SER DILIGENTE OU FICAR DE CU SENTADO
Têm sido
recorrentes, na autarquia de Caldas de S. Jorge, ao que me vai sendo soprado e
tenho conseguido espreitar nas actas das reuniões da Assembleia de Freguesia,
têm sido recorrentes as perguntas ao executivo sobre a situação de registo e
regularização do património da autarquia e a sua inscrição nos organismos
próprios que garantam a propriedade dos bens.
Terão sido as
respostas sempre evasivas, de que isto está em ordem e aquilo está em vias de
estar e aqueloutro terá esta ou aquela dificuldade, e rrrrnhó nhó nhó, pardais
ao ninho.
Por uma
particular casualidade tive de ir tratar de inscrever na matriz predial um bem
de família e, levou-me a curiosidade a mandar pesquisar qual o património
matriciado em nome da Junta de Freguesia de Caldas de S. Jorge. Introdução do
NIF e, helas! resultado totalmente negativo. Zero da silva, disse o funcionário
que acrescentou a sugestão de lançar um peditório solidário em favor da
deserdada Junta. Imaginem que nem o edifício sede da Junta está inscrita como
propriedade da mesma, tendo sido construída de raiz E se não está o edifício,
muito menos o lote de implantação.
São mais ou menos conhecidos os
bens da Junta (alguns estarão ainda adstritos à Câmara, saiba-se porquê) e
também não são muito complicadas as diligências oficiais para que tudo se possa
regularizar, desde logradouros, o Calvário, jardins, fontanários, lotes de
terreno. Nem sequer a chamada casa da Ti Maria Armanda tiveram o cuidado de
inscrever.
Em fase em que
os elementos do Executivo não fazem rigorosamente nada de coisa nenhuma, (com um presidente a sonegar uma remuneração que só ali terá hipótese de conseguir auferir) não
seria altura de levantarem o cu do mocho e deixarem, ao menos, inscrito aquilo
que é propriedade da autarquia? Não tem nada que saber, mas se esse alto
trabalho estiver para além do entendimento da Junta, peçam ajuda, sem
preconceitos e, claro, paguem as despesas inerentes. São algumas.
José Pinto da Silva