terça-feira, 20 de abril de 2010

Manifestações


É do conhecimento de todos (os que ainda conheceram actos e actuações dos da “outra senhora”) que, quando os homens queriam uma movimentação de grande apoio ao grande chefe ou alguma medida por ele tomada, punham autocarros em tudo o que era sítio e “arrebanhavam” gentes aos milhares para encherem as maiores praças de Lisboa. Em 1962 estava eu em Lisboa a frequentar um curso de formação e lá fui envolvido por multidões que iam chegando de todo o país.
Depois da revolução a coisa não mudou mesmo nada. Primeiro os partidos e depois as organizações sindicais passaram a usar exactamente o mesmo sistema. Alugar autocarros às centenas e passar pelos interstícios de todas as povoações a ver quem quer ir ao comício do partido A ou B ou quem quer ir à manifestação contra o governo, o que está, ou o que há-de vir. Sempre contra o governo.
Porque é uma cópia de métodos pouco copiáveis, desafio todos os sindicatos, federações e confederações a deixarem de alugar autocarros (ou a financiar quem os alugue), continuando, claro a agendar manifestações e greves. Assim é que se poderia ver quem aderia e quem manifestava estar, de facto, em consonância com os promotores.
Façam isso e com os milhares e milhares de euros que pouparão, estudem as empresas que estão em vias de insolvência e comprem-nas e ajudem a manter os postos de trabalho. Os sindicatos e as suas federações têm no seu seio montes de engenheiros, economistas, advogados e de todas as altas especialidades. Dediquem um pouco do tempo a ser úteis e sobretudo não joguem milhões fora para ganharem uns minutos de pseudo glória nas reportagens de “grandiosas” manifestações.
Façam isso já no 1º. de Maio deste ano. Organizem tudo direitinho, mas quem aderir que vá pelos seus meios.
Não queiram continuar a copiar os métodos dos “fascistas”.

José Pinto da Silva
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