A pretexto de financiamentos a freguesias, de saldos
negativos de freguesias extintas, em reunião de Câmara, um Vereador da oposição
disse que “…a implicação de União de Freguesias teve constrangimentos
orçamentais e financeiros provocados pela “União”- união significaria junção
voluntária, concórdia – amarrando umas a outras comunidades diferentes e em situações totalmente diversas. Algumas
freguesias agregadoras herdaram e, como bem disse o Vereador, se houve herança,
houve morte, situações bem adversas. Ou, noutros casos, passaram às agregadas
os berbicachos que tinha e eram só seus, v.g. Caldas S. Jorge / Pigeiros.
O presidente da Câmara, (Emídio Sousa) que no anterior
executivo era o vice-presidente, não deixou o Vereador sem resposta e defendeu
que a “União de Freguesias nunca foi vontade da Câmara. Infelizmente, graças ao
PS, disse, o País foi à bancarrota e
assinaram um contrato com a troyka. É amplamente conhecido que verei com bons
olhos uma revisão do mapa de freguesias”.
Pensei que o Dr. Emídio de Sousa era da ala social democrata
do PSD, mas concluo que é Passista como os maiores adeptos do “liberal”. Sabe
bem, só não quer dizer, porque deixou fugir a social democracia, que a grande
causa do pedido de auxílio externo ocorreu porque o Passos estava doido por
meter a mão no pote (terminologia dele), mentiu como só ele é capaz e entrou em
fúria contra a sua, até então, madrinha e conselheira, a tia Merkel que
manifestou satisfação pelo acordo obtido pelo programa apresentado pelo então
primeiro ministro a partir do famoso PEC4, que Passos rejeitou e mandou que os
deputados rejeitassem, gerando a maior crise política dos últimos tempos. Mas
teve o seu tempo de glória, desbaratando algum resquício de legitimidade para
aparecer na frente do que quer que seja. Vai sair pela porta dos anexos, para
nunca mais ter permissão de subir ao rés-do-chão da política.
Disse Emídio Sousa que o PS assinou um contrato com a troyka,
como se o PSD o não tivesse assinado também e como se um tal Catroga não
tivesse dito que o acordo era bem razoável, porque tinha lá o dedo do PSD,
acordo que chegou a ser chamado como programa de governo, assinado e aceite por
todas as instâncias do partido que foi então meter as mãos (e os pés) no pote.
Esqueceu-se de referir o presidente da Câmara que a extinção das freguesias (à
Feira foi dito que tinha de acabar com 10) foi o sonho de loucura do RELVAS que
era para ser doutor e não foi e se imaginou um Mouzinho da Silveira. Ficou na
pequena história e pelas piores razões e quem o seguiu cegamente haverá de
ficar num cantito dessa mínima história.
Fica, ao menos o registo de que o presidente actual da Câmara
está disponível para analisar o mapa, o que significa, pronto para reverter a
situação.
José Pinto da Silva