terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Diversificando

A) MOMENTO LITERÁRIO
O Joaquim Magalhães Castro (o Quim Castro, para uns e Quim-Quim para muitos outros) decidiu, e com que prazer o soubemos, apresentar, na sua terra natal, o seu último livro que foi publicado já há quase um ano. Já tinha lido o livro, pelo que nada do que foi dito de encomioso me surpreendeu, e os melhores encómios foram ditos pelo apresentador oficial, o Dr. Miguel Miranda, ilustre clínico e já celebrizado escritor/romancista/contista. Surpreendeu-me, sim, a quantidade de pessoas que vieram assistir ao acto e também a quantidade de pessoas que se dispuseram a comprar o livro. A própria livraria encarregada da venda foi surpreendida, ao ponto de não ter exemplares para satisfazer a procura. Oxalá todos os compradores o leiam, porque lerão uma obra de primeira. Isto vem demonstrar quanto é possível interessar as pessoas pelos livros. Com uma boa biblioteca, cativam-se leitores.
Muito confio em que o Quim-Quim se abalance na escrita de uma obra de ficção pura, suportado, ou não, no mote que lhe foi sugerido.
B) POLITICA LOCAL
O Eng. António Cardoso anunciou que desistia de se candidatar a Presidente da Concelhia do PS da Feira. Isso é absolutamente normal. Mas deixou cair declarações que indiciam que há quaisquer manigâncias que o levaram a tal posição. Que “haveria muito a dizer sobre todo o processo que conduziu à sua decisão, mas –por respeito ao PS – promete remeter-se ao silêncio e não integrar qualquer órgão do partido”. Pois, do meu ponto de vista, o remeter-se ao silencio é que é falta de respeito ao PS. Há dois anos, os ainda no poder (não terão sido todos, mas pelo menos um e que será apoiante do actual presidente) cometeram a fraude mais feia que é possível imaginar-se. Levaram a deles avante, mas denunciei até à exaustão. Poderão voltar a fazer chapeladas, mas terão de usar um chapéu diferente. Logo, Caro Cardoso, bota p’ro mundo, porra.

C) Como não devo feitio de nada meu a ninguém, perante a estapafúrdia proposta de criar uma espécie de big brother para que cada um pudesse fiscalizar os rendimentos de cada outro, e como um proponente de tamanha aberração foi um deputado que também levou o meu voto, mandei-lhes as duas mensagens que transcrevo.

Camarada,
Fiquei absolutamente boquiaberto quando li hoje na DN e repercutido depois em e por diversos meios que um grupo de deputados do PS, dos quais um dos mais proeminentes seria o camarada Candal, teria apresentado uma proposta de legislação no sentido de "tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes". Não vi ainda nada desmentido pelo camarada e vi, sim, o Strecht Ribeiro reiterar a "bondade" da iniciativa.
Perdoe-me, camarada, mas eu acho que, a ir avante, será uma "SACANICE FISCAL". E não encontrei melhor qualificativo. Querem levar-nos para onde? Ou foi para dar um passo maior do que o BE que, infelizmente, o nosso partido está a querer copiar para dar numa de avanço progressista? Santa paciência!! É de bradar aos céus e eu começo a imaginar que o meu voto foi um erro. Por ter sido em Aveiro.
Saudações

José Pinto da Silva
Caldas de S. Jorge 3 Fevereiro 2010

Camarada,
Não sendo grande fã do Francisco Assis, já lhe mandei uma mensagem de parabéns pela reacção rápida à, direi mesmo, tresloucada proposta dos três deputados. Só se espera, espera toda a gente, que apresente imediata demissão da Direcção do Grupo Parlamentar, porque depois de tamanha desautorização, a cadeira não conterá as nádegas.
Saudações

José Pinto da Silva
Caldas de S. Jorge 4 Fevereiro 2010
Nota. Convirá dizer que o destinatário é o deputado Afonso Candal
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