Todos se lembrarão e, não lembrando, fácil será compulsar papeis onde ficaram escritas declarações, que o actual e ainda presidente União (desunida quantum satis) das freguesias C. S.Jorge / Pigeiros declarou altaneiramente que o grande objectivo do mandato que iniciava (e está a acabar) era ver concretizada a construção do hotel que teria como empreendedor um cidadão da vizinha Lobão. Empenhar-se-ia, inclusive, o autarca na colaboração intensa para o rápido deferimento dos projectos de arquitectura e especialidades. Na sanha de andar rápido, nem se apercebeu de que o projecto, não cabendo no terreno posto em hasta, ao invés de encolher o projecto, estendeu-o por terreno alheio. E porque era a sua bandeira que hasteou alto, de modo escondido, enrolou-a e não fala mais nisso.
Neste processo haverá algumas questões a ser respondidas, sendo que a primeira é a certificação de se houve, alguma vez, intenção de se erigir ali um hotel de 4 estrelas. Será só para a lavra do investidor, mas é de perguntar se chegou a haver estudo económico para aquilatação da viabilidade. Ou era sabida a inércia da Câmara e pensou-se tão somente em conseguir um terreno em zona nobre ao preço de inóspito? Que garantias deu a Câmara em relação à remoção da Fabruima e da casa contígua a nascente? Havia projecto definido para a acessibilidade ao empreendimento? Tendo-se constatado que o terreno contratado era curto, havia a garantia de cedência de mais? Mais quanto e a que preço?
Como eu gostaria de ver aquelas casas restauradas e repostas integralmente com o seu aspecto exterior!
LOCAL no CF de 12 Maio 2014: NOVO
HOTEL DEVE ESTAR PRONTO EM 2016
Para a campanha que se avizinha,
esta bandeira está rota e ver-se-á se ainda há pano para bandeiras.
E vai daí quem sabe nos venha
indicar a que emissário estão ligados os esgotos das habitações da rua Rio Uíma
e também o destino dos efluentes sujos saídos das Termas. E tentar saber se com
os esgotos a cair directamente no rio, há lugar a pagamento de taxa de esgotos.
É claro que um presidente de Junta nada tem a ver com os esgotos, mas tem o
dever de conhecer a rede e denunciar, publicamente, quando tudo vai cair ao
emissário de céu aberto e que devia ser limpo e bem limpo. Não seria uma
bandeira, mas poderia assumir-se como um pendão.
José Pinto da Silva