sexta-feira, 24 de julho de 2015

C.P.L.P. - COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA


          Portugal devia apresentar-se todo de luto. Com a conivência e apadrinhamento do presidente da República, do primeiro ministro, do ministro dos negócios estrangeiros (tudo em caixa pequena para ficar adaptado à estatura (moral e política) deles, a Guiné Equatorial, de lingua oficial espanhola e governado por um ditador sanguinário, no poder há quase quatro décadas, o quarto governante mais rico do planeta, com quase 80% do povo daquele país a morrer de fome, com pena de morte estatuída no país (ao que é dito, ainda este ano executou quatro infelizes), passou a integrar, de "pleno direito" a Comunidade de Países de LINGUA PORTUGUESA. Esta língua de Camões ficou borrada com uns barris de petróleo e com alguns milhões de dólares despejados num banco português.MISERÁVEIS.
          O Art. 6º. dos Estatutos da CPLP diz que os membros ou candidatos a sê-lo têm que ter o Português como língua oficial. Foi aceite contrariando esse preceito. Depois, como em protesto pelo erro, o protocolo de Timor chamou para a Mesa o ditador mesmo antes de ser declarado oficialmente como membro efectivo. E os representantes de Portugal amoucharam. O ditador disse que vai ser criado lá um Centro estudos de Expressão Portuguesa. E porque não criou previamente? Porque não declarou primeiro o português como língua oficial e depois pedia o ingresso? Porque sabia que com uns milhões de dólares, em Portugal se compra tudo. Até a dignidade.


José Pinto da Silva
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