Eu amiúde que
oiço que, agora, o que falta mesmo é a Câmara dar corda às luvas, e também à
bolsa, e iniciar as obras indispensáveis no edifício da antiga sede da junta de
Freguesia de Pigeiros que todos os intervenientes, e novos adeptos entrementes
aderentes face às obras apontadas, adoptaram (quando digo todos refiro-me a
Câmara, Adritem, Bibliotecária, os sobrinhos do doador (fiéis depositários), o
Testamenteiro e a Junta de Freguesia), ainda que me não saia da ideia que esta
adopção tem dois impulsos: primeiro, todos (exceptuando talvez a Bibliotecária)
foram atacados por um prurido comichoso ao ouvir chamar Centro Cívico Feliciano
… Martins, mesmo todos sabendo que o nome foi atribuído após consulta, ao jeito
de referendo, ao povo de Pigeiros; segundo, porque as obras de vulto no
edifício novo – Centro Cívico – que seriam imprescindíveis, poriam em evidência
toda a incompetência plasmada em praticamente todas as fases da construção,
começando logo no projecto, seguindo a drenagem do lençol de águas
subterrâneas, a luminosidade e a divisão do espaço para o fim a que era
destinado. Aquilo não foi pensado nem riscado para vir a ser uma acomodação de
um grande e valioso acervo bibliográfico / documental doado à Câmara e por esta
aceite. Enfim, foi tudo feito em cima do joelho, como se diz quando sai tudo
torto.
Conversei
ultimamente com um membro da autarquia da banda da maioria e foi-me dito
assertivamente, o que me surpreendeu positivamente, que o presidente da Junta o
informara que as obras na antiga sede da Junta serão de fundo e insinuou que a
Câmara as terá assumido. Assim sendo, espera-se a elevação do pé direito de
toda a obra, a execução de dupla parece em todo o perímetro, a construção de
nova cobertura e telhado, a demolição de todas as divisões interiores para
criação de espaço amplo, a criação de zona sossegada para leitura e estudo,
feitura de piso novo e de espaço de atendimento e construção de novos
sanitários na traseira nascente do prédio. E já agora, seguindo a sugestão e
vontade da fiel depositária, porque fica a haver espaço, a criação de uma sala
recebedora de diversos objectos pessoais do Padre Domingos e que a sobrinha
gostaria de ver preservados e mostrados.
Se assim for,
e parece ser essa a proposta aceite pela Câmara, a comunidade Pigeirense ficará
com outro espaço que, espera-se, dará dignidade ao espólio que albergará. Não
satisfará, saiba-se lá, a revolta do doador, mas respeitará a obra.
O ano de 2017
será óptimo para se completar a obra. Será objectivo das objectivas e poderá
adornar certos panfletos, flyers ou desasados, a espalhar profusamente em época
marcada e marcante, ao som de potentes altifalantes.
Mas que
avance. Já.
José Pinto da Silva