quarta-feira, 8 de novembro de 2017

LIMITE DE FREGUESIAS










Na semana passada a Junta de Freguesia de Lobão (+ agregadas) mandou instalar no passeio da Rua dos Namorados, junto à antiga “Separadora” um painel a significar que ali começaria a freguesia de Lobão.
Parece que o presidente de Lobão preveniu o de S. Jorge do que iria fazer. Não foi este ser apanhado de surpresa então. Independentemente de se (não) concordar com a colocação do equipamento em território não de sua jurisdição, tendo avisado, tomou atitude decente.
Indecente, execrável, sem vergonha, calão, incompetente, ignorante crasso, (basta lembrar-nos do “pesso” desculpa, mas “deichei” o telefone em casa), totalmente desinteressado dos interesses da freguesia que o elegeu (não elegeu um autarca, mas sim um candidato a salário), por não ter reagido imediatamente à invasão do seu (ou melhor “nosso”) território, reagido quer dizendo aos de Lobão que não autorizaria a invasão quer, ao mesmo tempo, alertando os membros da Assembleia de Freguesia e a população em geral para se criar uma frente defensora do território.
Há anos, ocorreu veleidade idêntica e a Junta de Lobão colocou, praticamente no mesmo sítio painel com o mesmo sentido, mas, como nesse tempo havia presidente de Junta de S. Jorge, ele próprio liderou uma equipa para arrancar o abuso. E o certo é que tomaram o gesto como escarmento.
Ao tempo, fazendo as coisas melhor ou pior, o presidente defendia sempre S. Jorge e os seus domínios. Também nesse tempo o presidente da Junta era de S. Jorge, residia em S. Jorge e não na terra do “invasor”. Não custa a crer que Lobão veio agora com a conivência vergonhosa de um pseudo presidente de S. Jorge.
Sabe, ou deveria saber – como mora em Lobão! – que temos de S. Jorge historiador ilustre e ilustrado que informaria (se tivesse alguma dúvida facilmente a esvaeceria). E é capaz de haver em S. Jorge quem pudesse dar algumas indicações a respeito. Atrever-me-ia a sugerir o Pároco.
Há tempos, a propósito de outro assunto o Senhor Prof. Eugénio disse, num colóquio / debate, cá em S. Jorge, a que o presidente da Junta não assistiu, ou se assistiu não entendeu: “… CANDEÍDOS (é assim e não Canda..) é nome de um antigo deus ou génio, venerado por cá e que terá havido mesmo algures por cá um Santuário. O que se chama CANDEÍDOS seria o espaço que vai desde a ponte com o mesmo nome e que termina no limite de freguesia que será, segundo dados colhidos, algures entre a estrada de Azevedo e a Cabine Eléctrica…” Acres -cento que a energia eléctrica foi inaugurada em S. Jorge em 1931 e está escrito algures que a cabine é dessa época e que foi construída em terreno de S. Jorge.

Só para dar um pouco de luz informativa vou transcrever um pequeno texto que, não tenho a certeza, poderá ser anterior à nacionalidade: “Et disserunt quator boni homines pro partiebat terminus de Azeveduzio per rivum Uma cum Arcozelo, et in altera parte cum Guizandi per Portela de Rotoa et per Portum Desposendi et quomodo vadit petram Guemara et vadit ad Ribejrum.
Tenho uma tradução que haverá de ser publicada, mas não é assim difícil de entender.
José Pinto da Silva
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