domingo, 9 de outubro de 2016

AZIA QUE NÃO MATA. MAS MORDE



Um plumitivo que tem Raposo no nome e, porque o papel não reage às trampas que nele depositam, nem a direcções/redacções podem nem devem fazer o que é comum chamar-se a censura interna, esta semana numa croniqueta (não sei se é todas as semanas) que meteu no Expresso, resolveu fazer do Eng. Jorge Coelho o seu saco de boxe.
E começa logo que dizer, e aí não faltou à verdade, que ele era do aparelho do PS e que foi levado a ministro das Obras Públicas. Estava-se no último ano do que foi o mandato de Guterres. Interrompido um tanto antes do tempo. Mas, não teve coragem de dizer o dito Raposo, que Coelho, no seguimento do colapso da Ponte de Entre-Os-Rios, assumiu a responsabilidade político pela ocorrência – o tal Raposo por certo não lhe imputará a responsabilidade material – expondo a sua dignidade e desapego.
Mais à frente diz o Raposo, que nunca conseguiu o colocassem na guarda de um qualquer galinheiro, que Jorge Coelho foi trabalhar numa das grandes empresas de Obras Públicas. Não faltou à verdade e bem poderia ter dito que foi para a MOTA/ENGIL que a empresa não o processaria por publicidade negativa. Mas, na sua pequenez informativa, o Senhor Raposo esqueceu-se de referir que esse contrato aconteceu 7 (SETE) anos depois de ter deixado o governo. Que quereria o energúmeno? Que por ter estado no governo e, sendo engenheiro, nunca mais poderia colaborar com uma empresa da área da sua formação académica?
Ah! Isso imagino eu que qualquer Raposo imaginaria, ele usou conhecimentos que adquiriu, enquanto governante, para colocar ao serviço do seu, agora, patrão. Não entende que, se o não fizesse não estaria a ser sério e leal para com quem o acolheu.
O que move o dito Raposo e outros chacais que se movimentam pela nossa praça (idiotas como chamou hoje Moita Flores a um grupo, espera-se que pequeno, de imbecis invejosos que se manifestaram contra a eleição de António Guterres para Secretário Geral da ONU) é a raiva e azia que sentem por não serem contratados para posição onde, pensam eles, se ganha muito bem. Lembro ao Raposo que para estar nesses lugares é preciso ter as qualificações.
Depois acha que foi despropositada a sua contratação para integrar o trio da Quadratura do Círculo. Tem de ir apresentar a queixa ao seu próprio patrão, pois o dono da SICN é o mesmo do Expresso. Garanto que naquele lugar não entrarão peludos que valem bem mais depois de mortos. Pela pele. Que, para apresentar uns dados sobre economia, crescimento ou desemprego, que se limitara a ler um documento recebido de um gabinete ministerial. Onde deveria ir buscar elementos? Se vierem de um ministério não são oficiais? O Sr. Raposo estribou-se num escrito que um assumido direitista (eu diria outro epíteto) escreveu porque conseguiu focar o documento que Jorge Coelho leu.
Qualifique-se, Sr. Raposo e mande depois o curriculum para a MOTA ou outra qualquer empresa que exija alguns saberes e, quem sabe, arranjará um emprega que seque essa azia que, visto isso o Alka Seltzer não cura.

José Pinto da Silva

  
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