sábado, 13 de março de 2010

Assembleia VS Aterro Sanitário

Aconteceu, como tinha sido anunciado, a reunião da Assembleia de Freguesia para se discutir e opinar à volta do Estudo Preliminar da UA sobre o local para futura implantação do Aterro Sanitário multi Municipal. Será assunto definitivo que ficará no concelho da Feira e parece definido que excluindo-se a quase totalidade dos locais pré-olhados, ficaram dois, sendo que um será(ia) o de Caldas de S. Jorge/Pigeiros, melhor dito, na Quinta da Laje, no espaço que fica entre o Rio Uima e o espaço destinado ao PERM.
Do desenvolver da reunião ressaltou que, toda a Assembleia, a eleita e a “do povo” em tom de unanimidade repudiou a eventualidade da implantação em Caldas de S. Jorge, como tinha acontecido na véspera, em reunião idêntica em Pigeiros.
Ocorreu um episódio que deixou as pessoas surpresas e que foi a “denúncia” em voz alta e perante todos e na cara do Presidente da Junta, proferida por um candidato à autarquia nas eleições de 11 de Outubro (Sr. Resende) e segundo a qual o Presidente da Junta de Caldas de S. Jorge terá dito ao Presidente da Câmara ou Vereador do Pelouro, ao ser informado da eventualidade, que, da parte dele, não seria contra o Aterro em Caldas de S. Jorge. Terá, se verdade, algo a ver com o PROJECTO ALICIANTE?
Se isso tiver sido verdade, o que seria grave, foi agora colmatado com a declaração pública de que é frontalmente contra e foi até o primeiro subscritor de uma abaixo-assinado começado a colher ali mesmo e que tem continuado pela freguesia num porta a porta cuidadoso.
Ali foi dito também, ao jeito de forte crítica, que o Presidente da Junta, mesmo que convocado, não compareceu numa reunião promovida pela SulDouro (entidade que encomendou o estudo à UA), onde, se presente e se mesmo contra, poderia ter erguido a voz e poderia depois, e bem mais cedo, ter informado a freguesia do que se estava a planear.
Convirá dizer que a Assembleia teve MUITO POUCA gente, atendendo ao tema que se iria debater. O anúncio da reunião foi pouco espalhado (só os editais afixados é muito pouco). Falei com várias que pessoas que não souberam da reunião. Mesmo assim a maior divulgação foi protagonizada pelos blogues que noticiaram e foram dramatizando a contingência.
Não teria ficado mal ao Presidente da Junta ter montado uma aparelhagem sonora num carro e ter corrido a freguesia, em todos os interstícios, a convocá-la INTEIRA para a reunião. Não estaria muito motivado, segundo a insinuação do Sr. Resende? Teria cabido bem no processo ter convocado POR ESCRITO, com dada de conhecimento público, a Dra. Teresa Vieira para que, no local próprio e onde já teve assento, na sua qualidade de Administradora das TERMAS DE S. JORGE, debitasse o seu ponto de vista sobre a contingência: REPÚDIO, APOIO ou INDIFERENÇA. Em particular terá expressado uma posição fortemente contra, mas no caso EXIGIR-SE-IA uma posição bem pública.
A Comissão de Acompanhamento proposta e formada na Assembleia poderá dar mais visibilidade ao caso, tentar ser ouvida pelos autores do Estudo Preliminar, falar com a Câmara (O Presidente da Câmara declarou que não se mete nisso e que aceita a decisão dos técnicos -JN de 13/3-), perguntar se as Termas não são património Municipal, se a Câmara não é detentora de 80% da Sociedade Gestora e perguntar ao Pelouro do Ambiente se uma “LIXEIRA” por perto não destrói a marca TERMAS DE S. JORGE, A PRINCESA DAS TERMAS DE PORTUGAL e, se necessário, convocar nova Assembleia para movimentação de protesto com outra visibilidade.
Aos de S. Jorge que tenham computador (quem não tiver que exija que a Junta de Freguesia o tenha sempre disponível) sugiro que entupam a Entidade que fez o estudo com e-mails com a linguagem mais violenta de protesto, só pela ousadia de não terem respeitado a existência de uma Estância Termal que é o ex-libris da localidade. Esta freguesia só em 1985 é que passou a chamar-se oficialmente de CALDAS DE S. JORGE, mas, antes disso, o endereço postal já era Caldas de S. Jorge por virtude das Termas. E o nosso Rio Uima que já tão mal tratado tem sido, irá ficar a ser o caminho também para lixiviados?
É tema para continuar.
José Pinto da Silva
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