quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PODIAM FAZER QUALQUER COISA

Diz-se muito e muitas vezes que as Juntas e, na circunstância, a de Caldas de S. Jorge, não podem mostrar obra, porque não há meios, as verbas disponibilizadas são muito poucas para executar o que quer que seja. Talvez até assim seja agora, mas, em boa verdade, sempre assim foi. Qualquer obra, para além da manutenção corrente do que já existe, dependeu sempre da capacidade de influenciar o poder municipal, seja por influência política, por influência pessoal ou a influência da apresentação de projectos, de ideias elaboradas que pudessem ser apreendidas pela Câmara ou outra(s) instituição(ões) com meios e poder.

Mas, se nada disso tem existido por cá, porque não se faz, ao menos, o que carece somente do interesse e da ocupação de algum tempo? Estou a lembrar-me, para já, da regularização da propriedade do lote onde está implantado o edifício/sede da Junta. Via figura do usucapião, era fácil registar esse património e, de certeza, o presidente da Junta de então, não deixaria de ser uma testemunha no processo. Um trabalho importante e fácil de fazer. Outro tanto se deveria fazer em relação a outros logradouros da freguesia e que, ao que julgo, não estão registados. Por exemplo: o espaço do Calvário, está registado em nome da Junta de Freguesia? E o logradouro da fonte de Casaldoído? E porque não instar à Câmara que passe para a Junta o lote da Junqueira? E porque não procurar junto de quem de direito, se na traseira/sul do edifício à entrada da pedreira antiga (do lado da feira dos 17) aquele triângulo de terreno não pertence à Junta? Em tempos, um antigo sócio da pedreira terá diso que sim, que era da Junta. Sabe a Junta que há um pinhal entre Arcozelo e o Engenho (não conheço a exacta localização, mas há quem saiba) que se diz ser pertença da Junta? Porque não averiguar? E quantos outros logradouros menores e que, se não houver cuidado e registo, acabam por ser tomados por vizinhos? Seria uma questão de interesse. Aquele espaço na traseira do lavadouro da Sé? Está em nome da Junta?

E se criassem uma base de dados com todos os cidadãos de Caldas de S. Jorge, por ex., com mais de 65 anos, registando condições de habitação, de acompanhamento, actividade, se alguma, familiares, etc. etc. para gerarem eventuais acções de solidariedade para quem necessitasse. E de crianças em creches, em infantários, em amas, no 1º. ciclo e capacidades das famílias para a sustentação.

Podiam fazer qualquer coisa, só para não estarem sem nada fazer

José Pinto da Silva

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