Para cumprir a sua Agenda, os VÁLÁ …
VÁLÁ… foram em excursão visitar, primeiro a memória e depois um pouco da vida
de Camilo Castelo Branco, o mais prolífero de todos os escritores. E.. não
estragou a qualidade com a ânsia da quantidade. Terá escrito, diz-se, 260
obras. Muitas delas a satisfazer encomendas que ia aceitando para sobreviver
com a família.
Cerca das 8 e 15 lá abalámos rumo ao
Cemitério da Lapa, no Porto, onde estão depositados os seus restos mortais em
jazigo de seu grande amigo ….. que, a pedido escrito, determinou testamentando
que Camilo ali descansaria ad aeternum. Num pequeno espaço museológico na
Igreja da Lapa está o revólver com que Camilo em 1890 expulsou a vida.
Deverá ser anotado que, desta vez,
por razões pessoais inultrapassáveis, estiveram ausentes o Eugénio Santos, o
Paulo Milheiro e seu pai Domingos Oliveira. Por outro lado, apareceu, pela
primeira vez, o Joaquim Ferreira que teve, naturalmente uma saudação especial.
Percalços onde sempre ocorrer e desta
vez, terminada a visita ao Cemitério, três companheiros foram a um café ali ao
pé e, por distracção de todos, ficaram terra. Aborrecimento que a chamada de um
táxi logo colmatou, já o colectivo, acostou numa área de serviço na A3. Para
ocupar a atenção de todos, um de nós leu alguns dados da biografia do escritor,
focando a vivência do homem: origem, crescimento, vida fútil e turbulenta, o
enrolamento com mulheres, as paixonetas, a prisão e a luta pela sobrevivência,
os vícios de jogo. Enfim a vida de um homem comum boémio e mulherengo.
O programa foi-se cumprindo, mesmo
com o atraso já descrito e, pelas 10 e 30 estávamos na entrada da Casa de
Camilo (de Ana Plácido, para se ser mais rigoroso), em S. Miguel de Seide.
Trata-se afinal de uma casa
tradicional de uma família relativamente abastada dos finais do Sec. XIX e os
conservadores fazem questão de a manter como casa / museu, mais do que um museu
na casa. Foram formados dois grupos, até porque as divisões da casa eram
pequenas e os corredores estreitos. Dois guias exímios no conhecimento da
matéria e na capacidade de descrição de cada espaço e de cada peça. Ali está
tudo o que Camilo utilizava para trabalhar e descansar, sendo de salientar a
cadeira de baloiço em que que estava sentado quando decidiu suicidar-se. Numa
vitrina está uma réplica do revólver usado para o disparo fatal. Como vem sendo
tradicional, foi entregue à casa um Diploma com dedicatória do nosso Grupo.
Seguiu-se o almoço, opíparo e bem
servido. Nesse então, foram sorteados dois títulos da obra de Camilo, oferta de
um de nós.
Dali fomos directos a Guimarães para
visita a um muito importante repositório da arte sacra barroca em Portugal, no
Convento de Santo António dos Capuchos. Foi uma visita rápida, bem guiada por
uma jovem. E foi rápida porque o percurso museológico é pequeno. Foi
interessante, sobretudo para quantos se interessavam por esta cultura
artística.
Era hora de lanche e de dessedentação
e recorreu-se a um café ali junto. Virado o carro para Caldas de S. Jorge, foi
o tempo de viagem ainda aproveitado para uma que outra recomendação, para a
leitura de um ou outro poema do poeta de S. Jorge, JOÃO ALECRIM, lembrando-se
que ainda estão disponíveis alguns exemplares do seu livro.
Terminou a viagem com o até ao
próximo encontro.
José Pinto da Silva