segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Diversos

LISTAR DÍVIDAS
Anda no ar a suspeição de que a Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge continua a ter no seu rol diversos credores que lhe vão roendo os calcanhares. Claro que se fala com mais insistência na dívida ao empreiteiro que construiu aos sanitários na Sé. Mesmo em sede de Assembleia de Freguesia não se ouviu fazer a pergunta sobre esta matéria, apesar de ser quase certa a não resposta. Eu, se fosse membro eleito, mesmo fora da Assembleia, faria um requerimento ao Senhor Presidente da Mesa da Assembleia a solicitar que fosse exigida ao Presidente da Junta a apresentação de lista de credores particulares e respectivos valores.
SERÁ VERDADE?
No post anterior falei do possível caso de pessoa que foi aconselhada a deixar o emprego, porque auferiria mais no Rendimento Mínimo. Já depois da publicação foi-me deixado cair que, tratando-se do mesmo indivíduo, ele agora está a trabalhar no estrangeiro e, do mesmo modo a beneficiar do mesmo R.M. Se assim for, é cá uma mina!
ENGº. GUTERRES
Sempre tive por esta figura da política portuguesa uma grande admiração. Porque foi um tribuno parlamentar de primeira água e que ponho em comparação com o Engº. Amaro da Costa. Foi Secretário-Geral do PS e foi Presidente da Internacional Socialista, tendo sido o único português a ser guindado a tão importante cargo de representação política. Foi primeiro-ministro em duas legislaturas, tendo pedido a demissão na segunda, no seguimento de uma muito pesada derrota eleitoral nas autárquicas de 2001, derrota que se seguiu a uma deterioração da economia desde o início desse ano (2001), encarecimento brutal do petróleo, sem que permitisse que o preço dos combustíveis fosse actualizado e que culminou com a crise advinda do ataque às Torres Gémeas em Nova Iorque.
Mas Guterres deixou o cargo de primeiro-ministro para ir assumir o seu lugar no Instituto de Participações do Estado a cujo quadro pertencia e, quando o governo seguinte decidiu extinguir esse Instituto, prescindiu da indemnização a que tinha direito. Durante algum tempo andou a dar aulas de matemática em bairros pobres da periferia de Lisboa. Bem diferente foi a saída de Durão Barroso que abandonou o cargo de primeiro-ministro exclusivamente porque preferiu ir para a fofa cadeira de Bruxelas, não deixando de ser honroso para Portugal ele ter sido escolhido para Presidente da Comissão. E lucrativo para ele. Diferente também a posição do Paulo Rangel que se vai candidatar a Presidente do PSD, mas deixa em stand by o seu posto de deputado europeu que só largará, se for o escolhido. E tinha dito há 8 dias que não poderia defraudar o voto do povo que o elegeu e fez dele deputado europeu. Memória curta. Por certo que o PSD não vai escolher para seu líder um trauliteiro como o Dr. Rangel que, além de ainda mal ter entrado no partido, tem da democracia um conceito muito caudilhento. E sem falar na deslealdade que terá tido para com o, até então, amigo do peito, José Pedro Aguiar Branco e que este não pôde deixar de reconhecer e lamentar.
Bom. O Engº. Guterres foi há cinco anos escolhido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU) para Presidente da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), cargo que foi renovado para segundo mandato. Face à atitude dos outros, maior a admiração e respeito pelo António Guterres. Nove cidadãos de cá têm consigo um diploma dos 25 anos ininterruptos de inscrição no PS, assinado por António Guterres, na altura Secretário-Geral do PS. Eu sinto-me muito honrado de o ter.
SIMBOLOS NACIONAIS
O Governo francês tem vindo a fazer uma grande campanha para divulgação junto das escolas, e desde os primeiros bancos, dos principais símbolos representativos do país. Hino, bandeira, etc. Quão útil seria que, também por cá, e desde o dealbar dos primeiros ensinamentos, fossem transmitidos às nossas crianças a letra e música do hino nacional, o significado das cores e inscrições na bandeira, além da transmissão do respeito por esses símbolos. Não no sentido de patrioteirismo rasteiro (países há – e sabe-se que tipo de regimes por aí imperam – onde a figura do caudilho aparece em tudo o que é praça, edifício ou jardim em cartazes ou estátuas, num verdadeiro culto da personalidade) Quero referir-me só aos símbolos. Ainda que o representante máximo da nação (Presidente da República) deva merecer o respeito devido pelo que representa, tenhamos, ou não, muita simpatia pela personalidade.

José Pinto da Silva
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