primeira vez, o Joaquim Ferreira que teve, naturalmente uma saudação especial.
Percalços onde sempre ocorrer e desta vez, terminada a visita ao Cemitério, três companheiros foram a um café ali ao pé e, por distracção de todos, ficaram terra. Aborrecimento que a chamada de um táxi logo colmatou, já o colectivo, acostou numa área de serviço na A3. Para ocupar a atenção de todos, um de nós leu alguns dados da biografia do escritor, focando a vivência do homem: origem, crescimento, vida fútil e turbulenta, o enrolamento com mulheres, as paixonetas, a prisão e a luta pela sobrevivência, os vícios de jogo. Enfim a vida de um homem comum boémio e mulherengo.

O programa foi-se cumprindo, mesmo com o atraso já descrito e, pelas 10 e 30 estávamos na entrada da Casa de Camilo (de Ana Plácido, para se ser mais rigoroso), em S. Miguel de Seide.
Trata-se afinal de uma casa tradicional de uma família relativamente abastada dos finais do Sec. XIX e os conservadores fazem questão de a manter como casa / museu, mais do que um museu na casa. Foram formados dois grupos, até porque as divisões da casa eram pequenas e os corredores estreitos. Dois guias exímios no conhecimento da matéria e na capacidade de descrição de cada espaço e de cada peça. Ali está tudo o que Camilo utilizava para trabalhar e descansar, sendo de salientar a cadeira de baloiço em que que estava sentado quando decidiu suicidar-se. Numa vitrina está uma réplica do revólver usado para o disparo fatal. Como vem sendo tradicional, foi entregue à casa um Diploma com dedicatória do nosso Grupo.

Seguiu-se o almoço, opíparo e bem servido. Nesse então, foram sorteados dois títulos da obra de Camilo, oferta de um de nós.
Dali fomos directos a Guimarães para visita a um muito importante repositório da arte sacra barroca em Portugal, no Convento de Santo António dos Capuchos. Foi uma visita rápida, bem guiada por uma jovem. E foi rápida porque o percurso museológico é pequeno. Foi interessante, sobretudo para quantos se interessavam por esta cultura artística.

Era hora de lanche e de dessedentação e recorreu-se a um café ali junto. Virado o carro para Caldas de S. Jorge, foi o tempo de viagem ainda aproveitado para uma que outra recomendação, para a leitura de um ou outro poema do poeta de S. Jorge, JOÃO ALECRIM, lembrando-se que ainda estão disponíveis alguns exemplares do seu livro.
Terminou a viagem com o até ao próximo encontro.


José Pinto da Silva
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