domingo, 17 de maio de 2015

EXPOSIÇÃO DE MILÃO - A ALIMENTAÇÃO NO MUNDO

     Foi divulgado pela comunicação social, escrita, audio e de imagem, que Portugal decidiu não integrar a Expo - 2015, com a invocação de que o gasto era demasiado e que não haveria dinheiro para tal "luxo". Notar que estão lá algo como 183 países representados, desde as Seychelles ao Irão e todas as delegações fazem a glorificação da comida e dá enorme relevo à cultura agrícola.
     Quem tutela o sector é o ministério da Agricultura, da Dra. Cristas, e também o ministério da Economia do Dr. Pires de Lima, ambos grandes paladinos da exportação, sendo que Cristas não se tem cansado de entoar loas ao crescimento do rendimento agrícola e das exportações de produtos agrícolas e agro-industriais. O que significa que a ida a Milão não seria um gasto, mas tão só um investimento que teria, seguramente, retorno económico. Tecem-se loas aos nossos agricultores e não se colabora com eles, "por falta de dinheiro".
     A este propósito, respiguei três frases escritas por Ferreira Fernandes no DN de hoje:

"Sim, não fomos à EXPO 2015 por pobreza. De espírito"

" Portugal não tem pavilhão na EXPO de Milão. O governo desculpa-se com falta de dinheiro. Mas a verdade é porque não sabe o que foi e é Portugal"

"O Pavilhão da Santa Sé na EXPO 2015 diz que a comida é também assunto de rituais e símbolos. Claro. E os portugueses foram apóstolos do valor sagrado do pão, espalharam-lhe a palavra e os sabores. O governo português diz que não temos pavilhão porque não temos dinheiro. É falso. Não estamos lá porque quem decidiu é pobre de espírito. NÃO MERECE PORTUGAL".

     Ao jeito de fecho acrescento que concordo com o não merecimento que esta gente e que Portugal não merecia ter gente desta a governar.

José Pinto da Silva
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