Um plumitivo
que tem Raposo no nome e, porque o papel não reage às trampas que nele
depositam, nem a direcções/redacções podem nem devem fazer o que é comum
chamar-se a censura interna, esta semana numa croniqueta (não sei se é todas as
semanas) que meteu no Expresso, resolveu fazer do Eng. Jorge Coelho o seu saco
de boxe.
E começa logo
que dizer, e aí não faltou à verdade, que ele era do aparelho do PS e que foi
levado a ministro das Obras Públicas. Estava-se no último ano do que foi o
mandato de Guterres. Interrompido um tanto antes do tempo. Mas, não teve
coragem de dizer o dito Raposo, que Coelho, no seguimento do colapso da Ponte
de Entre-Os-Rios, assumiu a responsabilidade político pela ocorrência – o tal
Raposo por certo não lhe imputará a responsabilidade material – expondo a sua
dignidade e desapego.
Mais à frente
diz o Raposo, que nunca conseguiu o colocassem na guarda de um qualquer
galinheiro, que Jorge Coelho foi trabalhar numa das grandes empresas de Obras
Públicas. Não faltou à verdade e bem poderia ter dito que foi para a MOTA/ENGIL
que a empresa não o processaria por publicidade negativa. Mas, na sua pequenez
informativa, o Senhor Raposo esqueceu-se de referir que esse contrato aconteceu
7 (SETE) anos depois de ter deixado o governo. Que quereria o energúmeno? Que
por ter estado no governo e, sendo engenheiro, nunca mais poderia colaborar com
uma empresa da área da sua formação académica?
Ah! Isso
imagino eu que qualquer Raposo imaginaria, ele usou conhecimentos que adquiriu,
enquanto governante, para colocar ao serviço do seu, agora, patrão. Não entende
que, se o não fizesse não estaria a ser sério e leal para com quem o acolheu.
O que move o
dito Raposo e outros chacais que se movimentam pela nossa praça (idiotas como
chamou hoje Moita Flores a um grupo, espera-se que pequeno, de imbecis
invejosos que se manifestaram contra a eleição de António Guterres para
Secretário Geral da ONU) é a raiva e azia que sentem por não serem contratados
para posição onde, pensam eles, se ganha muito bem. Lembro ao Raposo que para
estar nesses lugares é preciso ter as qualificações.
Depois acha
que foi despropositada a sua contratação para integrar o trio da Quadratura do
Círculo. Tem de ir apresentar a queixa ao seu próprio patrão, pois o dono da
SICN é o mesmo do Expresso. Garanto que naquele lugar não entrarão peludos que
valem bem mais depois de mortos. Pela pele. Que, para apresentar uns dados
sobre economia, crescimento ou desemprego, que se limitara a ler um documento
recebido de um gabinete ministerial. Onde deveria ir buscar elementos? Se
vierem de um ministério não são oficiais? O Sr. Raposo estribou-se num escrito
que um assumido direitista (eu diria outro epíteto) escreveu porque conseguiu
focar o documento que Jorge Coelho leu.
Qualifique-se,
Sr. Raposo e mande depois o curriculum para a MOTA ou outra qualquer empresa
que exija alguns saberes e, quem sabe, arranjará um emprega que seque essa azia
que, visto isso o Alka Seltzer não cura.
José Pinto da Silva